Camilly Paiva Mas, como tudo na vida, o momento de puro êxtase começou a se dissipar, dando lugar à realidade que precisávamos enfrentar. A primeira a se afastar foi minha mãe, que, limpando as lágrimas do rosto, esboçou um sorriso acolhedor.— Vamos entrar, minha filha. Tenho certeza de que todos nós precisamos de um bom café e uma conversa tranquila.Ela fez um gesto convidativo em direção à porta, e nós a seguimos. O interior da casa parecia mais aconchegante do que eu lembrava. Talvez fosse o peso que havia saído de meus ombros ou a simples presença de todos ali, mas tudo parecia mais vivo, mais vibrante.Lucas e meu pai foram os últimos a entrar, trocando algumas palavras que não consegui ouvir. Mas, pelo sorriso no rosto de Lucas, sabia que estavam em sintonia. Havia tanto respeito e confiança entre eles que era quase palpável.Sabrina se adiantou e começou a preparar o café, enquanto eu me sentava no sofá com Benício em meu colo. Ele estava começando a despertar completamente
Lucas Andrade Meu coração se alegra ao saber que tia Penélope e tio Fábio me aceitaram com a Camilly, depois de tudo que fiz, quando magoei a Camilly e fugi. Meus pais também estão em uma felicidade sem tamanho a alegria é contagiante, estou no jardim da casa dos meus pais brincando com o Benício quando alguém surge quando levanto o olhar vejo ser a Sra Norma, ela me olha e não fala nada. Me levanto e chamo por ela que me olha com um olhar entristecido. — Sra. Norma, quer entrar? — Não, Lucas, obrigada, mas nada aí me pertence. Não quero atrapalhar em nada, tenho que seguir meu caminho. — Não vai se despedir do Benício, nem da Camilly ? — Não, eles estão onde deveria estar desde o princípio. Eu me levanto do banco no jardim, ainda processando a presença inesperada da Sra. Norma. Benício, alheio à tensão no ar, continua brincando, rindo de alguma coisa que encontrou no gramado. Meu coração se aperta ao ver o olhar entristecido de Norma, um peso que ela carrega em seus om
Lucas Andrade Minha vida tomou um novo rumo, e mesmo que ainda não tenha me casado com Camilly, sinto como se já estivéssemos unidos de uma maneira que vai além de qualquer documento ou cerimônia. Essa sensação de pertencimento, de finalmente ter encontrado meu lugar, é algo que nunca imaginei experimentar novamente. Camilly preencheu um vazio em mim que eu nem sabia que existia. Mas, apesar desse sentimento de plenitude, há questões práticas que não posso ignorar. Ainda preciso resolver o divórcio com Marcelle. Nunca tivemos uma relação de verdade, e quando a Camilly voltou a entrar na minha vida, já estávamos colocando um ponto final em tudo pois isso é necessário para seguir em frente. Além disso, a transferência da empresa para a Flórida precisa ser concluída, e eu preciso retornar à França para lidar com essas pendências. O que me preocupa não é a logística de tudo isso, mas como falar para Camilly. Não quero que ela pense que estou me afastando ou que há algo mais que esto
Camilly Paiva Era difícil fingir que estava tudo bem, mesmo sabendo que a partida de Lucas era temporária. Ele precisava ir à França para resolver algumas pendências, e, por mais que eu soubesse que ele voltaria, a sensação de que ele estava indo embora novamente apertava meu peito. Talvez fosse o medo irracional de perdê-lo outra vez, de vê-lo se afastar como antes, quando nossos caminhos se separaram por tantos anos. Sabrina percebeu minha inquietação. Sempre atenta, minha melhor amiga e agora cunhada, nunca deixava nada passar despercebido. Estávamos na cozinha, e ela observava enquanto eu mexia distraidamente no café, perdida em pensamentos. — Camilly, o que está acontecendo? — perguntou ela, sua voz suave mas carregada de preocupação. Suspirei, sentindo o peso das palavras que precisavam sair. — Eu sei que ele vai voltar, mas não consigo evitar essa tristeza, como se ele estivesse indo embora para sempre. É irracional, eu sei, mas é assim que me sinto. — Minha voz vaci
Camilly Paiva Eu não sabia dizer se era o frio ou a emoção que fazia minhas mãos tremerem levemente enquanto caminhávamos pelas ruas de Paris. A cidade parecia ainda mais bonita à noite, com as luzes refletindo nas ruas úmidas. Lucas estava ao meu lado, e seu braço envolvia meus ombros de forma protetora, como se soubesse que eu precisava de um pouco mais de segurança naquele momento. Conversávamos sobre coisas triviais, tentando nos adaptar a essa nova fase juntos, mas a cada passo que dávamos, eu sentia um misto de ansiedade e felicidade. Era surreal estar ali, ao lado dele, sem o peso das incertezas que sempre nos acompanharam. Eu finalmente me permitia acreditar que talvez as coisas estivessem, de fato, se ajeitando. De repente, um carro passou por nós, desacelerando de forma abrupta. O som dos pneus cantando no asfalto me fez olhar na direção do veículo, que parou alguns metros à frente. Antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, uma mulher saiu do carro e co
Lucas Andrade Voltamos para o hotel em silêncio, com Camilly ainda tremendo levemente em meus braços. Meu coração apertava ao vê-la assim. Eu sabia que o encontro com Marcelle a tinha abalado, mas eu faria de tudo para acalmá-la. Quando finalmente cruzamos a porta do nosso quarto, senti que o peso do mundo estava sobre meus ombros. Ela se sentou na beira da cama, os olhos ainda baixos, enquanto eu tirava meu casaco e tentava achar as palavras certas. Marcelle… Sempre venenosa, sempre disposta a ferir quem estivesse no caminho para conseguir o que quer. Eu pensei que, ao nos divorciarmos, ela poderia mudar, seguir em frente. Mas, no fundo, sabia que estava me enganando. Marcelle não mudaria. E o que mais me entristecia era o impacto que suas ações tinham sobre pessoas inocentes, como o Sr. Marcelo e a Sra. Cristina, que não mereciam passar por tudo isso. Me aproximei de Camilly e, em silêncio, me sentei ao lado dela. Ela ainda estava tremendo, e o simples ato de envolvê-la em meus
Camilly Paiva Escutar e tomar conhecimento dos fantasmas que atormentavam o Lucas me fez ver o quanto sou pequena e insignificante diante de tudo que ele carrega. Minhas dores, que sempre pareceram tão imensas, subitamente se tornam mínimas, quase ridículas, ao lado da imensidão de sua culpa, de sua tristeza. Ele carregou esse peso sozinho por tanto tempo, sem nunca compartilhar, sem nunca pedir ajuda. O que eu posso fazer diante disso, além de estar aqui, ao seu lado? Me aproximo devagar, como se qualquer movimento brusco pudesse quebrar o delicado equilíbrio desse momento. Vejo as sombras em seus olhos, o peso de memórias que nunca irão embora, e sinto uma dor profunda, como se fosse minha. Mas também sinto algo mais forte, uma vontade de cuidar, de proteger, de aliviar esse fardo que ele carrega. — Lucas,— murmuro suavemente, enquanto me inclino para abraçá-lo. Ele está sentado na beira da cama, os ombros curvados como se o peso do mundo estivesse sobre eles. Sinto o calor
Lucas AndradeO beijo de Camilly estava acendendo algo dentro de mim, eu precisava de mais! Desço os beijos sobre o pescoço dela, a cada toque meu via seu corpo se arrepiar e saber que seu corpo correspondia aos meus toques me deixava um tanto animado. Me entrego completamente a esse momento, como se cada toque, cada suspiro, cada beijo estivessem curando não apenas minhas feridas, mas também minha alma. Não há mais dúvidas, segredos ou medo, apenas a certeza de que esse instante, estamos onde deveríamos estar.Minhas mãos percorrem seu corpo com urgência e ternura como se eu quisesse memorizar cada centímetro da sua pele.Eu quero explorar mais de seu corpo, quando me vi já estava entre suas pernas. Eu a olho como se estivesse esperando uma confirmação. Então acena a cabeça como se soubesse o que eu queria fazer! Sempre tão receptiva.Com toda delicadeza tiro a parte de baixo de sua roupa deixando apenas sua calcinha, vou depositando beijo pelo interior de sua coxa, fui descendo os