Entramos no apartamento eu esperava uma explicação, sobre sua postura estranha comigo pela manhã, e porque durante o dia todo ele desapareceu.
Um pouco receoso, colocou as compras sobre a bancada. Então comecei a arrumar as compras na geladeira. Depois de alguns segundos de silêncio, ele raspou a garganta e começou a falar.
- Antes de questionar o que aconteceu comigo o dia todo, eu vou te falar. Hoje, coloquei meu celular no silencioso, para minha consulta com o terapeuta. Depois participei de reuniões fora da empresa. Acabei me esquecendo de olhar o celular. E a parte frustrante foi ver que você não tinha mandado mensagem e não vi nenhuma ligação sua.
- Aconteceu alguma coisa Thais, estamos bem?
- Não entendi a pergunta... respondi curiosa.
Parei de guardar as compras olhando para ele, percebi um olhar desapontado.
- Desculpe, é que eu imaginei... que você poderia estar preocupada comigo.
- Diogo nós somos adultos, não precisam
Depois de falarmos sobre outras coisas terminamos o almoço e voltei ao trabalho. A noite ficamos eu e a April conversando, bebemos um vinho e assistimos um filme. Noite das garotas, como fazíamos antes de encontrar os homens que estão nos enlouquecendo. Antes de dormir o Diogo me ligou. Ficamos conversando tranquilamente por algumas horas falando aleatoriamente sobre coisas que fizemos durante o dia. E depois falamos sobre o que faríamos se ele estivesse comigo. Eu cheguei ao orgasmo com todas as palavras que ele disse, e com as promessas sobre que fará comigo assim que chegar.Pela manhã, coloquei uma langerie mais provocante, um vestido preto mais curto e justo, amarrei meu cabelo fazendo um coque. Passei uma maquiagem sóbria com um batom mais escuro. Salto alto e um casaco. O dia estava mais frio que o normal. Ansiosa para encontra-lo fiquei pronta antes da April fazer o café.Na cozinha com o celular nas mãos April apareceu.Bom dia... ela fal
Acordei um pouco trêmula, estávamos no carro. Diogo nervoso pedia o motorista para andar mais rápido.Levantei a cabeça e com dificuldade por estar presa entre os braços do Diogo eu perguntei.- O que aconteceu?Com um olhar muito assustado, ele se virou para mim e acariciou meu rosto.- Você desmaiou, mas estamos chegando no hospital, o médico vai dizer o que tem de errado com você, não se preocupe.Nesse momento o carro parou e ele desceu tentando me levar para o hospital.Eu me soltei de sua mão, e falei.- Espere! Porque acha que tem algo de errado comigo?- Vamos Thais, estou preocupado.- Diogo, foi só uma quedas pressão, eu não me alimentei hoje, deve ter sido isso. Vamos embora, no caminho como alguma coisa e ficarei bem.- Eu não tenho certeza que é só isso. Falou ainda com resistência me olhando desconfiado.Eu toquei sua mão olhando dentro dos seus olhos disse.- Fi
O médico entrou no consultório e com todos os exames nas mãos. Sentou na cadeira e começou a olhar os exames, suas expressões estavam nos deixando ainda mais apreensivos.Depois de intermináveis minutos, ele me olhou e perguntou.- Quantos anos você tem senhora Thais.- Senhorita, doutor... eu não sou... casada.Depois de falar isso, olhei para o Diogo que juntou as sobrancelhas demonstrando raiva. Tranquilamente, voltei meus olhos para o médico, sem me preocupar com sua reação. Acabei percebendo que o médico era muito bonito, foi aí que entendi a expressão do Diogo.- Eu tenho 26 anos, doutor.- E quando foi sua última menstruação?Um pouco constrangida, fiquei pensativa, porque não me lembrava a data da minha última menstruação.- Acho que foi no dia 13 o
Arrasada fiquei pensativa, enquanto April tentava buscar uma solução. A primeira coisa é encontrar um médico, especialista em gravidez de risco. Depois, vamos começar o tratamento. Enquanto April falava, peguei o celular que não parava de sinalizar mensagens. Diogo enviou horário de uma consulta médica.Mandou o nome da médica e o telefone para contato.Entrei no site de busca para saber quem era a médica. Uma especialista em todo tipo de gravidez e ele conseguiu uma consulta hoje à tarde.Falei para April que me convenceu que eu deveria ir, principalmente porque a médica era muito boa.O cansaço venceu meu corpo, resolvi me deitar novamente. April levou algo para eu comer, mas o enjoo estava me desanimando. Com tanta insistência da April, comi uma fruta e uma torrada.Depois de cair no sono, acordei com o celular tocando. Era a Susan me ligando para me avisar que estava a caminho, dizendo que me esperaria no saguão do prédio em 30 minut
O resto da semana passou, eu estava me sentindo bem e mais forte, os medicamentos estavam me deixando melhor. April parecia minha mãe, toda hora me ligava, lembrando das refeições.Enfim chegou a segunda feira, minha barriga ainda não estava aparecendo. Mesmo assim, coloquei um vestido mais largo, apenas desenhando minha cintura com um cinto. Um casaco e um salto mais confortável.Entrei na empresa a recepcionista sorriu, uma reação rara de ver.Bom dia disse a ela. E pra minha surpresa ela respondeu, sem muita atenção, voltou para seus atendimentos.O segurança me acompanhou, entrando comigo no elevador. Agradeci com um sorriso e um aceno com a cabeça.Assim que entrei na empresa, Ed veio ao meu encontro.- Saudades de ver você aqui! Não tem ideia de como tudo está uma loucura sem você. A única coisa que melh
Na hora que Susan saiu, minha cabeça estava borbulhando pensamentos ruins.Será que ele disse a ela que tem intenção de tirar meu bebê? Ele não pode fazer isso! Ele não esse tem direito...Nervosa e indignada, levantei com toda coragem existente em mim, fui em direção a sala central do escritório imaginando que esse seria o lugar que ficaria o escritório do Diogo. Julgando pela mesa da dona Helena.Sem bater eu entrei. Surpreendendo o Diogo e a Flora. Ela estava ao lado do Diogo debruçada sobre seu corpo com um papel nas mãos. Logo deduzir que atrapalhei o início de um momento íntimo. Envergonhada e morrendo por dentro fiquei travada, sem conseguir pronunciar nenhuma palavra.Thais! Ele saiu da sua mesa empurrando Flora vindo ao meu encontro preocupado.- Você está bem? Ele perguntou tentando tocar minha mão. Nesse
Ele me falou que a Susan ajudou com toda decoração, e na compras das roupinhas do bebê. Curiosa sobre o que eu e a Susan conversamos, perguntei. - A Susan já pensou em se casar, ou ter uma família? - Infelizmente, aos sete anos ela sofreu um acidente, o médico disse que ela nunca poderá ser mãe. Ela cresceu ciente dessa trágica notícia. Ela sabe que isso nunca será possível, então acabou se conformando com a situação. - Que triste... falei pensativa, lembrando de sua visita no escritório. Talvez ela não teve mesmo a intenção que imaginei. Ela só queria mesmo, cuidar do nosso bebê. Paranoica e perturbada, com a visita anterior e o deboche da Flora, eu não pensei direito na situação. - Diogo, gostaria de te perguntar sobre a Flora... Ele me olhou curioso. - Vocês já... - Não... e eu já sei o que vai perguntar. Flora é amiga da minha irmã, nada além disso. - Porque esse interesse pela Flora ? - Porque ela insinuou que vocês tiveram alguma coisa. Ele arqueou uma das sobran
Assim que entrei, um calor subiu pelo meu rosto. Fiquei parada perplexa. Flora estava sentada no colo do Diogo acariciando seu rosto. Ele me olhou de forma assustada e empurrou ela, se levantando imediatamente. - Thais? Andou até mim, assustado. Fechei os olhos tentando respirar, puxei o ar, em alguns segundos abrir. - Eu só quero te perguntar uma coisa. Aquela folha de papel em branco, você vai assinar pra mim? - Assinar o quê? - Nosso divórcio. Me virei para sair, ele me segurou. - Você não pode chegar e sair, assim! - Posso e vou... puxei meu braço, com toda força que existia em mim. Andei até o elevador, que antes de se fechar ele entrou. - O que está fazendo aqui? A Vitória está bem? - Sim...felizmente ela está. Eu vim... ai meu Deus! Disse tremendo demais, de raiva e decepção. Eu coloquei minha cabeça para trás, respirando pausadamente. Ele tocou meu braço. Thais! Está se sentindo bem? - Não me toque por favor! Ele me soltou. O elevador parou na garagem. Eu sai