Camilly Paiva O Lucas e eu, estamos cada vez mais próximos depois do momento maravilhoso que ele me proporcionou na cama estamos aqui, cansados, suados e satisfeitos. Esperamos a nossa respiração se acalmar e tomamos um banho juntos, estou me surpreendendo com o Lucas, não parece nem um pouco com aquele Lucas de dois anos atrás. O banho foi demorado, mas cheio de promessas não importava com nada mais, queríamos prolongar cada segundo, sentia os dedos do Lucas deslizarem sob meu corpo com uma delicadeza que fazia meu corpo arrepiar em resposta ao seu toque. Havia algo diferente em seus olhos, uma ternura que nunca tinha visto antes, ou talvez nunca tivesse permitido que ele mostrasse. Quando a água quente começou a esfriar, saímos do chuveiro, e ele me envolveu na toalha macia como se estivesse protegendo algo precioso. Observava cada movimento dele, cada festa cuidadoso. Era como se eu tivesse conhecendo uma nova versão dele, uma versão que estava se entregando por completo, s
**Marcelle** Saí daquela calçada como se o chão estivesse pegando fogo sob meus pés, com o coração batendo tão rápido que parecia que ia explodir. A porta do meu carro estava à minha frente, mas tudo o que eu via eram as imagens de Lucas e Camilly juntos, o jeito como ele a olhava, como se ela fosse a única pessoa no mundo que importava. A forma que ele a defendeu, foi como um punhal sendo enfinhado em meu coração. Por que ele sempre escolhe ela? Por que, depois de tudo o que fiz por ele, ele nunca consegue me amar como eu quero? Essas perguntas rodavam na minha cabeça como um disco quebrado, sem respostas, sem alívio. Abri a porta do carro com um movimento brusco, quase arrancando-a das dobradiças, e me joguei no banco do motorista. As mãos tremiam tanto que eu mal conseguia colocar a chave na ignição. Mas quando consegui, o motor rugiu como um animal preso, e eu pisei no acelerador com toda a força que tinha. Os pneus cantaram na rua molhada, o carro arrancando com uma viol
Lucas Andrade Acordar com Camilly em meus braços é a sensação mais próxima do paraíso que posso imaginar. Ela está ali, tão serena, com o rosto parcialmente escondido pelo travesseiro, os lábios entreabertos em uma expressão de paz que contrasta com o turbilhão de emoções que eu sinto. Como pude passar tanto tempo longe dela, fugindo do que sempre soube ser inevitável? Passo os dedos suavemente pelo seu cabelo, sentindo a textura macia entre os meus dedos. Ela se move levemente, mas não acorda. Sinto o calor do seu corpo junto ao meu e a sensação de completude que me invade é avassaladora. Tudo que passei, tudo que perdi, parece agora tão distante, tão insignificante diante do que tenho aqui, agora. Camilly é o meu lar, o meu porto seguro, o que sempre procurei, mesmo quando não sabia que estava buscando. Sei que ainda temos desafios pela frente. O passado, embora não nos prenda mais, deixou cicatrizes que precisaremos cuidar juntos. E há também Benício, meu filho, nosso fil
Camilly Paiva. Estou no hotel enquanto o Lucas foi até a empresa resolver as pendências para que possamos voltar o quanto antes. Tento me distrair, mas é impossível. Minha mente é um turbilhão de pensamentos, de medos, de incertezas. Fico a me perguntar: como será nossa vida agora? Se estamos finalmente juntos, por que ainda sinto essa inquietação no peito? Talvez seja o peso das cicatrizes do passado, as sombras que insistem em pairar sobre nós. Olho pela janela, vendo a movimentação das ruas de Paris lá embaixo. Esta cidade, que já foi cenário de tantos sonhos, agora parece carregar uma nuvem de ansiedade sobre mim. Lucas e eu passamos por tanto para estar juntos, mas o caminho ainda parece tortuoso, cheio de obstáculos invisíveis. Marcelle é uma dessas barreiras, uma presença que não consigo ignorar, mesmo quando ela não está por perto. O encontro de ontem ainda reverbera em mim. A maneira como Marcelle me olhou, como se eu fosse a culpada por todas as dores dela, me faz que
Lucas Andrade Chego no hotel e sou surpreendido pela Camilly, ela está mais confiante e depois que falei que já estamos prontos para voltarmos ela simplesmente me fala para encaramos essa viagem como uma lua de mel. Quando Camilly sugere que encaremos essa viagem como uma lua de mel, sinto uma onda de felicidade me invadir. O tom de voz dela, a confiança nos olhos, é algo que não via há tempos, e isso me enche de esperança. Aproximo-me dela, sentindo o calor de sua presença, e deixo que um sorriso se espalhe pelo meu rosto. — Uma lua de mel, hein? — digo, brincando enquanto a puxo suavemente para mais perto. — Nunca pensei que ouviria isso de você, aqui, em Paris. Parece que as coisas estão finalmente tomando o rumo certo. Ela sorri, aquele sorriso que sempre consegue me desarmar, e eu percebo que por trás dessa confiança recém-descoberta, ainda há uma leveza que ela não demonstrava antes. É como se um peso tivesse sido tirado dos ombros dela, e isso me faz amá-la ainda mais
Camilly Paiva Passeamos pelas ruas de Paris, de mãos dadas curtindo cada momento de romance como um casal que iniciou seu relacionamento, esquecendo todas as dificuldades que nos encontramos no último ano. O romance que sentimos ao passear pelas ruas de Paris ainda paira no ar quando chegamos ao hotel. Tudo parecia tão perfeito, como se estivéssemos em nosso próprio mundo, onde nada mais importava além de nós dois. Entramos no quarto, e o que vejo me deixa sem palavras. O ambiente estava envolto em uma luz suave, vinda de velas estrategicamente posicionadas. Flores estavam espalhadas por toda parte, em buquês delicados sobre as mesas e até mesmo pétalas de rosas enfeitando a cama. O perfume no ar era doce, e a atmosfera era de puro romance. — Lucas, — murmuro, minha voz embargada pela emoção. — Isso é... lindo. Quando você fez tudo isso? Ele sorri, aquele sorriso que sempre me faz derreter, e me puxa suavemente para mais perto. — Queria fazer algo especial para você, para
Lucas Andrade Chegar à Flórida, ao calor familiar e às ruas conhecidas, trazia um misto de sentimentos. Dessa vez, ao pisar no solo quente, sentia uma responsabilidade diferente, um peso que, paradoxalmente, me preenchia de uma satisfação profunda. Ser o provedor de uma família, algo que nunca havia experimentado de fato, me dava uma sensação de propósito e direção. Era como se todos os caminhos que eu havia percorrido até agora, por mais tortuosos que fossem, me tivessem levado a este exato momento. Com Marisa, nos dias de faculdade, éramos apenas dois jovens tentando encontrar nosso lugar no mundo. Não havia o peso de sustentar uma casa ou criar um filho. Era uma relação simples, sem as camadas que a vida adulta traz. E com Marcelle, bom, nem mesmo chegamos a compartilhar uma cama. O casamento, se é que poderia chamar assim, foi uma formalidade vazia, sem a conexão real que faz de uma união algo mais do que apenas um contrato. Dormíamos em quartos separados, vivíamos vidas separa
**Camilly Paiva** Quando chegamos à Flórida, meu coração estava em festa. Sabrina estava lá no aeroporto, nos esperando com um sorriso radiante, e quando vi Benício correndo ainda bambo na minha direção, quase não aguentei de tanta saudade. A sensação de tê-lo nos meus braços novamente era indescritível. Lucas olhava para nós dois com um sorriso terno, como se aquele momento fosse a concretização de um sonho que ele tinha guardado por tanto tempo. Assim que chegamos à casa do tio Augusto e da tia Joana, o clima de festa se intensificou. Eles nos receberam com tanto carinho que meu coração se aqueceu ainda mais. Não posso negar que senti falta dos meus pais, mas saber que eles estariam conosco mais tarde trouxe uma sensação de paz. Mal tive tempo de descansar, porque assim que chegamos, tio Augusto chamou Lucas para o escritório. Eu sabia que eles precisavam conversar sobre a transferência da empresa, mas confesso que meu coração apertou um pouco ao vê-lo se afastar. Enquanto