Uma semana se passou, aos poucos Bruno e eu estamos voltando a nossa normalidade, ainda não fizemos amor, ele não demostrou interesse e eu não sinto a menor vontade, as imagens dele me segurando a força, me obrigando a transar com ele ainda permanece em minha cabeça. Meu pai foi duas vezes essa semana a Velha Boipeba para poder me ligar, ele estava preocupado, só se tranquilizou quando Bruno falou com ele e disse que estamos bem. Não tive coragem de contar o que aconteceu, se ele soubesse, protetor do jeito que é as coisas não ficariam nada bem.
Rose me chamou para ir a um Pub amanhã, segundo ela, preciso descobrir que existe vida além do Bruno. Para ela não me dei oportunidade de conhecer a vida, mal cheguei na cidade grande entrei de cabeça em um relacionamento. Para ela tem muitas coisas para viver e aprender.
⸻ Vou pensar, digo me despedindo, hoje irei embora soz
HECTORDepois de dez dias de obra, finalmente mudamos para o novo prédio. Não foi necessário fazer muitas modificações, alguns reparos e uma nova pintura, foram suficientes. Fiquei muito ansioso para que esse dia chegasse, o motivo da minha ansiedade não era só a empresa, não via a hora de poder estar trabalhando no mesmo prédio que a Ana, e assim talvez me aproximar dela. Estive todos os dias no prédio com a desculpa de verificar a obra, o que eu queria era a encontrar casualmente, mas não tive essa sorte.⸻ Bom dia! Digo assim que saio do elevador e passo pela recepcionista. Caminho até Suzana que está concentrada no seu computador em sua sala. Bato na porta aberta e ela sorri quando me vê.⸻ Como está se sentindo? Pergunto.⸻ Melhor impossível, essa tranquilidade, ela coloca as mãos nos ouvidos, é perfeita. Rio alto.⸻ T
ANAAcordo assustada com o pesadelo que tive, foi muito estranho, havia pessoas que não conheço, elas me cercavam e apontavam os dedos para mim. Diziam coisas que não conseguia ouvir, era como se elas tivessem me acusando, como se houvesse cometido algum crime. O cerco a minha volta foi se fechando, me sufocando, nesse momento as vozes se tronaram audíveis, gritavam, Burra. Burra, em comum acordo. Acordei assustada com o coração acelerado. Sento-me na cama, as imagens daquelas pessoas me acusando me fazem mal, mesmo sabendo que foi um sonho, sinto aperto em meu coração, como se algo ruim fosse acontecer.Pego meu celular na mesinha de cabeceira e vejo que são duas da manhã, olho para o lado, Bruno está dormindo, não sei dizer a hora que ele chegou. Levanto-me vou ao banheiro, uso sanitário, lavo as mãos, o rosto e volto para cama, forço-me a dormir sem pensar em n
ANA⸻ Espere um pouco. Tia Célia se exalta. ⸻ Você que paga o apartamento? Meneio a cabeça confirmando. Ela olha para Marisa e para o Bruno, fico sem entender.⸻ Isso é invenção dela para não dizer que mora de graça. Bruno não me defende, ouve sua mãe falar um absurdo desse e não diz nada. Célia balança a cabeça de um lado para o outro. Por dentro estou a ponto de explodir.⸻ Acho melhor mudarmos de assunto. Bruno diz, se levanta e leva a garrafa de refrigerante para a geladeira, explodo.⸻ Bruno, moro de graça? Adiei meu sonho para que você não precisasse parar de estudar e sua mãe diz isso e você não diz nada. Marisa, um pouco mais que a metade do meu salário vai nesse apartamento, é injusto você dizer isso. Digo expressando toda minha indignação.⸻ Ana, Marisa está err
ANAAcordo com meu celular vibrando debaixo de mim, por pouco quebrou, peguei no sono e não o coloquei sobre a mesinha de centro. Sento-me e o pego, com a vista embaçada, é a Rose.⸻ Boa noite! Digo sonolenta.⸻ Você foi para a casa dos seus pais e nem me avisou? Fico sem entender nada.⸻ Como assim na casa dos meus pais?⸻ Liguei para seu celular e você não atendeu, então entrei em contato com o Bruno que disse que você foi para Moreré. Só de ouvir o nome do Bruno me dá náusea, ainda não consigo acreditar que ele tem me enganado desde quando fizemos o financiamento do apartamento, o pior de tudo é que não tenho direito a nada, vou ter que recomeçar do zero. Sem casa para morar, sem móveis, sem dinheiro. Ainda tenho que pensar como e quando contar para meus pais.⸻ Ana, está me ouvindo?⸻ Estou na casa da
HECTORCorro pela praia atraindo alguns olhares, sei que chamo atenção de algumas mulheres que gostam de um negão malhado como eu. Apesar de ter ido ao clube ontem e de ter tido uma boa sessão com uma bottom experiente, não me senti satisfeito, ultimamente sempre ao fim de uma dominação, me sinto incompleto, por isso tenho evitado o clube, fui por insistência do César que usou como pretexto que queria falar comigo.Caminho até meu prédio e em vez de ir para meu apartamento, vou para academia. Pego em meu armário minhas luvas de boxe, as visto e desfiro alguns socos no saco de pancada, ainda bem que a academia está praticamente vazia, há apenas um casal fazendo esteira. Meus pensamentos me levam a Ana, impossível esquecer o dia em que nos vimos a primeira vez, a forma com que ela me olhou me deixa excitado sempre que me lembro. Sua reação corporal foi
HECTORAdentro as portas do edifício comercial onde trabalho arquitetando em minha mente uma forma de descobrir mais sobre a Ana. Se eu fosse agir impulsivamente, para obter rapidamente informações contrataria um detetive particular. Usei esse tipo de serviço algumas vezesnos negócios, porém, esse não é o caso. Isso não se trata de um jogo onde tem um vencedor, se meus sentimentos em relação a ela se confirmarem e Ana for a bottom que procuro, nós dois ganharemos.Não quero agir como se ela fosse uma pessoa fora da lei, como se eu fosse um louco de um psicopata ou um mafioso. Se um dia ela for minha, quero ter o prazer de aos poucos desvendar não só seu corpo, como também seus segredos mais íntimos. Quero que ela me conte de livre e espontânea vontade sobre sua vida como um todo. Infância, sobre seus pais e sobre sua vida conj
ANAFiquei praticamente o domingo inteiro, jogada sobre o sofá, comendo besteiras e assistindo tv. À tardinha minha tia Sônia me ligou, queria saber se estava tudo bem e disse que não para eu me preocupar com as contas, meu tio paga tudo com débito automático. Para eu, foi uma boa notícia, precisarei de dinheiro para dar de depósito em um lugar para mim, não posso ficar dependendo do favor deles, muito menos voltar para Moreré. Por mais que ame e sinta falta do meu paraíso, meu lugar, ao menos por enquanto não é mais na ilha. De qualquer forma na próxima semana vou para casa, meus pais precisam estar a par de tudo que está acontecendo.Bruno não me ligou, não que quisesse, mas, isso demostraria um pouco de preocupação comigo, um mínimo que seja de arrependimento. O interfone soa me salvando de me afundar mais uma vez na minha tris
ANAO restaurante que Suzana indicou é um pouco mais caro, mas a essa hora os demais estão com todos os lugares ocupados. Rose disse que almoçou algumas vezes aqui com o senhor Brolin, pelos homens de ternos espalhados por todo o espaço, notasse que seu público principal, são os executivos.Pedimos nosso almoço, assim que o garçom se retira, digo.⸻ O Bruno, estava no restaurante com a ruiva, e os dois, sorrio sarcasticamente, ⸻ me pareceram bem íntimos.⸻ Filho da puta! Rose esbraveja chamando a atenção a nossa volta.⸻ Não contei por que te conheço, não vale a pena perder nosso tempo com uma pessoa como ele.⸻ Se eu soubesse teria ido até a sua mesa e despejado o conteúdo que ele estivesse bebendo em sua cabeça. Sorrio. O pior que acredito que ela faria isso, ou coisa pior. Bruno me magoou e decepcionou de uma tal forma,