JOANANa segunda-feira acordei bem cedo, tomei um bom banho e vesti a minha melhor roupa, eu precisava impressionar o tal amigo de Alex na entrevista para garantir que a vaga seja minha. Tinha combinado de Lili vir ficar com Rebeca até eu voltar para casa para que eu não tivesse que enfrentar o trânsito até a casa dela.O táxi me deixou em frente ao enorme prédio da Tourist Heaven com vinte minutos de antecedência, ainda na calçada, respirei fundo e tomei a coragem para entrar. Do lado de dentro havia mais umas duas pessoas esperando para fazer a entrevista, mas tentei me manter firme e confiante.Eu fui a última a entrar na sala para a entrevista e fiquei surpresa ao me deparar com um homem alto, de porte atlético que mais parecia um guarda-roupa. A pele escura de sua cabeça raspada brilhava contra a luz. Ele era intimidador, mas muito educado e foi fazendo as perguntas de maneira de fiquei super tranquila.Quando ele anunciou que eu era a mais qualificada e que a vaga era minha, eu
ALEXA quinta-feira à noite chegou mais rápido do que eu estava esperando e já fazia alguns minutos que eu tinha saído do meu plantão e estava com o carro estacionado na frente do prédio de Joana para levar as duas para minha casa.Quando meu celular começou a tocar, vi que era minha mãe, provavelmente estava ansiosa para o dia seguinte, ter todos seus filhos reunidos de novo depois de tantos anos, então retirei o aparelho do suporte no painel e atendi.— Oi, mãe!— Filho. Está ocupado?— Não, já saí do meu plantão e estou em frente a casa de Joana, esperando ela descer com as malas.— Estou tão ansiosa e feliz de poder te rever e, finalmente, conhecer sua noiva e a filha dela.— Ela também está, não fala de outra coisa — menti.— Seus irmãos chegam amanhã.— Nós também, mãe.— Que maravilha! Já vou preparar aquele bolo indiano que você ama.Só de pensar no bolo indiano que minha mãe fazia, já podia sentir a boca enchendo de água. Aquele bolo sempre foi a minha perdição, eu trocaria t
JOANA A semana passou voando. No trabalho, eu estava me saindo muito bem, já tinha conseguido analisar quase todos papéis das pilhas que tinham me dado e tinha encontrado alguns erros e anotei para que apontasse as soluções na primeira reunião que participaria. Rebeca tinha se acostumado a ficar com a babá, que se mostrou muito carinhosa com a minha pequena. Na quinta-feira à tarde, depois que cheguei da empresa, estava me sentindo cansada, mas ainda tinha que terminar de arrumar a minha mala e a de Rebeca porque Alex tinha me enviado uma mensagem pela manhã dizendo que passaria aqui em casa para nos buscar depois que saísse de seu plantão no hospital. Aproveitei que a babá ainda estava cumprindo o horário e fui tomar um banho tranquilamente, sem precisar me preocupar em terminar rápido porque Rebeca poderia estar fazendo alguma bagunça. Por volta das oito da noite, estava terminando de dar comida para minha filha quando meu celular vibrou em cima da bancada da cozinha. Alex: Já e
ALEXComo saimos cedinho de casa, não tivemos problema nenhum em sair da cidade e pegar a estrada já que eram poucos os carros que circulavam pelas ruas. Com pouco tempo de viagem, Rebeca acabou adormecendo em sua cadeirinha e Joana estava distraída, ouvindo alguma música em seus fones de ouvido.Agradeci pelo silêncio no carro, já que eu, apesar de transparecer estar tranquilo, estava muito nervoso. Tudo que tinha sair perfeito nesse final de semana, mas eu tinha dúvidas se daria já que eu e Joana não tivemos muito tempo juntos e o fato de eu ter lhe beijado na noite anterior deixava as coisas um pouco mais complicadas.Com um pouco mais de uma hora e meia que estávamos na estrada, Joana cochilava no banco de trás ao lado da cadeirinha da filha, mas de repente o silêncio foi quebrado pelo choro incessante de Rebeca e acabamos nos assustando.— Será que você pode parar no primeiro posto de gasolina que aparecer?— O que aconteceu?— Uma emergência de fralda cheia.— Ugh!Por sorte, ti
JOANA Depois de pegar estrada, o remédio de enjoo que eu tinha tomado começou a fazer efeito e acabei adormecendo, até ser acordada pelo um choro incessante da minha filha. Eu não sabia quanto tempo tinha se passado e nem quanto da estrada tínhamos percorrido. Mas quando senti um odor terrível e não tive outra opção a não ser pedir que Alex parasse no primeiro posto de gasolina que aparecesse. — O que aconteceu? — Nossos olhares se cruzaram pelo retrovisor interno. — Uma emergência de fralda cheia. — Ugh! Fui tentando distrair minha pequena até que Alex, finalmente, parou no primeiro posto de gasolina que apareceu. Rapidamente levei minha filha para o banheiro feminino, mas logo descobri que não tinha um trocador. Por sorte, eu sempre carregava o tapete emborrachado de brincar de Rebeca então fiz um trocador improvisado em cima da pia. Quando voltei para perto do carro, encontrei Alex com o quadril apoiado na lataria do carro e comendo alguma coisa, mas ele parecia meio entediado
ALEXA nossa chegada na casa dos meus pais foi bem melhor do que eu esperava, minha mãe adorou Joana e a pequena Rebeca e não suspeitou da nossa mentira. Até me senti um pouco mal por estar mentindo para meus pais, as duas pessoas que eu mais amava no mundo.Pouco depois das três da tarde, meu irmão Felipe chegou com sua esposa e filhos. Foi uma verdadeira festa, os meninos encheram a casa com sua alegria enquanto todos falavam ao mesmo tempo e se abraçavam. Uma cacofonia da qual senti falta.— E aí, meu irmãozinho? — Ele se aproximou de mim e me deu um tapa no ombro. — Saudades de você, cara.— Também estava.Os meninos vieram correndo em minha direção e acabaram me derrubando no sofá, fui salvo por minha cunhada Azaria, que ordenou aos filhos que parassem e me deixassem em paz. Depois de recuperar o fôlego, ajeitei o cabelo e vi Joana entrar na sala de estar com Rebeca no colo.— Desculpa pela barulheira — falei quando me aproximei dela.— Rebeca já estava acordada, ela só ficou um
JOANAJá tinha percebido que a família de Alex é muito rica, mas não são aquelas pessoas mesquinhas que querem aparecer a todo custo. Eles são legais e acolheram minha filha e eu super bem, mesmo eu não tendo a mesma condição financeira deles.Felipe é brincalhão, contrariando todo o estereótipo do irmão mais velho sério e comportado enquanto o mais novo que é o brincalhão. A esposa dele é uma mulher muito bonita e, pelo que me constava, era tão rica quanto o marido, os dois filhos do casal eram muito bem educados e ainda falavam duas línguas muito bem.Estava sentada no sofá maior conversando sobre maternidade com Azaria quando Alex sentou-se atrás de mim e quando apoiou sua mão em meu ombro, senti um choque percorrer a espinha, mas tive que continuar a conversa como se nada tivesse acontecido.— E vocês já se decidiram quando vai ser o casamento? — Azaria me perguntou e ouvi quando Alex se engasgou.— Ainda estamos pensando sobre o assunto, não é, amorzinho?Eu sabia que tinha pegad
ALEXQuando todos já tinham se recolhido para seus respectivos quartos, subi as escadas, mas assim que entrei no meu quarto tive uma bela surpresa que me fez ficar parado junto à porta. Joana estava saindo do banheiro e usava um baby doll rosa-claro, o short era curto e realçava ainda mais sua bunda, a blusa era abotoada na frente, do tipo americano.Sem conseguir me conter, me aproximei dela e envolvi sua cintura, puxando-a contra meu corpo. No momento em que nossos corpos se chocaram, ignorei os olhos alarmados de Joana e capturei seus lábios. Ela tentou se afastar, empurrando meu peito, mas não a soltei, deveria ter me controlado, mas quando ela retribuiu o beijo, foi impossível parar. Ela beijava bem e seu gosto era delicioso. Senti meu pau dar sinais e nem me importei com a barraca armada que ostentava no meio das pernas. Quando suas mãos se uniram na minha nuca, puxei Joana pela cintura para ficar ainda mais perto, esmagando seu corpo contra o meu.— Alex, eu...Seu sussurro tão