Por Samanta Quando nós paramos diante da porta da nossa suíte, a suíte nupcial, Jake tirou o cartão do bolso e abriu a porta. Logo que eu fiz menção de entrar, Jake me parou e me pegou em seus braços.─ Você sabe – eu disse enquanto envolvia meus braços em torno do seu pescoço – tecnicamente esse é o hotel e não a nossa casa, então você não precisava me pegar no colo.─ Curiosamente, baby, esse hotel é nosso, então de certa forma é a nossa casa também. Além disso, não custa nada prevenir – ele diz com um sorriso, enquanto entra na suíte e me coloca de pé sobre no meio da enorme sala. Em seguida, caminha de volta e tranca a porta. Quando ele se dirige pra mim novamente seu olhar é quente, desejoso. Ele segura minha mão e me leva até o quarto. Essa suíte é na verdade um apartamento. Tem uma sala ampla de jantar, uma pequena área de estar, o quarto e o banheiro imenso com sua banheira maior ainda. Em uma mesinha perto da cama há um balde com gelo e duas taças. Jake me solta e vai até lá
Por Samanta Sábado, 12 de outubro de 2013 Eu poderia contar como foi o jantar na quinta-feira, ou como Jake invadiu o meu quarto de madrugada e deu de cara com a minha irmã deitada ao meu lado na cama. Poderia, inclusive, falar sobre todas as suas tentativas de me convencer a encontrá-lo na sexta-feira e como ele estava agitado no nosso ensaio naquele mesmo dia, mas hoje é um dia especial. E hoje eu sou acordada por Bia, que dormiu comigo mais uma vez para garantir que Jake não invadisse a suíte novamente ─ Vamos lá dorminhoca, seu grande dia chegou. “Seu grande dia chegou.” Essas quatro palavrinhas são suficientes para me fazer despertar em tempo recorde. Meu grande dia chegou – Meu Deus! Eu vou me casar – eu digo apenas para ter Bia me olhando com deboche. ─ Vai amarelar? ─ É ruim, hein? Eu vou me casar. ─ Então você precisa levantar-se. Mamãe já ligou avisando que virá tomar café da manhã conosco. Eu já pedi que o nosso café da manhã seja servido aqui. ─ Ótimo – eu me levant
Por JakeMeu coração parece que vai sair pela boa. Eu não estou nervoso, não. Eu estou em agonia. Enquanto eu não puser os olhos nela, enquanto eu não ouvir a porra do sim sair da sua boca eu não vou sossegar. Não ajuda muito o fato de que eu não transo com ela a dois malditos dias. Meu corpo desperta só de pensar sobre isso e eu tento me acalmar para não desfilar em direção ao altar com uma exibindo uma ereção.─ Cara, relaxa. Ela não vai fugir – Matt Crestwell, meu amigo, parceiro de negócios e agora padrinho de casamento diz, tentando me acalmar.─ Rapaz, eu não estaria tão certo disso se eu fosse você. Eu ouvi dizer que ela teve uma crise e saiu correndo do hotel. Se os boatos forem verídicos a esta hora ela deve estar a caminho Brasil. – Meu outro amigo, parceiro de negócios e padrinho Harold provoca e meu coração pula uma batida.─ Você está brincando – eu digo.─ Claro que eu estou brincando. Afinal, ela é louca. Com certeza ela vai se casar com você – eu sabia que ele estava b
O som de um violão começa a tocar e eu creio que chegou o momento. Eu olho para o quarteto, mas eles não estão tocando. Eu percebo os convidados olharem para o quarteto de modo interrogativo. Minha suspeita se confirma quando a voz de Samanta soa no ambiente e todos, assim como eu, se voltam para a entrada. O tecido é descortinado e minha boca se abre quando eu vejo Samanta perfeita em um vestido de noiva, sentada em um banco, com as pernas cruzadas, seu violão no colo. Seus olhos estão fixos nos meus, mesmo à distância, quando ela começa a cantar From this moment on de Shania Twain. Se eu já não fosse completamente apaixonado por ela, com certeza eu me apaixonaria agora. Esses poderiam ser, sem dúvidas, os seus votos de casamento. Essa música é uma promessa. Uma promessa de que estaremos sempre juntos. Que ela me amará para sempre, que nossa vida começa agora. Sua voz é melodiosa, ela canta com seu coração. Eu poderia olhar em volta e tentar ver a reação dos nossos convidados, embora
Nós seguimos para o salão lateral onde recebemos os cumprimentos dos nossos amigos e familiares. E, eu tenho que dar isso a Sam, ela fez dessa festa um momento inesquecível para todos nós. Foi formal, mas foi principalmente divertido. Não aquele engessamento social que nós vivenciamos nas festas de caridade que nós frequentamos. Foi uma festa alegre, divertida, as músicas todas escolhidas por ela a dedo, muitas músicas brasileiras, mas muitas músicas internacionais também. Foi uma das poucas festas que eu fui e eu dancei do começo ao fim e a maioria dos nossos convidados aproveitou também. O que me deixou orgulhoso dela. Ela será uma ótima anfitriã para os nossos convidados. Um dos pontos que ela enfatizou para a equipe de fotografia e filmagem é que, tirando as fotos tradicionais com os pais e os padrinhos ela queria fotos espontânea da gente e dos nossos convidados se divertindo. Ela queria eternizar o quanto todos estavam felizes neste dia. Não sorrisos ensaiados. Isso também nos d
Segunda-feira, 28 de outubro de 2013 ─ Você está pronta pra isso? – Jake me pergunta assim que o carro entra no estacionamento da GE.─ Honestamente, não. Mas nós temos que fazer isso. Não podemos passar o resto das nossas vidas viajando em lua de mel.─ Isso seria maravilhoso. Passar o resto da minha vida viajando em lua de mel com você. Mas, apesar de isso não ser possível, quero que a nossa vida seja uma lua de mel.─ Vamos nos esforçar pra isso, no entanto, devemos estar cientes de que a rotina não é nenhuma lua de mel. Vamos divergir, teremos dias bons e dias ruins, nós vamos ter necessidade de individualização, às vezes.─ Por acaso você já está arrumando uma desculpa para as coisas não darem certo? – ele pergunta desconfiado.Eu suspiro e pacientemente explico. – Eu não estou arrumando desculpas. Estou tentando ser realista. Quantas vezes nós divergimos desde que começamos a morar juntos? Isso vai acontecer outras vezes. Mas assim como isso não mudou o que nós sentimos um pelo
Assim que Jake vai para a sua sala, eu vou até o meu banheiro me reorganizar. Em seguida, eu peço para que Nicole chame Carol. Ela aparece alguns minutos depois.– Olá, seja bem-vinda de volta – ela caminha com os braços abertos em minha direção.─ Obrigada, amiga. – Eu retribuo um abraço forte e aponto o sofá de três lugares do meu escritório para que ela se sente e eu me sento ao seu lado. – Como você está? ─ eu estou bem, nenhuma novidade pra variar, mas eu prefiro saber como você está. Afinal, na minha vida não há nada de novo que mereça destaque, já a sua... bem, você agora é uma senhora casada com um cara quente como Jake Grenn, então me diga você como se sente.─ Honestamente, eu me sinto incrível. Eu tive as duas melhores semanas da minha vida. Uma lua de mel maravilhosa, conhecendo lugares que eu sempre sonhei em conhecer, mas, sobretudo, com Jake. Ai, amiga. Ele é tudo de bom.─ Eu fico feliz por você. Você merece, Sam. Sempre foi uma boa pessoa, incrível, doce, ajuizada. Vo
─ Quando você vai começar a mexer na decoração? – Jake pergunta mais tarde, enquanto eu me deito ao seu lado.─ O que há de errado com a decoração? – eu pergunto. Jake me puxa para os seus braços e eu descanso a minha cabeça em seu peito– Não há nada de errado. Mas essa casa é sua. Eu quero que esteja feliz aqui.─ Mas eu sou. Sou muito feliz.─ Eu quero que você mexa em alguma coisa. Faça algo que você tem vontade de fazer, mude alguma mobília, compre alguma coisa, essa é nossa casa. Eu preciso que você entenda isso.─ Eu sou feliz aqui e eu gosto da sua decoração. Mas, se isso o faz feliz, eu vou comprar algumas peças decorativas para quebrar o monocromático, ok?─ Ok – eu senti mais do que vi seu sorriso – agora, esposa, eu estive ansioso para chegar em casa.─ E qual foi o motivo da sua ansiedade?Ele se move rapidamente me deixando de costas na cama e prendendo meus braços acima da cabeça. Sua boca está a apenas alguns centímetros de distância da minha – eu estava ansioso por is