POV: RIGAN
— Falo por todas as espécies, Rigan, como seu pai e também como o rei supremo. Entendeu? — Brandou o Alfa, sua voz ecoando como um trovão. O poder em suas palavras fez até mesmo meu lobo grunhir de dor sob a subjugação, mas não o fez recuar. — Lhe fiz uma pergunta, filhote!
— Sim, senhor! — Trinquei o maxilar, cuspindo as palavras com raiva, rangendo os dentes.
— Aaron, já chega! — Ressoou minha mãe, a voz tremendo de nervosismo. — Desde que o seu lobo despertou, você e Rigan vivem em contenda. Pela Deusa... Passamos por todo aquele inferno para não ter paz em nossa família?
Meu pai lançou um olhar significativo para ela, suspirando enquanto coçava as têmporas. Em seguida, voltou a me olhar com severidade.
— Ele precisa entender
POV: RIGAN— A segunda onda da guerra? Como assim? — Cruzei os braços, intrigado, quando Keenan me cutucou.— Fale baixo, não quer que a alcateia inteira escute e entre em pânico, né? Já perdemos muitos dos nossos na primeira guerra. — Keenan suspirou, seus olhos avaliando o entorno com cautela. — Não se preocupe com isso agora, Rigan. Teremos tempo para discutir fora da cidade. Por ora, mantenha a boca fechada e evite confusões.— Eu não procuro confusões. — Rosnei, percebendo o brilho divertido em seus olhos."Mas a confusão sempre nos encontra." A voz fria de Ren ecoou em minha mente.— Aposto que Ren respondeu por mim. — Keenan sorriu ligeiro. — Preciso resolver uns assuntos de lobo expulso; parece que minha presença está agitando o conselho.
POV: MAEVE— Segredo supremo? Gostei de como soa. — Rigan sorriu maliciosamente, enquanto passava um pouco de chocolate na ponta do meu nariz. — Mas não poderá contar para ninguém.— Nem para Any? — Perguntei com um brilho de esperança nos olhos.— Muito menos para ela! — Ele rosnou em resposta, sua voz baixa e ameaçadora.— Ao invés de lobos, tenho dois ratinhos ladrões de bolo! — A voz firme do meu pai ecoou pela cozinha. Ele surgiu de pé, nos olhando de cima com um sorriso divertido. — Acho que tivemos a mesma ideia. Sobrou algo aí?— É melhor ser rápido, velhote, ou a Maeve vai devorar o bolo como uma presa indefesa. — Provocou Rigan, com um olhar travesso.— Irmãozinho, isso não é verdade! Voc&e
POV: RIGANMaeve dormia tranquilamente, seu rosto sereno e pacífico iluminado pela luz prateada da lua que entrava pela janela. Eu, no entanto, não conseguia fechar os olhos. Meu olhar fixo no céu estrelado, enquanto um leve cheiro familiar me deixava em alerta: o cheiro dos meus pais, tingido com uma nota de preocupação.— O que será que está acontecendo? — Sussurrei para mim mesmo, o som quase inaudível.“Algo me diz que tem a ver com a segunda onda que aquele lobo mencionou,” ressoou Ren em minha mente, seu ronronar baixo e ameaçador. “Tomara que seja guerra. Gostaria de fatiar algumas presas.”— Pela Deusa, Ren... Por que raios você despertou? — Rosnei em resposta, tentando manter meu tom baixo para não acordar Maeve.“Hunf, sou parte de sua essência, jove
POV: RIGAN— Quem despertou? — Franzi o cenho, confuso, enquanto meu lobo bufava impacientemente em minha mente.“Dale, a loba de nossa irmã, filhote,” rosnou Ren, com um tom impaciente. “Você precisa treinar melhor suas percepções. Detesto fragilidades.”— Ren, estou começando a te odiar! — Rosnei em resposta, encarando minha irmã que parecia assustada. Aproximei-me dela, tentando suavizar minha expressão. — Ei, pequena, está tudo bem... Ela apresentou o nome?— Sim... É... Dale... Bonito nome, né? — Maeve falou, um sorriso largo e orgulhoso iluminando seu rosto. — Caramba, como ela é agitada.— Vocês têm muito em comum. — Ri baixinho, apertando suas mãos, sentindo a energia vibrante que fluía entre nós
POV: RIGAN— Rigan, tudo bem? — Any parou à porta, olhando-me preocupada.— Você ouviu algo? — indaguei sem encará-la.— Se ouvir algo? — Ela se aproximou, puxando meu braço. — Acho que você está cansado.— Talvez seja isso. — Forcei um sorriso, saindo com ela do escritório da sede e indo para o restaurante mais caro da cidade de carro.Ao entrarmos no Glamour Gourmet, fomos imediatamente envolvidos por um ambiente luxuoso e sofisticado. O salão principal exibia uma decoração elegante, com paredes revestidas em tons de dourado e marfim, complementadas por detalhes em madeira escura. Lustres de cristal pendiam do teto, espalhando uma iluminação suave e acolhedora pelo espaço. As mesas, dispostas com espaçamento generoso, estavam cobertas por toalh
POV: RIGANSentia minha pata bater contra a poça d’água fria, espalhando pequenas gotas em todas as direções. O cheiro de terra molhada pairava no ar, evocando uma sensação quase onírica. Eu me via como um telespectador ao fundo, observando as imensas árvores que se erguiam ao meu redor como vultos fantasmagóricos. Ren estava possesso, vibrando com uma energia selvagem e primitiva. Sua necessidade de caçar e matar, a sede de sangue, era palpável.De repente, um cheiro familiar nos atraiu, fazendo com que nos agachássemos sorrateiramente, deslizando pela vegetação densa como um predador prestes a dar o bote. A voz suave, no entanto, parecia ter um efeito calmante sobre a fera descontrolada:— Rigan? O que faz aqui tão longe? — Pelo timbre reconheci que a voz pertencia a Yulli. O odor de sangue e ferimentos vinha de sua dire&cced
POV: RIGAN— Ren, já chega! — Gritei em minha mente, sentindo o corpo tremer compulsivamente. — Não são eles os nossos inimigos."Olson é um adversário à altura," ressoou Ren em deleite, animado para continuar lutando.— Podemos treinar junto a ele, não contra ele. — Respondi, sentindo que começava a alcançar a lógica em sua mente. — Ainda não mutamos para a forma Lycan, estamos em desvantagem, peludo!Senti as garras sendo cravadas em minha barriga. Gritei com a dor, abaixando a cabeça até o local e vendo que Ren havia enfiado sua pata em nosso abdômen.— Por que fez isto, seu lobo idiota? — Trovejei na mente, ameaçador."Não me chame de peludo, jovem adulto," retrucou ele.— Rigan! &mdash
POV: KEENAN— Merda, o que faremos? Não podemos levá-la para a alcateia, tio Keenan — exclamou Rigan, a preocupação evidente na sua voz carregada de culpa. — Quase a matei!— Ela tem feridas de magia, Rigan, olhe — apontei para os ferimentos brilhando com um brilho estranho e sinistro. — Yulli já estava ferida quando você a encontrou. Notou algo em volta?— Lembro de sentir o odor de sangue e ferida... Droga, ela estava em perigo e eu a ataquei — ele passou as mãos pelos cabelos, o rosto contorcido em desespero. — Para onde estamos indo?— Yulli tem um esconderijo nas proximidades. Como acha que ela o visitava escondida e te ensinava magia? — rosnei, enquanto corria, o som de nossos passos ecoando pelo terreno irregular. Finalmente, alcançamos o ponto da fenda na cortina de trepadeiras. Pronunci