Segunda-feira, 28 de outubro de 2013 ─ Você está pronta pra isso? – Jake me pergunta assim que o carro entra no estacionamento da GE.─ Honestamente, não. Mas nós temos que fazer isso. Não podemos passar o resto das nossas vidas viajando em lua de mel.─ Isso seria maravilhoso. Passar o resto da minha vida viajando em lua de mel com você. Mas, apesar de isso não ser possível, quero que a nossa vida seja uma lua de mel.─ Vamos nos esforçar pra isso, no entanto, devemos estar cientes de que a rotina não é nenhuma lua de mel. Vamos divergir, teremos dias bons e dias ruins, nós vamos ter necessidade de individualização, às vezes.─ Por acaso você já está arrumando uma desculpa para as coisas não darem certo? – ele pergunta desconfiado.Eu suspiro e pacientemente explico. – Eu não estou arrumando desculpas. Estou tentando ser realista. Quantas vezes nós divergimos desde que começamos a morar juntos? Isso vai acontecer outras vezes. Mas assim como isso não mudou o que nós sentimos um pelo
Assim que Jake vai para a sua sala, eu vou até o meu banheiro me reorganizar. Em seguida, eu peço para que Nicole chame Carol. Ela aparece alguns minutos depois.– Olá, seja bem-vinda de volta – ela caminha com os braços abertos em minha direção.─ Obrigada, amiga. – Eu retribuo um abraço forte e aponto o sofá de três lugares do meu escritório para que ela se sente e eu me sento ao seu lado. – Como você está? ─ eu estou bem, nenhuma novidade pra variar, mas eu prefiro saber como você está. Afinal, na minha vida não há nada de novo que mereça destaque, já a sua... bem, você agora é uma senhora casada com um cara quente como Jake Grenn, então me diga você como se sente.─ Honestamente, eu me sinto incrível. Eu tive as duas melhores semanas da minha vida. Uma lua de mel maravilhosa, conhecendo lugares que eu sempre sonhei em conhecer, mas, sobretudo, com Jake. Ai, amiga. Ele é tudo de bom.─ Eu fico feliz por você. Você merece, Sam. Sempre foi uma boa pessoa, incrível, doce, ajuizada. Vo
─ Quando você vai começar a mexer na decoração? – Jake pergunta mais tarde, enquanto eu me deito ao seu lado.─ O que há de errado com a decoração? – eu pergunto. Jake me puxa para os seus braços e eu descanso a minha cabeça em seu peito– Não há nada de errado. Mas essa casa é sua. Eu quero que esteja feliz aqui.─ Mas eu sou. Sou muito feliz.─ Eu quero que você mexa em alguma coisa. Faça algo que você tem vontade de fazer, mude alguma mobília, compre alguma coisa, essa é nossa casa. Eu preciso que você entenda isso.─ Eu sou feliz aqui e eu gosto da sua decoração. Mas, se isso o faz feliz, eu vou comprar algumas peças decorativas para quebrar o monocromático, ok?─ Ok – eu senti mais do que vi seu sorriso – agora, esposa, eu estive ansioso para chegar em casa.─ E qual foi o motivo da sua ansiedade?Ele se move rapidamente me deixando de costas na cama e prendendo meus braços acima da cabeça. Sua boca está a apenas alguns centímetros de distância da minha – eu estava ansioso por is
Terça-feira, 12 de novembro de 2013 ─ Eu queria ficar com você, mas tenho uma reunião fora daqui. ─ Eu sei. Eu também tenho meu dia cheio. Jake me puxa em seus braços e me beija – Tudo bem. Mas não esqueça que eu tenho planos pra essa noite. ─ Eu gostaria de saber o que mais você está planejando. ─ Surpresa. ─ Ok. Eu não quero estragar a sua surpresa, mas me deixe dizer que eu aprecio o que você fez hoje. Aprecio você ter apenas se lembrando do nosso “mensário de casamento”¹, eu aprecio o café da manhã na cama, o presente. Você me mima muito, Sr. Grenn. ─ Isso é porque eu amo você, baby. ─ Eu também o amo. Jake se despede com mais um beijo e em seguida deixa o meu escritório. Eu me sento atrás da minha mesa com um sorriso idiota nos lábios. O que eu fiz pra merecer esse homem, meu Deus? Eu realmente não sei. Ele é além das expectativas. Ele é carinhoso, atencioso, amoroso e todos os “– osos” que qualquer mulher no planeta mataria para ter e, embora ele possa conseguir essas m
Quando o rosto de Helena se transforma como se ela estivesse vendo um fantasma, eu não preciso seguir o seu olhar para saber que Jake está atrás de mim, na porta que conecta nossas salas ─ Samanta? – Eu me viro pra ele, tentando manter a calma. Será que ele ouviu alguma coisa? Será que ele a reconheceu – Desculpe-me. Eu não sabia que você estava em reunião – então ele olha pra Helena – Olá – ele diz em inglês, enquanto caminha em nossa direção. Ele fica ao meu lado e estende a mão para Helena – Eu sou Jake Grenn.Helena se recupera momentaneamente do seu choque e segura a mão de Jake com a sua voz trêmula – Olá. É um prazer conhecê-lo, Sr. Grenn.─ Esse sotaque...─ Eu sou brasileira – ela explica.Seu rosto se ilumina – É sua amiga, amor?Eu não sei o que dizer, mas Helena vem eu meu socorro – Eu me chamo Maria. Nós temos um amigo em comum. Então, eu vim passar uns dias aqui e pensei em procurá-la. É bom ter pessoas conhecidas por perto – ela olha pra ele em adoração.─ Claro. Onde v
─ Eu sou mesmo um filho da puta de sorte.Eu estou na varanda olhando as luzes de Manhattan quando ouço a voz de Jake. Eu me viro para o encontrar segurando um buquê de rosas cor de rosa e brancas.– Sim. Você é. Mas eu tenho ainda mais sorte do que você. – Ele me entrega as rosas e eu fecho os olhos e sinto o aroma inconfundível – Obrigada, marido. São lindas e você é tão romântico.Ele segura meu rosto entre as mãos e está tão perto dos meus lábios – Esposa – ele sussurra – Eu a amo muito.─ Eu amo você também – Eu elimino a pequena distância entre os nossos lábios. Nós ficamos nos provando nossos lábios se tocando suavemente. Então eu me afasto – Assim não vamos conseguir sair daqui, marido. Deixe-me colocá-las em um lindo vaso.Eu caminho até a nossa cozinha e encontro um vaso lindo de cristal em uma prateleira. Eu encho de água e arrumo as flores nele – Podemos ir. ─ Sim. Vamos.Jake me trouxe ao restaurante giratório. Eu já estive aqui antes e, na ocasião, fiquei impressionada c
Quinta-feira, 14 de novembro de 2013─ A senhora está louca? – Eu sussurro para Dona Helena – aceitar vir jantar aqui como Maria, Jake vai me odiar quando ele descobrir.─ Eu sinto muito. Foi uma coincidência. Eu estava passando pelo saguão do hotel quando ele me reconheceu e perguntou como eu estava sendo atendida, se eu precisava de alguma coisa. Ele foi tão gentil. Parecia preocupado comigo e isso foi... foi tudo que eu sempre sonhei. Então ele me convidou para jantar aqui e eu não pude dizer não. ─ Eu sei. Eu sinto muito. Nós apenas brigamos há duas noites porque eu insisti em falar sobre você e eu estou morrendo de medo que ele me odeie se souber.─ Eu entendo. Eu sempre posso dar uma desculpa e ir embora...─ Não. Não faça isso. Desculpe-me. Venha, eu estou sendo uma péssima anfitriã – eu a conduzo até o grande sofá ─ Gostaria de um pouco de vinho?─ Seria ótimo.─ Eu também posso ter um? – Jake pergunta entrando na sala ─ Maria, desculpe-me por fazê-la esperar. Eu estava resol
Sexta-feira, 15 de novembro de 2013 ─ Onde ele está? – Helena me perguntou quando eu a recebi na sala de estar da nossa cobertura. Eu tinha pedido a ela para vir e falar a verdade para Jake de uma vez por todas. Eu me senti muito mal no jantar de ontem, por permitir que ele a recebesse, jantasse com ela, sem saber quem ela era. Desde que Helena apareceu na minha sala há três dias eu estava em um estado de nervos indescritível. Eu sabia que devia ter contado a Jake quem ela era no momento que ele entrou no meu escritório três dias atrás. Mas eu não fiz isso e agora eu temia pelo que iria acontecer quando ele soubesse. De qualquer maneira, isso tinha que ser feito logo. Eu não iria aguentar mais um minuto sequer de mentiras. ─ Ele está em uma reunião de negócios. Eu pedi que viesse mais cedo apenas para combinarmos como vai ser isso. ─ Honestamente eu não sei. Eu pensei tanto sobre esse momento, minha querida, mas agora que eu cheguei aqui, não sei mais o que fazer. ─ Helena, nós n