— Ah, bruxinha, eu vou adorar te castigar — rosnou ele dominador, agarrando meu pescoço com firmeza. Suas presas estavam proeminentes, perigosamente próximas ao meu rosto. — Vai se arrepender das suas palavras.
— É mesmo? E como pretende me castigar? — desafiei, mergulhando em seus olhos ferozes, vibrando em antecipação por suas promessas, querendo ver até onde este lobo seria capaz de ir.
Seu sorriso se iluminou com minhas palavras. Ágil, Keenan abriu meu robe, deslizando-o pelos meus braços e girando-me até me posicionar próxima da cama. O quarto estava escuro, iluminado apenas por um abajur em formato de lua com luzes douradas. Seus olhos nunca desgrudaram dos meus. Sentando-se na beira da cama, ele me puxou bruscamente para o seu colo, debruçando-me sobre suas pernas, travando meu corpo nesta posição de bunda para cima
POV: CALLIEA agitação e a necessidade de fuga haviam se acalmado em meu peito. A loba dentro de mim parecia se alinhar nos braços do alfa em meio à tempestade. Estávamos deitados no chão, sobre a terra encharcada, enquanto a chuva acariciava nossos corpos quentes e ofegantes. Afundei minha cabeça em seu peito, acompanhando o ritmo de sua respiração.— O que faremos? — indaguei, deslizando os dedos sobre sua pele exposta, brincando com as gotas que conseguiam se acumular em seu corpo. — Sinto o cheiro do veneno de Nocturnus se espalhando pelo seu organismo, a marca forçada em meu corpo queima em minha carne...— Callie, você precisa aprender a dominar sua magia. Farei mais investidas contra a seita do Deus Obscuro. Precisamos desestabilizar seus pontos de fortalecimento. Pretendo estender e convidar alguns errantes para a nossa causa. Quem sabe, consiga trazê-los para o nosso lado e, enfim, lhes dar uma alcateia! — ponderou o Alfa, hesitante.— O que te preocupa? — perguntei, farejando
POV: KEMILLYHavia passado pelos prisioneiros, boa parte havia se integrado a alcateia de forma fluída, outros eram usados como exemplo por ainda serem fiéis ao antigo alfa Hunter, nunca vou compreender isto... Ser legal a um lixo de lobo que os deixou passando fome, vivendo em total escassez! Quando chegamos, não havia um hospital ativo, saneamento básico, alimento fresco ou casas em pé. Somente quem tinha, eram os lobos de cargos e a mansão do poderoso Lycan que governava antes.Me deparei com Keenan de costas, um lampejo veio a mente, precisava me reaproximar dele, se quisesse o atrair para floresta. Sabia de sua força e poder, poucos de fato o conheciam tão bem quanto Aaron e eu!Quero entregar a maldita hibrida cega para a seita, que destrocem ela em pedaços até definharem sua alma e espírito. Mas Keenan, não desejava o seu mal, tinha certeza de que ele seria capaz de matar
POV: KEENANCom a boca entreaberta, Kemilly me encarava em choque. Virei as costas, deixando-a em meio à tempestade, a água escorrendo por nossos corpos refletindo o caos interior. Nunca esquecerei o dia em que descobri que ela era minha destinada. Sua rejeição veio algum tempo depois, quando soube que eu não queria seguir como um alfa... Como poderia, se falhei com a minha própria alcateia?Para que eu não desistisse da vida, o Lycan supremo me concedeu a honra de ser um beta. Não que o cargo em si não trouxesse tamanha responsabilidade, mas oferecia uma vantagem em termos de crescimento e força. Precisava me tornar mais poderoso se quisesse ser útil. Meu lobo interior não me reconhecia; constantemente rugia em minha mente, chamando-me de covarde. Talvez fosse o que eu havia me tornado.Sempre que fechava meus olhos, via meu povo sendo massacrado por
POV: KEENANQuando dei por mim, estava dentro do quarto dela, a observando dormir tranquilamente. Sua respiração leve e suave contrastava com sua beleza intensa e inquietante. Como se sentisse minha presença, ela despertou de súbito com o trovejar, vagando os olhos diretamente em minha direção, seu coração pulsava intensamente quando percebeu que seu invasor era eu! Minha mente explodiu em malicias quando sua pergunta carregada de desafio e curiosidade ressoou:— E como pretende me punir? — gaguejou sutilmente a feiticeira, sua voz trêmula provocando um rugido vitorioso em meu lobo interior, inundando minha mente com imagens audaciosas e lascivas.— Vou adorar te mostrar, Bruxinha! — rosnei, puxando-a para meu colo. Ao sentir seu corpo sobre o meu, pude apreciar cada curva delineada, o volume e a forma irresistível de sua bunda. Minha língua percorreu meus l&aacut
POV: AARONCorrendo floresta adentro, nunca havia visto Callie tão livre. Havia ainda receios em seus olhos e medos em sua alma, mas eu sabia que o maior deles era o medo de me perder ou de perder Rigan. Era estranho pensar em como nossa família havia se formado. Mesmo com dúvidas sobre a paternidade do filhote, meu coração vibrava de expectativa, acreditando profundamente que ele era nosso filho.Deixei Callie ganhar a corrida, sorrindo ao perceber como seus sentidos apurados lhe davam vantagens. Keenan havia feito um trabalho extraordinário de treinamento em tão pouco tempo. Minha companheira era, sem dúvida, um triunfo em ascensão. Ela ainda não reconhecia plenamente sua força, mas eu via claramente o quanto ela havia se fortalecido.Após a corrida, tomamos um delicioso banho juntos, aquecendo ainda mais nossos corpos que já estavam em chamas. Passei óleo em seu corpo, sendo especialmente atencioso com sua barriga que carregava nosso filhote. A intimidade daquele momento era quase
POV: AARON— Então, tecnicamente, as demais bruxas deveriam responder a mim, certo? — Olhei para a lobinha, que mordia os lábios nervosamente, acariciando sua face de forma delicada. — Se eu puder falar com elas, mostrar a importância de uma aliança entre bruxas e lobos contra a Deidade obscura, teremos mais chances de vencer.— Você não vai sair desta alcateia! — Rugi firme, quando seu nariz se voltou em minha direção. — Está fora de cogitação expô-la a perigos externos.— Devo lembrá-lo que o perigo me rodeia até mesmo nos sonhos? Ou se esqueceu da nossa última batalha no recinto de Nocturnus? — Rosnou ela, desafiadora. — Sou uma ponte para as bruxas, preciso ir falar com elas.— Concordo com a Callie, Grandão... Compreendo suas ressalvas, mas se quisermos ter as feiticeiras ao nosso lado, nada como uma filha da sacerdotisa para nos ajudar a fechar uma aliança. — Yulli me lançou um olhar de cumplicidade. — Estarei ao lado dela protegendo-a, como fiz até agora.— Não! — Trovejei, faz
POV: CALLIE— Hum? — O alfa batia os dedos contra a mesa com impaciência, seus olhos pareciam fixos em mim, aguardando cada palavra, cada debate da noite.— A alcateia já sabe sobre a escolha da Deusa? — Voltei meu nariz em direção a ele, inalando seu cheiro de forma firme. — Sabem que você pretende firmar o vínculo com uma loba cega que foi rejeitada por todos eles?O som dos dedos dele batendo parou abruptamente, e o ar ficou tenso. Sua áurea se tornou fria e maligna, como se minhas palavras tivessem despertado uma raiva contida. Os cheiros ao redor da mesa mudaram drasticamente. O beta parecia mais alerta, seus músculos tensos. Dr. Ryan vibrava com um leve tremor, seu cheiro impregnado de medo, enquanto Yulli, por outro lado, se mexia inquieta, os olhos brilhando com uma preocupação contida.— Iremos declarar assim que a verem treinando comigo! — Respondeu o Lycan vagamente, sua voz carregada de uma determinação gelada. — Você precisa provar sua força para esta alcateia. Eles não a
POV: YULLISai da sala de jantar acompanhada do Doutor Ryan. Sabia que o humano tinha uma queda por mim. Antes do surgimento do Beta com áurea de Alfa, o médico também me atraía, mas, pelos ancestrais, não tanto quanto o irritante do Keenan!— Perdão, Sra. Yulli, comecei a divagar, não foi? Estou a entediando com tanta medicina? — perguntou Ryan cortês.— O quê? — franzi o cenho, virando o rosto em sua direção. Ele tinha um sorriso bobo nos lábios. — Perdoe-me, Doutor, não quis ser rude, o senhor não me entedia...— Então, o que a distrai tanto? — ele perguntou educadamente, mantendo os olhos fixos nos meus.— Concordo com a Callie. Mesmo partindo em busca de uma aliança com as bruxas, a relação entre feiticeiros e lobos é bem tensa... No geral, somos inimigos que gostam de ficar cada um em seu canto. Um passo errado e isso se torna sinônimo de guerra e quebra do tratado de paz! — ponderei, passando a mão involuntariamente no bumbum, sentindo a leve elevação da mordida do cachorro pul