O Sol já estava se pondo e estava refrescando, Alice esperava sua mãe escorada em um pilar na frente da refinaria de “Destilados Los Puentes” quando seu noivo, Alberto, parou seu carro na frente da entrada.
- Boa tarde minha flor! O que faz aqui?
- Vim trazer um casaco para minha mãe! Esfriou e ela não veio com roupa quente.
- Mas como chegou aqui tão cedo?
- Pedi para soltar antes do horário para poder ir em casa e vir para cá. Mas este não é seu horário. Ficou até mais tarde?
- Sim, estamos com um novo projeto e estou ajustando o setor para dar conta das exportações.
- Fico feliz por você, meu querido! Olhe. Minha mãe está vindo!
Alice acenou para sua que a enxergou de longe.
- Oi minha filha, o que faz aqui?
- Vim esperá-la. Tome trouxe seu casaco.
- Irei levá-las em casa, senhora Mercedes!
- Obrigada, meu filho! Mas não precisa ter esse trabalho todo. Podemos pegar um ônibus.
- De maneira alguma. Eu posso fazer isso, imagina se irei deixá-las ir de ônibus, se estou de carro.
- Meu querido, a mamãe tem razão! Você está cansado. Trabalhou desde cedo até agora.
- Imagina, em breve estaremos morando lá. Já irei acostumando a levar minha futura mãe para casa.
Alfredo abriu a posta do carro esticando a mão para Mercedes, ajudando-a a entrar no carro. Ricardo estava passando com seu carro, parando ao lado quando avistou Alice sorrindo.
- Muita gentileza da sua parte!
- Agora minha linda flor! – Alcanço sua mão para Alice que olhou com muito carinho ao largar sua mão na dele.
- Obrigada, meu querido!
Ela entrou no carro, Ricardo arrancou não sendo visto por Alice. Alfredo levou as duas.
- Agora que veio até aqui, entre para jantar conosco.
- Senhora Mercedes! Já está tarde.
- Que nada, filho! Entre que iremos fazer algo bem gostoso. Venha!
- O que acha minha flor?
- Venha jantar conosco!
A doce voz de Alice encantava por sua entonação que era muito cativante.
- Já que você também quer que eu fique.
- Com certeza, eu adoraria que ficasse para jantar conosco.
- Irei ligar para minha mãe para avisar. Só um momento, já entrarei.
- Estarei na cozinha ajudando minha mãe, meu querido!
Ela entrou e chegou na cozinha. Abriu a geladeira e pegou um pedaço de queijo.
- Vai estragar seu apetite assim!
- Estou com fome mãe! Não tive tempo de tomar café hoje. Deixe que eu fico mexendo o molho enquanto você corta os legumes.
- Obrigada, meu amor!
- Minha mãe mandou lembranças para vocês! Perguntou se vocês podem ir lá em casa no sábado para almoçar conosco.
- Podemos mãe?
- Claro que sim! Não se esqueça de mexer o molho.
- É mesmo, já havia esquecido.
Eles ficaram conversando enquanto as dias faziam a comida, depois do jantar Alfredo se ajeitou para ir embora.
- Irei levá-lo ali na frente mãe!
- Só não demore muito! Está caindo uma serração muito forte e não quero que fique doente.
- Acho melhor você ficar aqui dentro minha flor! Fiquei muito feliz de ver você hoje.
- Eu também, meu querido!
Alfredo deu um beijo em Alice e saiu. Ela ainda abanou quando ele saiu no portão. Fechou a porta e correu até onde sua mãe estava.
- Bom rapaz!
- Sim. Mãe, irei tomar um banho bem rápido. Posso ir antes da senhora?
- Claro, filha!
- Me esqueci de falar, a Joana começo a namorar o irmão do Alfredo, o Alberto.
- Mas, ele é bem diferente dos irmãos.
- Ele começou a trabalhar, mãe. Parece que está levando a sério o relacionamento com a Joana.
- Que bom, fico feliz por ela. Aquela menina é tão boazinha. Merece um bom rapaz, assim como o seu!
- Verdade. Já volto!
- Não senhorita! Irá deitar depois do banho. Está tarde.
- Está bem mãe. Boa noite!
Alice deu um beijo em sua mãe e entrou no banheiro. Enquanto tomava banho pensava em seu lindo vestido que já estava pronto e guardado no roupeiro de sua mãe. Ficava sonhando acordada com essa linda noite que estava por vir. Ela não conseguia esconder sua felicidade de poder passar sua vida ao lado deu um homem tão maravilhoso. Era o que ela mais queria, casar e formar uma linda família!
- Alice, querida! Você pode me ajudar na cozinha?- Sim, senhora Suarez!- Mamãe, hoje nós dois iremos sair logo depois do almoço para falar com o Padre Juan e marcar a data do nosso casamento!- Todo bem, Alfredo! Seu pai irá arrumar os bancos para colocar no quintal. Alice! A Joana esteve aqui no domingo, e me disse que irá decorar somente o local da cerimônia que no salão da festa não será ela.- Realmente, eu havia pedido para ela fazer tudo, mas ficará muito ruim para poder se arrumar. Terá pouco tempo para isso. E como irei ganhar toda a decoração da dona da floricultura, achei justo permitir que a nora dela decore o salão. Elas querem me dar como presente.- Que pessoas boas! Você tem sorte Alice, querida! Casar com meu filho e trabalhar com pessoas assim!- Mamãe! Eu tive sorte quando conheci a Alice. – Disse Alfr
Clóvis agarrou Ricardo pela gola de sua camiseta, arrancando-o de sua cadeira por cima da mesa, o que causou uma grande bagunça, pois todas as coisas que estavam em cima foram derrubadas no chão.- Seu imbecil!Ricardo segurou as mãos de seu irmão.- Me largue! O que está pensando?Neste momento entra Damião tentando separá-los.- Acalme-se Clóvis! Tenho certeza de que há uma razão para essa atitude.Ricardo riu se afastando dos dois.- Não há!- Como não? O Alfredo é meu braço direito, sabe todo funcionamento da refinaria do início ao fim. Como irei tocar tudo sem ele?- Não irá! Irei pessoalmente até a casa dele para conversar. Se não tem motivos para demiti-lo, farei com que ele retorne.- Ele não quer mais voltar.- Eu irei tentar mesmo assim. Nossas e
- Como assim a Alice não pode se casar, padre?- Eu não encontrei nenhum registro do nascimento dela, certidão de nascimento, batismo ou qualquer coisa que comprove a existência dela, Alfredo. É como se a Alice não tivesse nascido!- Mas como não? Eu a vi crescer correndo com minhas irmãs. Isso está errado padre!- Eu entendo que tenha algo errado, por isso chamei-o aqui. Precisa resolver isso o quanto antes, caso contrário não poderei realizar o casamento dos dois.- Eu irei resolver, padre! Só por favor não diga nada a ela, não quero que fique se preocupando com isso.- Eu não falarei se ela não me perguntar, não posso mentir.- Omita, padre!- Omitir eu até posso, mas não irei esconder caso ela me questione algo.- Eu irei garantir que ela não irá perguntar.- Tudo bem
- O que uma moça bonita como você faz parada aqui?- Estou esperando minha mãe, senhor Ricardo!- Me chame apenas de Ricardo!- Sim senhor!- Podemos tomar um café, acho que ela irá demorar um pouco.Ricardo trancou Mercedes em sua sala quando soube que Alice estava na frente da refinaria a esperando. E para soltá-la naquele horário somente ele ou Damião, que não faria isso, pois Ricardo se certificou que ele estava na produção no momento e que levaria mais de uma hora para retornar.Alice pensou um pouco e resolveu então aceitar e tomar um café com Ricardo.- E como foi seu dia?- Hoje foi bem agitado! Tem um aniversário muito grande, ficamos envolvidas nos arranjos da festa. Quase não conseguimos almoçar.- Você gosta de trabalhar na floricultura?- Eu amo aquele lugar. Acho que não h&aacut
- Mãe! Onde a senhora está?- Estou indo filha! Tenho que pegar uma vela, não saia daí e não fique com medo”!- Eu não gosto de escuro!- Alice, estou chegando! Só mais um minuto. - Alice tapou a cabeça, seu medo de escuro eramuito grande. Quase não conseguia segurar o choro. Mercedes entrou no quarto de Alice comuma vela na mão! – Pronto, filha, estou aqui! Tudo irá ficar bem.- Mãe, não quero sair daqui de baixo.- Pode ficar, irei pegar uma coberta e deitar com você, querida.As duas acabaram dormindo. Na outra manhã Mercedes levantou e foi fazer café. Sua vizinhaestava estendendo roupas na lateral da casa.- Soube o que aconteceu essa noite, Mercedes?- Não. Acabei dormindo junto com a Alice. Não saí na rua para saber.- Ela ficou bem? Meu filho come&c
Ricardo estava em uma festa, bebendo, quando Damião entrou na boate e o arrastou pelobraço até a rua.- Eu irei dar o último aviso, ou você para com essa vida, ou irei pedir seu afastamento daempresa. Não aguento mais tanta cobrança por causa dos seus atos impensados.- Você não sabe o que é viver!- Se for para ser no estado que você vive, prefiro não saber mesmo! Agora, entre no carro queirei levá-lo embora.Ricardo empurrou Damião.- Saia para lá. Não irei a lugar algum com você!- É sua última chance, Ricardo! Não deixarei isso passar assim.- O que foi que eu fiz agora?- Nem sua mãe o aguenta mais! Me ligou e pediu para que eu viesse te buscar. Você bateunela?- Aquela velha acha que pode me controlar! Só pode estar de brincadeira
Alfredo avistou Alice parada na porta de entrada da refinaria.- Minha flor! O que faz aqui?- Achei que você já havia ido embora!- Estou ficando até mais tarde nos últimos dias, começaram a exportar os produtos. Entãotenho que verificar a produção para encerrar o dia. Veio ver sua mãe?- Ah, sim! Claro...Ricardo aproxima-se dos dois, sem respeitar Alfredo chega ao de Alice, pondo quase entre osdois.- Demorei? Desculpe-me por deixá-la me esperando.- Esperando você? – Alfredo olhou Alice que estava olhando para o chão envergonhada com asituação. – Alice? O que está acontecendo?- Acredito que tenha sido apenas um engano! – Respondeu Alice em voz muito baixa.- Engano? Quando a convidei para jantar, você não recusou!- O senhor me entendeu errado! Eu estava
Miguel estava sentado com Mercedes acompanhada do senhor e da senhora Soarez, quandoAlfredo e Alice chegaram. A senhora Soarez levantou e puxou duas cadeiras que estavamencostadas no canto da varanda.- Sentem-se aqui.Alice olhou para aquele homem muito bem arrumado, sentou-se encarando-o.- Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?- Precisamos falar sério com você, Alice!- A senhora está me assustando, mãe! Diga o que é de tão sério que precisamos queprecisamos de um estranho junto conosco.- Esse estranho, é nosso advogado, Alice!- Vocês querem fazer um contrato de casamento, é isso? Se for isso eu não serei contra,entenderei as medidas. Não precisava chamar um advogado para isso.- Alice, minha flor! Não é este o nosso problema. O Miguel está aqui por causa da sua