Lucas Andrade Acordar com Camilly em meus braços é como despertar de um sonho onde o amor é o único cenário. Seus cabelos macios roçam meu rosto, e o perfume suave que emana dela é um conforto que acalma minha alma. Sinto seu corpo quente colado ao meu, o que me faz perceber que, por mais caótica que minha vida tenha sido, existe uma paz em momentos como esse. Olho para ela, ainda dormindo serenamente, e um sorriso involuntário surge em meu rosto. É difícil acreditar que, há algum tempo, eu quase a perdi por um erro estúpido da minha parte. Não consigo evitar lembrar de como tudo desmoronou quando a verdade veio à tona. A verdade sobre Benício, sobre o que tínhamos feito, e sobre o quanto a feri. A culpa ainda pesa em meu peito, mas ao mesmo tempo, sinto uma gratidão imensa por ela estar aqui comigo, por termos encontrado uma forma de nos reerguer. Estar ao lado da Camilly é redescobrir o amor todos os dias. Um amor que, mesmo diante de tantas adversidades, conseguiu sobreviver
Camilly Paiva O Lucas, veio para Colina a minha procura, não sei se fico feliz ou triste, a morte do Matheus ainda é recente e embora o que existia entre nós não fosse um casamento convencional. Me sinto oficialmente viúva. Sem opção durmo nos braços do Lucas, trocamos caricias mas ainda não me sinto preparada para me entregar por inteira. Acordo com sua mão acariciando meu rosto e sem querer era tudo que eu esperava. Sem falar uma única palavra ele me dá um beijo de "bom dia" cheio de promessas e lembranças.Enquanto nossos corpos se movem em uma harmonia perfeita, sinto como se o mundo ao nosso redor tivesse deixado de existir. Tudo se resumia ao Lucas e eu, entrelaçados, Consumidos por um desejo antigo que finalmente encontrou espaço para se manifestar. Meu coração batia descompassado, não só pela intensidade do momento,mas também pela profundidade dos sentimentos que estavam presentes ali, a flor da pele. Revelando tudo que guardei por tanto tempo.Cada toque, cada moviment
Lucas Andrade Por muitas vezes não me senti merecedor de construir uma família, quando a Marisa morreu carregando nosso filho, me senti o pior dos homens, pois não conseguia proteger minha família, mas Deus me deu uma nova chance. De início não me sentia capaz de amar e magoei a Camilly, quando olho para minha família em meus braços, sinto o quanto fui idiota ao disperdiçar todo esse tempo quando fugia do inevitável. A Camilly e eu já estávamos premeditados um ao outro, mesmo quando ela era apenas uma menina que bricava com minha irmã, já a amava, muitas vezes vi esse amor com o sentimento que sentia pela Sabrina. Entretanto, quando a Camilly se refugiou nesta cabana, fugindo do casamento fracassado com o Fred, meus sentimentos ficaram confusos e fugi do seu amor. Por pouco não a perdi para sempre até que meu irmão à acolheu e tenho certeza que a amou incondicionalmente que em abdicou de seus sentimentos para vê-la feliz. Saí das minhas lembranças com o som da campainha. O to
**Sabrina Andrade** Sempre soube que havia algo especial entre meu irmão e Milly, algo que eles próprios não enxergavam. Lucas sempre falava dela como se fosse uma irmã mais nova, e Milly, por sua vez, nunca deu sinais de que o via de outra forma. Para qualquer um de fora, eles eram apenas amigos muito próximos, mas eu via além disso. Algo na maneira como se olhavam, na cumplicidade silenciosa, sempre me fez pensar que havia mais entre eles. Mas, por muito tempo, considerei essa ideia como uma loucura. Afinal, eles nunca demonstraram nada além do que sempre afirmaram ser: irmãos de consideração. Essa convicção minha se manteve firme até o dia em que Milly me ligou, a voz carregada de uma mistura de nervosismo e alívio. Ela se entregou ao Lucas. Naquele momento, senti que tudo que eu acreditava sobre os dois finalmente estava se confirmando. Algo havia mudado entre eles, e essa mudança era para sempre. Hoje, enquanto olho para Milly segurando Benício, percebo o quanto isso é verd
**Lucas Andrade** Olho para minha mulher e minha irmã juntas, conversando animadamente, e sou instantaneamente transportado ao passado. Eu tinha acabado de entrar na adolescência, enquanto as duas ainda eram crianças, inseparáveis e sempre rindo juntas. Lembro-me claramente do momento em que olhei para Camilly de um jeito diferente, um olhar que não tinha nada a ver com a amizade ou fraternidade que sempre nos uniu. Naquele instante, senti uma confusão dentro de mim. Como eu poderia ver Camilly dessa maneira? Ela era quase como uma irmã para mim, e ainda assim, havia algo mais. Rejeitei esse pensamento, me forçando a ignorá-lo, como se simplesmente afastá-lo fosse suficiente para fazê-lo desaparecer. Sempre que ela estava com a Sab, eu encontrava uma desculpa para sair, para fugir, na esperança de que esses sentimentos se dissipassem por conta própria. Quando terminei o colegial, decidi ir embora. A França parecia uma fuga perfeita, um lugar distante onde eu poderia me reinventar,
Camilly Paiva A viagem de volta à cidade parecia mais longa do que o normal, mesmo com Lucas ao meu lado, segurando firme a minha mão. O som suave da respiração de Benício dormindo no banco de trás, a presença tranquilizadora de Sabrina ao seu lado, e a força do aperto de Lucas eram tudo o que eu precisava para me manter calma. Cada quilômetro percorrido era uma mistura de ansiedade e expectativa, como se o destino guardasse algo grandioso para nós. Quando a entrada da cidade apareceu no horizonte, meu coração bateu mais forte. Era como se estivesse prestes a enfrentar o mundo de novo, mas desta vez eu não estava sozinha. Lucas estava comigo, e essa era a diferença que me dava coragem. *Será que eles vão nos entender? Aceitar?* penso aflita, pois faz pouco tempo que fiquei viúva e o Matheus na verdade era meio-irmão do Lucas. Lucas me olhou de lado, como se pudesse ler meus pensamentos, e esboçou um sorriso leve. — Vai ficar tudo bem. Nós estamos juntos nisso, Camilly. To
Camilly Paiva Mas, como tudo na vida, o momento de puro êxtase começou a se dissipar, dando lugar à realidade que precisávamos enfrentar. A primeira a se afastar foi minha mãe, que, limpando as lágrimas do rosto, esboçou um sorriso acolhedor.— Vamos entrar, minha filha. Tenho certeza de que todos nós precisamos de um bom café e uma conversa tranquila.Ela fez um gesto convidativo em direção à porta, e nós a seguimos. O interior da casa parecia mais aconchegante do que eu lembrava. Talvez fosse o peso que havia saído de meus ombros ou a simples presença de todos ali, mas tudo parecia mais vivo, mais vibrante.Lucas e meu pai foram os últimos a entrar, trocando algumas palavras que não consegui ouvir. Mas, pelo sorriso no rosto de Lucas, sabia que estavam em sintonia. Havia tanto respeito e confiança entre eles que era quase palpável.Sabrina se adiantou e começou a preparar o café, enquanto eu me sentava no sofá com Benício em meu colo. Ele estava começando a despertar completamente
Lucas Andrade Meu coração se alegra ao saber que tia Penélope e tio Fábio me aceitaram com a Camilly, depois de tudo que fiz, quando magoei a Camilly e fugi. Meus pais também estão em uma felicidade sem tamanho a alegria é contagiante, estou no jardim da casa dos meus pais brincando com o Benício quando alguém surge quando levanto o olhar vejo ser a Sra Norma, ela me olha e não fala nada. Me levanto e chamo por ela que me olha com um olhar entristecido. — Sra. Norma, quer entrar? — Não, Lucas, obrigada, mas nada aí me pertence. Não quero atrapalhar em nada, tenho que seguir meu caminho. — Não vai se despedir do Benício, nem da Camilly ? — Não, eles estão onde deveria estar desde o princípio. Eu me levanto do banco no jardim, ainda processando a presença inesperada da Sra. Norma. Benício, alheio à tensão no ar, continua brincando, rindo de alguma coisa que encontrou no gramado. Meu coração se aperta ao ver o olhar entristecido de Norma, um peso que ela carrega em seus om