- Dr. Henrique posso servir o jantar? – Perguntou Luiza, era a mesma pergunta de sempre, há alguns anos ele nem se ligaria para esses detalhes, pois era sua esposa Samantha que cuidava disso. Ele olhando fixamente pela janela o trânsito, a mesma loucura de sempre, ele apenas fez um gesto com a cabeça que sim, o jantar poderia ser servido.
Apesar de não ter menor intenção de jantar, à memória tinha as coisas terríveis do passado, mas agora em sua vida tudo era uma questão de dar ordens, pois tudo que acontecia ao seu redor era o dinheiro e o poder quem comandava, e tudo isso era exatamente o que fazia qualquer pobre mortal, bem eu disse pobre? Não era bem assim que Dr. Henrique era visto na sociedade.Dr. Henrique sempre dizia que a morte não poderia tomar decisões, que ela quem deveria receber ordens. E com certeza essa ordem poderia partir de um homem que se julgava o mais sábio e poderoso da cidade, então com certeza partiria de Dr. Henrique, ele sentia que poderia ultrapassar os limites e romper as barreiras entre a vida e a morte.Seu amigo mais próximo gostava de ouvir suas histórias de como poderia aprofundar-se nesses assuntos com sabedoria. Olhando suas filhas pequenas sem a mãe, se lembrou como poderia ser traído e afrontado dessa maneira. Dr. Henrique fez as malas, resolveu viajar para aprofundar-se em alguns assuntos ligados a medicina, quem sabe assim ele pudesse aceitar a morte de sua mulher Samantha.Dr. Henrique disse para Luiza cuidar de Cláudia e Janete pois ele precisava viajar. Para Luiza isso não era uma ordem era um prazer, afinal as meninas eram muito apegadas a ela, e Luiza as amava muito.Dr. Henrique filho de pais separados, não confiava no destino, sentia que era uma coisa incerta e se pudesse mudar as coisas, com certeza ele mudaria sem sombras de dúvidas. Durante a viajem ele deixava vagar seus pensamentos por vales e mundos desconhecidos, desse jeito ele sempre chegava ao mesmo conceito, de que a morte não era algo aceitável. Em um momento, ele resolve compartilhar com algumas pessoas suas ideias sobre esse assunto.A partir daí foi o começo para iniciar uma busca insensata para suas crenças absurdas. Ele esteve em um lugar onde se falava com os mortos, e alguns diziam que gostariam sim de voltar à vida, porém não estavam dispostos a percorrer os caminhos normais do processo. Dr. Henrique as vezes achava tudo uma tolice, e se decepcionava com seus pensamentos.Foi convidado para uma festa, onde conheceu Dr. Hilton, após conversarem bastante, Dr. Hilton perguntou-lhe até que ponto ele estaria disposto a se aprofundar nos assuntos ligado a vida e a morte, o Dr. disse–lhe:- Eu só queria entender um pouco mais sobre o assunto. Por que a morte vem e leva quem ela quer, sem perguntar se a pessoa quer ir ou não?Então Dr. Hilton o convidou para sua igreja e quando lá chegou, Dr. Henrique fez perguntas, porém algumas não tinham respostas, mas ele continuava fazendo as perguntas mais impossíveis, até que ele veio com a seguinte pergunta:- Se eu não quero morrer, porque tenho que morrer?O dirigente olhou assustado, mas fez questão de responder-lhe a questão:- A morte não é uma questão de aceitação, ela é apenas um caminho.Dr. Henrique perguntou:- Porque chama-se morte se é um caminho?O dirigente então disse-lhe:- A morte apenas é da matéria, o espirito prossegue. Trata-se de morte porque a humanidade não diz que existe vida sem a matéria, e isso é uma forma errada no conceito de vida e morte.- Se após a morte continuamos vivos por que precisamos de um corpo então? Indagou Dr. Henrique.Disse então o dirigente:- Chamamos de forma convencional e necessária para cada etapa. Quando falamos em vida, a forma humana é uma das mais complexas criações, e com o passar do tempo a humanidade vai se descobrindo sabiamente mais e mais sobre a sua espécie, e a morte já não é repulsiva em alguns casos.Dr. Henrique retrocou:- Em que caso o senhor está se referindo?O dirigente disse:- Em caso de doença grave, sem cura, em alguns lugares eles preferem a morte dos parentes, como forma de alívio e ficam sem sentir nenhuma culpa.Indignado Dr. Henrique pergunta:- Como alguém não ficaria culpado nesse assunto?- A dor é uma forma de um castigo da alma, e o alivio é a paz, aceitação e a compreensão das duas coisas. - Disse o dirigente- Eu não aceito a morte!!! Acredito que ela chega para todos, e é parte da vida. Mas eu tenho o direito de lutar até o fim das minhas forças para viver o máximo que eu puder - Disse Dr. Henrique exaltado enquanto ajeitava seus óculos.Passado alguns dias Dr. Henrique retorna ao templo. Ao seu lado sentou-se uma mulher que dificilmente passaria de despercebida, porém, nem todos a olharam, mas Dr. Henrique ficou admirado. Quando o dirigente terminou a fala todos dirigiram-se para saída, Dr. Henrique notando que a dama iria até banheiro, teve a idéia de esperá-la do lado de fora. Algumas horas se passaram, e nada da mulher sair, ele resolveu então ir embora, passando em uma rua deserta em seu carro, de longe avistou a dama novamente. - Não é possível, como ela pôde chegar aqui? Pensou. Ele então parou o carro e ofereceu uma carona, ao perceber que ela estava chorando, ele desceu, e aproximou da bela mulher para consolá-la, quando ela disse: - Não se aproxime, por favor! Ele perguntou: - Posso lhe ajudar? - Infelizmente não! – Retrucou a mulher. - Eu choro todo os dias e noi
Quando buscamos dentro de nós respostas para aquilo que não concordamos, muitas vezes nos deparamos com situações que não podemos explicar, e fica cada dia mais difícil convencer que a vida segue um roteiro e que muitas vezes queremos que nossas vidas sejam escritas por nós mesmos. Se isso fosse possível, não seria a vida e sim uma peça teatral, fadada ao desengano ou a mesmice sem nenhuma surpresa, seríamos marionetes de nós mesmos. Quando questionamos o que não concordamos é por que a aceitação é difícil para algumas pessoas, e isso não quer dizer que não aceitamos a morte, ou uma outra forma de valorizar a vida, mas sim, uma forma de querer estar no controle. Algumas pessoas não sabem que cada um de nós nascemos e morremos, na maioria das vezes com um propósito ou motivo, você não está aqui por a
Um homem respeitável que sempre deu importância aos estudos, em sua vida sempre cheia de conquistas, cursou duas faculdades e se orgulhava disso, assim era Dr. Henrique, mas agora é a hora de suas filhas seguirem seu exemplo, Cláudia e Janete já estavam se preparando para trilhar o mesmo caminho de seu pai, irem para faculdade e seguir brilhantemente uma carreira profissional. A faculdade escolhida da Janete ficava fora da cidade, mas isso não era empecilho. Ela já estava fazendo as malas, colocando tudo que mais gostava, urso de pelúcia que ganhou de sua mãe quando ainda era viva, já estava de coração apertado, pois iria morar longe de seu pai e de sua irmã, e então começou uma briga sem sentido entre Cláudia e Janete. Em uma conversa ele escutou Janete dizendo que teve um relacionamento amoroso com homem casado e também que havia feito um aborto, para D
Alguns anos depois...O tempo passou e finalmente chegou o dia da formatura de Janete, uma carta escrita à máquina chega dizendo que Janete terá um baile de formatura, Cláudia ficou surpresa quando Dr. Henrique disse: - Faça as malas iremos a formatura de Janete. Cláudia ficou sem acreditar, era o pai dela mesmo falando sobre Janete depois de tanto tempo... Chegando ao hotel onde Janete estaria hospedada Dr. Henrique foi logo dizendo: - Gostaria de falar com Dra. Janete. - Dr. Janete? – Perguntou à recepcionista. Então foi informado por uma camareira que a “Dr. Janete” estaria na casa de uma amiga, mas que eles poderiam deixar as malas no quarto onde ela estava hospedada. Então eles subiram para o quarto descansar um pouco. Logo depois a camareira deu o endereço da amiga de Janete. Quase às vinte horas da noite, Dr.
Enquanto isso Dr. Henrique estava indócil e muito agitado, além de ser arrogante, era também ambicioso e queria saber onde foi parar o dinheiro que era de sua filha. Saiu dizendo que ia investigar também começando pelo bairro onde morava Jhenifer, Ao chegar no bairro onde Jhenifer morou, ele conversou com várias pessoas e perguntou muito sobre ela, alguns disseram que ela tinha uma religião esquisita parecia uma seita, outros disseram que Jhenifer trabalhou muito tempo em um teatro, e também ninguém confirmou ter visto Janete na casa de Jhenifer. Mais tarde Dr. Henrique retornou ao hotel, chamando alguns dos funcionários para conversar, todos disseram que viram Janete por alguns dias e a partir de então nunca mais a viram, apenas uma camareira não quis falar com Dr. Henrique, ela alegou que ele havia sido muito arrogante com ela assim que chegou ao hotel, então ela só falaria com
Enquanto isso o grupo de Cláudia já estava há alguns dias na casa da humilde senhora, além de descansar, eles também vasculharam uma grande área ao redor do rio que passava por ali, mas nem um sinal de Janete, e a senhora observando tudo, num momento perguntou: - O que vocês acham que aconteceu com Janete? Cláudia ficou sem jeito e respondeu-lhe: - Achamos que ela está morta. A senhora então disparou: - Acho que vocês terão uma grande surpresa sobre sua amiga Janete. Cláudia então se aproximou e perguntou-lhe: - A senhora sabe alguma coisa sobre a Janete? Então a humilde senhora respondeu-lhe: - Eu tenho dons mediúnicos desde que eu nasci, e posso lhe dizer com toda certeza, a força da minha intuição nunca esteve tão certa até agora, sua amiga está viva... Cláudia fic
Enquanto isso o grupo de Daniela seguia a cavalo, na estrada de terra, e Daniela ficou pensativa como estaria o outro grupo... Após andarem bastante, ela chegou em um vilarejo com casinhas pequenas e humildes à beira do rio. Logo todos desceram, deram água aos cavalos, e começaram a montar as barracas, quando as barracas estavam arrumadas, e todos estavam à beira da fogueira, ouviram um cavalo que se aproximava, o jovem que estava montado no cavalo disse: - Essa é uma área particular. Ismael foi logo perguntando ironicamente: - É mesmo? - Você está zoando com minha cara? -Perguntou o rapaz com arrogância. Ismael então disparou: - Parece que alguém aqui está procurando confusão. O rapaz desceu do cavalo com os arreios na mão e disse: - Sou dono dessas terras, parece que é vocês quem querem confusão, invadindo
Enquanto isso o grupo de Cláudia fez alguns avanços dia após dia caminhando, de longe avistaram uma mansão muito antiga, resolveram então chegar mais perto, aproximando-se da mansão que parecia totalmente abandonada, pois eles já a observavam por dias, e nem sinal de moradores, decidiram-se então se aproximar... Chegando na entrada, mas parecia um forte, ela se abriu, e todos entraram, pois já haviam sido percebidos, por algum suposto morador daquela mansão, logo em seguida o portão fechou com eles lá dentro, agora era uma questão de sorte, pois não sabiam o que os esperavam, mas a curiosidade era maior que tudo. Então caminhando mais um pouco em direção a entrada principal, avistaram uma porta gigantesca, essa então abriu-se e assim todos estavam em pé na entrada daquela misteriosa mansão. Qual não foi a surpresa quando