Com o clima de pura tensão eu tentei me justificar.
- Somos só amigos, eu não tenho nada com Tom Broke.
- Entendi. Vamos precisar de muitos contratos agora.
- Sim, senhor.
- Com certeza você será a corretora com mais clientes nessa empresa, pelo que estou vendo você não vai ter tempo para respirar. Sorriu debochado.
- Peço desculpas pela confusão, mas novamente digo que não foi culpa minha.
Ele pegou a revista, em cima da mesa, olhou e com um jeito estranho perguntou.
- Onde você tirou essa foto?
Olhei para a revista, em suas mãos, Mas o que me chamou atenção agora, foi as suas mãos e seus dedos longos, com unhas bem cortadas. Depois voltei a olhar para seu rosto. Nunca tinha visto ele tão de perto, meu Deus! A cor dos seus olhos contrastava perfeitamente, com a cor da sua pele.
Meu olfato ficou aguçado, porque seu perfume tomou conta do ar, um cheiro gostoso, másculo e envolvente.- Thais? Sua voz me tirou do transe, rapidamente respondi baixando a cabeça, olhando para minhas mãos.
- Eu... Tirei essa foto em um coquetel, que fui na sexta feira.
- Isso foi em um encontro? - Um encontro com Tom Broke?
- Como já disse antes, eu não tenho nada com o Tom Broke.
- Não? - Olha pra mim! - Quero que olhe pra mim, Thais.
Levantei os olhos, em direção a sua boca vermelha gostosa. Fiquei concentrada nessa parte do seu corpo, me sentindo uma louca. Meus pensamentos estava me deixando desorientada.
- Sim... respondi rapidamente e voltei a olhar em seus olhos.
- Você está bem? Está suando?
- Estou, acho que estou.
Peguei a revista da sua mão e me abanei.
Vou pegar uma água.
- Não precisa! Falei exasperada.
- Espere aqui. - Sente-se e espere!
Saiu da sala.- O que aconteceu agora?
Ele está ainda mais esquisito. Será que ele foi pegar água pra mim? Só posso estar imaginando coisas.
- Está aqui. Agora beba! Ordenou me entregando o copo.
Peguei o copo e bebi de uma vez, depois respirei fundo.- Agora está melhor?
- Sim, estou.
- Me dê sua mão.
- O quê ?
- Ele pegou minha mão e disse...Está fria!
Você tem algum problema de saúde?- Não... Não que eu saiba.
- É tudo minha culpa. Fui eu que deixei você assim?
- Não senhor...
Preciso voltar ao trabalho, me levantei.
- Thais!
- Sim...
Ele me olhou por alguns segundos e disse.
- Tudo bem... pode ir.
Sentei em minha cadeira, sem acreditar no que acabou de acontecer. Esse homem é muito bipolar! Que foi aquilo? Meu Deus! Esse homem, vai acabar me matando!
Cancelei o almoço com o Tom. Com tanto trabalho eu estava sem tempo para sair. Precisei fazer hora extra. Todos já tinham ido embora, entrei no elevador morta de cansada, quando escutei passos vindo na minha direção. Antes do elevador se fechar, uma mão parou a porta.
- O que faz aqui até essa hora, Thais?
- Muito trabalho, senhor.
Apertou o botão para a garagem...
Esqueci de apertar portaria e quando fui apertar ele segurou minha mão.- Você tem como ir embora?
- Vou de ônibus.- Então eu vou te levar.- Ah?- Venha! Segurou o elevador...- Estou esperando Thais.- Tudo bem.
Quando dei um passo para sair, travei o salto no vão do elevador, com um impulso cai em cima dele.
Nossos rostos ficaram tão perto, seus olhos em mim fez estremecer meu corpo. Me soltei de suas mãos, consertei o corpo e pedi desculpas.- Você está bem?
- Estou.
Olhou para trás, desligou o alarme do carro. Andamos até o carro, entramos e seguimos para minha casa. Olhei ele dirigindo ao meu lado e meu coração dizia que era uma loucura. O que estava acontecendo? Meu chefe totalmente bipolar resolveu me dar um carona? Seria surreal, se eu imaginasse isso, eu não acreditaria. Nunca me enganaria com essa hipótese.
- Voltando a história do Tom Broke, você está atraída por ele?
"Porque tantas perguntas sobre esse homem?"
- O Tom Broke, estava de olho em você Thais.
- Ele apareceu na empresa só para assinar um contrato.
- Depois ele ficou de papo, jogando charme pra cima se você. E agora essa revista. Não vê que ele tem outras intenções?
- Infelizmente, eu não tenho muito tempo para essa história. Nesse momento meu foco está totalmente no trabalho.
- É muito bom saber disso! A DSA agradece por ter profissionais disciplinado e dedicado às suas funções. Bem...chegamos.
- Obrigada, senhor.
- Não se preocupe com nada, tudo voltará a ser como antes. - Boa noite, Thais.
- Boa noite.
Entrei em casa a April cozinhava legumes, com música alta e cantando.
- Oi amiga famosa, como foi seu dia!
- Muito agitado! Peguei uma cenoura e mordi.
- Foi aquele fotógrafo, não foi?
- Sim. Ele me convidou pra almoçar, mas não pude ir. Meu chefe enlouqueceu, e está tentando me deixar louca também.
Ela foi até o som e abaixou, me olhando preocupada falou.
- Amiga, seu chefe não enlouqueceu, ele é louco.
- Então...esse louco acabou de me trazer em casa.
- O quê? Arregalou os olhos assustada, colocando a mão no peito.
- Nao surpreendeu só você, eu também não acredito que isso aconteceu. Amiga ele tá muito esquisito. Ele me chamou na sua sala, e ficou conversando ccalmamente. Depois ficou tão perto de mim, que fiquei olhando suas mãos, sua boca, seus olhos. Amiga ele é tão lindo!
Suspirei lembrando.
- E o que aconteceu? perguntou curiosa.
- Eu fiquei olhando e subiu um calor enorme. Ele percebeu e foi buscar água pra mim. - Você acredita!
- Eu não sei... E uma história muito louca!
- Foi o que pensei. Ele não conversa com ninguém no escritório, grita com todos os funcionários. Trabalhamos com ele, porque o salário é o melhor. Agora derrepente ele fica bonzinho... pegando água, dando carona... não é estranho?
- Agora você aguçou minha curiosidade, seu patrão é casado?
- As meninas no escritório falou que ele é viúvo.
- Mas ele não é velho, pelo que você descreve...
- Não! Ele deve ter casado bem novo. Porque ele deve ter no máximo uns trinta anos.
- Entendi. Vou pedir um amigo para descobrir um pouco mais desse patrão bipolar.
- Que amigo é esse, April?
- Um novo amigo. Ele trabalha com aplicativos, pelo que entendi ele é programador na horas extras. Deve conseguir acesso fácil sobre seu chefe.
- Esse novo amigo é bonito?
- Um tremendo nerd, mas tem seu charme. Está pronto vamos comer?
Depois de comer uma pouco, fui descansar.
-Acordei cedo e consegui me arrumar melhor. Agora sou uma pessoa pública, não posso parecer uma sem teto. Até um pouco de maquiagem eu usei. Estava calçando meu salto, April entrou no quarto.- Nossa! Tá linda amiga!- Obrigada. Não posso aparecer no escritório como antes, agora sou famosa! Risos...- A celebridade, quer carona?- Claro!Entrei no escritório e a garota da recepção não estava. Ed estava conversando com uma das meninas. Passei por ele sem dizer nada. Assim que sentei na minha cadeira, ele veio me observando cucurioso.- Famosa e metida? Não cumprimenta os amigos? O que foi? Recebeu aumento? Ou virou dona da empresa? Porque vou te falar, você está de tirar o fôlego!- Preciso me arrumar melhor, já que tem pessoas famosas querendo fazer seguro comigo.- Esse Tom Broke veio mesmo a calhar... Falando em Tom Broke, ele mandou uma cesta pra você.- Cesta?- Sim, uma cesta de café da manhã. Es
Eu entrei, ele me esperava de pé. Ele andou até a porta e fechou. Nisso meu coração disparou, imaginando que iriamos nos beijar novamente ele falou.- Soube do seu encontro com o Tom Broke, essa noite. - Quero que cancele!- O quê?- Ele vai entender... Você não pode ir a um encontro com outro homem, já que estamos namorando.- Senhor... Ele cruzou os braços na minha frente tentando me intimidar.- Diogo, por favor. Não precisamos de muitas formalidades.- Tudo bem... Diogo. Eu não vou continuar com essa farsa!- O que tema perder? Posso tornar sua vida um pouco mais fácil por aqui.- Está me subornando?- Não, eu não pensaria dessa forma.Meu orgulho ficou ferido, ele estava aproveitando da minha boa vontade e do meu desejo incontrolável por ele, mas não deixei barato. Respirei fundo e disse.- Olha aqui Diogo, você pode ser o chefe, o poderoso, mas não tem direito de mandar
Noite de premiação.Estou arrumando meu cabelo, muito nervosa porque a April foi pegar meu vestido, e ainda não chegou. Vou ter que confiar que o vestido vai dar certo, porque não tenho nada pra vestir para uma festa como essa.- Cinderela, cadê você? Afinal...ela chegou.- Porque demorou tanto, April?- O trânsito estava muito louco! E tive dúvida no vestido, então resolvi trazer três modelos.- Deixa eu experimentar...- Trouxe um Azul, um branco e um preto. Cores básicas para não errar.O azul ficou muito justo, o preto muito decote. O branco, esse ficou perfeito.- Nossa! É esse Thais! Você ficou um espetáculo!- Você acha mesmo? - Você não acha que estou fazendo uma loucura?- Não se preocupe, todos somos um pouco loucos.Passei a maquiagem e coloquei o salto. O interfone tocou...- Vai lá e arrasa amiga!Eu sorri nervosa. - Acho que não vou...- Vai sim... Precisa
DIOGO STONEThais me fez ter certeza de como ela mexia comigo. Meu terapeuta, me induziu a mudar o foco da minha tristeza, para outras emoções. Eu era o único responsável a resolver a mudar. Acreditando que minha vida precisava ter sentido. O modo em que eu estava vivendo era deprimente demais, até para um homem como eu.Thais virou minha válvula de equilíbrio, depois de aparecer naquela revista, mudei minha atenção para sua presença. Minha rotina foi quebrada, minhas dores de cabeça, ficaram amenas. Passei a pensar em sua reação quando estava comigo. Ela parecia muito atraída por mim, isso me fez pensar que ela poderia me fazer esquecer a minha angústia.Sua relutância, sensibilidade, fazia meu corpo reviver. Eu estava me sentindo vivo, com desejo de conquistar aquela mulher, quero todo desejo que ela insiste em não demonstrar. Seus olhos e seu corpo transmite uma energia de pura sedução, atraindo cada parte do meu corpo.Finalmente consegu
THAIS DE LA VIEGA.Entrei em casa desanimada.- Chegou! Como assim? Disse April, levantando do sofá.- Nem te conto!Andei em direção ao meu quarto. Comecei a desfazer meu penteado, e tirar meu sapato.- Não me deixa curiosa, diz logo o que aconteceu!- Uma noite incrível! A festa foi magnífica! Até meu chefe bipolar, chamar para ir embora, me pegando de surpresa. O pior você não acredita, o Ed Sheeran começou a cantar e eu fui embora! Dá pra você ter noção?- Tudo bem... isso é péssimo, mas rolou algo com seu chefe?- Ele veio com um papo de me levar para seu apartamento, mas eu pedir para me deixar em casa. Por fim ele realmente queria me testar.- Acho que entrei numa tremenda furada! Suspirei derotada.- Não rolou nem um beijo?- O ponto alto da noite, foi eu ter ficado presa pelo vestido. Ele desceu do carro, e ajudou a me soltar. Nesse momento, eu achei que ia derreter sob seu
- Diogo eu... ele andou até mim e me beijou.- Por favor Thais, não estrague esse momento, é melhor se arrepender pelo que você já fez.E suas mãos percorrendo meu corpo, enquanto sua boca continuou grudada a minha. Ele me soltou e tirou sua camisa, mostrando seu corpo."Aí meu pai! Agora estou fudida literalmente!" Pensei.Ele voltou a me beijar, eu me soltei, apesar de estar com medo, eu queria continuar. Ele começou a abrir minha blusa, sem tirar os olhos dos meus. Eu ajudei, depois tirei minha calça. Ele pegou na minha mão, me levando em direção a cama. Enquanto sua lingua explorava a minha, ele tirou sua calça.Nossos lábios era como um imã. Eu me deitei e ele subiu sobre mim. Esfregando sua enorme ereção sob minha calcinha, entre beijos e gemidos ele começou a descer sua boca pelo meu cólon. E puxou meu sutiã para baixo, abocanhando meu mamilo, fazendo todo meu corpo tremer. Meu sutiã, abria pela frente, com facilidad
Capítulo 12Eu e Diogo estávamos em clima de lua de mel, passamos todo fim de semana juntos, até uma ligação da minha tia, nos tirar o sossego.Eu fiquei totalmente atordoada, em saber que o meu pai estava hospitalizado com lesões por todo corpo, com indício de espancamento.Diogo se preocupou se oferecendo para ir comigo, mas resolvi que eu precisava ir sozinha para resolver esse problema familiar. Peguei o avião e voltei a minha terra Natal.Cheguei em casa, tia Verônica me abraçou aos prantos. Sua única família estava em coma induzido no hospital.- Como aconteceu isso? Porque fizeram isso com ele?- Por dinheiro Thais, ele pegou dinheiro com pessoas muito ruins.- Para que ele precisava de dinheiro?- Ele estava jogando num casino clandestino. Soube disso a pouco tempo, não teve como impedi-lo de ir. Você entende o quanto ele é teimoso. Descobrir depois que me ligaram da empresa, dizendo que ele estava
Capítulo 13Allan foi meu primeiro amor, minha primeira transa, mas nos perdemos com o tempo...Ele foi para a faculdade, e eu, fiquei no ensino médio, depois de um tempo terminamos, depois ele começou um romance com minha melhor amiga. Fiquei magoada, achando que tinha sido traída. Mas tudo isso passou.- Você está preocupada com o problema do seu pai?- O que sabe do meu pai?- Soube que ele estava jogando no casino, e os agiotas que ele deve, são pessoas perigosas. Como pensa em resolver esse problema?- Eu não sei, primeiro tenho que saber qual é o valor da dívida. Depois vou ver o que posso fazer.-Não está pensando em negociar sozinha com esses homens, está?-Não acho que fariam alguma coisa comigo.- Não tenho tanta certeza, uma mulher bonita e sozinha perto desses homens, não seria muito imprudente em se arriscar.- O que acha que devo fazer? Chamar a polícia?- Minha tia tem medo, e se