Fomos direto para as celas onde os lobos machos foram separados das fêmeas, todos segundo as minhas ordens, deveriam ficar na forma humana sendo a mais fraca, os que desacatassem eram eliminados sem piedade. Fiquei em frente a cela com 3 lobisomens, mantinha números menores em grupos, a fim de evitar uma rebelião difícil de conter pelos guardas.— Todos se transformem! — Rugi alto em uma ordem incontestável aumentando a pressão contida de meu poder, se não o controlasse, poderia sufocar qualquer criatura apenas com a liberação da força. Tremendo, os prisioneiros se entreolharam confusos.— Meu rei, não evitamos isto? — Indagou o beta receoso às minhas costas, o encarei de solado o fazendo desviar o olhar mantendo-se em silêncio.Voltei a encarar os reféns que um por um foram transformando-se em suas formas lupinas, avaliei cela por cela até encontrar os três agressores da lembrança da Callie.— Vocês três, deem um passo à frente. — Ordenei, os lobos pareciam confusos e assustados. — A
Puxei o último lobo, que não tinha forças para gritar ou implorar, lágrimas inundavam seus pelos. Empalei-o diretamente, olhando para cada lobo sem vida com completo satisfação. O beta olhava assustado, seus olhos se fixaram na loba cega, franzindo o cenho. Ele se aproximou com cautela para falar:— Meu Alfa, perdoe-me pela forma direta... Tudo isso se trata da loba cega?Agarrando-o e socando-o contra as estacas, rugi intensamente em sua face, fazendo o sangue escorrer de seu nariz e olhos.— Trata-se de todos saberem que não são capazes contra o meu poder. Meus inimigos vão sucumbir, escolha bem o seu lado, beta! — Joguei-o com força contra os portões da cidade. — Callie!— Si... sim... meu rei... — Ela gaguejava, tremula.— Veja o que se faz com os inimigos! — Ordenei, olhando-a de cima. Confusa, ela voltou o focinho em minha direção.— Como? — Falou, surpresa.— Mude para forma humana e tateie os corpos sem vida daqueles que a tanto feriram! — Rosnei, impaciente, vendo sua relutân
POV: CALLIEAo chegarmos à alcateia, fiquei receosa em ser conduzida pelo Beta, algo nele disparava os alertas da minha loba, que rosnava sinalizando que o lobo representava uma ameaça. Insistir em acompanhar o Alfa até a cela dos prisioneiros, de certa forma, sentia uma segurança ao seu lado, seu poder parecia um escudo protetor inquebrável!Seguindo-o pelo cheiro, fiquei surpresa quando ele perguntou de forma simples e casual quem se eram aqueles três. Levei segundos para compreender de quem o rei Lycan se referia, chocada, ergui o focinho em sua direção, caminhando em seguida a frente farejando em direção aos guardas que me agrediam e se divertiam noite adentro, parando um pouco antes do amanhecer em tempo de me “recuperar” para ser usada como caça por meu pai.— São eles! — Confirmei, afastando-me sem dar as costas, as dores em minha carne ainda vívidas, receando ser atacada novamente de forma covarde. Busquei abrigo atrás do Alfa, que não contestou. Podia sentir seus olhos queima
— Seu sorriso é lindo, deveria sorrir mais vezes. — Suspirou o Lycan despejando algo gelado sobre o couro da minha cabeça.— O que é isto? — Falei surpresa passando as mãos sobre os cabelos pegando um pouco do líquido inalando. — É muito cheiro.— É xampu, não conhece? — Rosnou ele divertido — O quanto te privaram na vida?— O suficiente para não me lembrar que isto faz arder os olhos... — Falei tentando abanar os olhos desesperada com a ardência.— Deixe-me ver... — O alfa me puxou assoprando meus olhos aliviando, seu cheiro começou a mudar se tornando mais predatório. — É difícil ficar nu perto de você sem pensar malicias.Tateei seu rosto contornando seus lábios onde um sorriso torto travesso parecia brincar, subi mais as mãos acariciando sua pele molhada, algo pinicou meus dedos em reflexo puxei as mãos sendo interrompida por ele, que as segurou deixando pousada em seu rosto.— Pinica... — Ri baixinho intrigada.— É, se pudesse me ver diria que eu deveria fazer a barba... — Rosnou
POV: AARONVoltei para o banho, deixando a água fria aliviar o calor do meu corpo. A inocência de Callie, suas reações excitantes, a forma como, mesmo sem poder me enxergar, seus olhos se direcionavam a mim, tudo aquilo estava me deixando louco... Precisava sentir seu corpo.Meu lobo rosnava compulsivamente, sua presença sobre minha pele quase me fez perder os sentidos e mergulhar para dentro dela.Mas eu sabia que a lobinha ainda não estava preparada para algo assim. Estava perdendo o foco. Precisava descobrir as razões pelas quais a Deusa uniu nossos caminhos, guiando-me até ela.O que eram aquelas visões e como seria possível controlá-las? Se aquilo fosse real, então teria um grande trunfo contra meus inimigos. Uma loba capaz de prever os próximos passos dos inimigos era uma vantagem inegável. Rosnei em alívio, desejando ser suas mãos envolvendo meu membro!Balancei a cabeça percebendo que novamente estava desviando do foco principal, saber se a loba cega tinha ou não poderes sobre
— O que acha da minha acompanhante? — Cocei o queixo, observando suas reações, enquanto seus olhos vagavam por Callie em cumplicidade.— É uma bela mulher, mas parece precisar de uma alimentação mais saudável, meu rei. — Respondeu firmemente.— Qual o seu nome? — Cruzei os braços, encarando-a, fazendo a jovem tremer ainda mais e suar.— Me chamo Nicoly, Alfa. — Gaguejou nervosa.— Nicoly... — Estralei a língua, sorrindo com uma ideia que me veio à mente. — Sirva a Callie, quero que seja sua serviçal pessoal, sempre que ela precisar, entendeu?— Sim, meu rei, será um prazer atender às necessidades de sua convidada! — Formalmente, Nicoly assentiu, dirigindo-se à loba cega e preenchendo seu prato com comida.— Mais uma coisa, Nicoly, não quero que a destratem ou permita que outros empregados o façam... Não vão gostar do que acontecerá se forem contra as minhas ordens!A jovem quase derrubou suco sobre Callie nervosa, quando a loba esticou as mãos, tocando as dela e parando o despejo do l
— Não seria sábio brincar comigo dessa forma; pode haver interpretações equivocadas da alcateia... — Apertei os talheres em minha mão com força. A verdade era que eu não estava sabendo lidar com seus jogos; era um tipo de tortura diferente que despertava sentimentos muito confusos.— Que tipo de interpretação está insinuando, Lobinha? — Ressoou ele, sexy, fazendo minha loba grunhir em resposta. O líquido que o alfa tomava continha aroma de álcool adocicado. Ele parou o copo e rosnou, predatório. — Loba, loba, loba... Não me provoque exalando este cheiro assim...Mordi os lábios com força, mexendo na mexa dos cabelos nervosa. Algo em meu íntimo latejava em um anseio desconhecido. Lembranças do nosso recente banho juntos vieram à tona, lembrando-me da explosão de prazeres confusos que tive. Dessa vez, ouvi seu movimento elegante em minha direção, a mão pousada em baixo sobre o meu joelho e a outra acariciando meu pescoço.— Você brinca com o perigo, lobinha cega! — Rouco, Aaron sussurro
— Você está muito desatenta hoje, loba! — Rosnou irritado o Alfa, tirando minha mão do local, parecendo aliviar. — Mantenha seus sentidos mais apurados, em alerta. Não seja tola em ficar se ferindo.Meu coração vibrou, acariciando o local. Seu dedo percorreu a linha do meu rosto, inclinando meu queixo.— Entendeu? — Indagou autoritário Aaron.Apenas assenti. Quando ele se afastou e voltamos a caminhar, farejando em volta, reconheci o cheiro. Era o mesmo lugar onde Kemilly havia me levado para treinar a mutação... Também era onde ela havia me atacado diversas vezes! O cheiro forte de sangue fresco era quase palpável no ar, chegando a ser enjoativo, fazendo meu estômago embrulhar. Esfreguei o nariz com o dorso da mão, incomodada.— Rei Lycan... Obrigada por vir! — Ouvi a voz fraca de Esmeralda em sua direção. — O que está amaldiçoada faz aqui?— Não te interessa! — Brandou o Alfa. — Você queria me ver, minha querida. Tem sorte por suportar as torturas, ou não teria lhe concedido o privi