— Laika, não me ignore. Responda. Quem é o Alfa Khalid? É aquele que eu conheço? Do seu antigo bando?— Sim. Acabei de ter um pesadelo.Eu me levantei devagar do tapete de peles e saí, decidida a não revelar os segredos que ardiam em meus olhos. Contudo, ele não desistiu; seguiu-me persistentemente e agarrou meu braço com firmeza. Tentei me desvincilhar, mas sua mão, implacável, manteve-me cativa.— Laika, há algo que você não está me contando? Por que você tem pesadelos com ele?— Não sei! — Retruquei, minha voz trêmula. — Ou você acha que eu também controlo meus sonhos? Talvez eu tenha pensado nele antes de adormecer.— Ele era seu companheiro, não era? — Perguntou Sekani, examinando-me com um olhar meticuloso que penetrava em minha alma.Eu permaneci em silêncio e desviei o olhar.— Responda, Laika. Aquelas garotas diziam a verdade sobre você ser a companheira dele? É por isso que você não confia em ninguém?Lágrimas incandescentes brotaram dos meus olhos, e, num gesto de desespero
LAIKANos dias seguintes, trabalhei livremente no bando. Embora não tenha recebido um tratamento particularmente ameno por parte das pessoas, graças à influência de Sekani e à liberdade que Alfa Karim me concedera, ninguém se atrevia a me tocar. Os que precisavam dos meus serviços ficaram maravilhados com a minha eficiência, não tendo alternativa senão me chamar de volta, e assim eu passava a ganhar mais do que o suficiente, o que guardava com zelo num pequeno baú que comprei, enquanto continuava a cuidar da Vovó Luzy.Não ouvi mais notícias de Alfa Khalid. Quase parecia que ele havia se tornado uma mera sombra, ausente de nossas vidas. Selina, por sua vez, exibia a graça de uma senhora, com modos tão belos quanto o próprio rosto, e a reciprocidade de seu afeto por mim era evidente, mostrando que, para tudo que envolvia Sekani, as diferenças de classe perdiam importância.Empenhei-me com afinco, trabalhando mais arduamente do que jamais havia trabalhado, não por sentir-me ainda como es
LAIKAEu deixei que as palavras da Sra. Lena me incomodassem naquele dia. Por mais obstinada que eu fosse, percorri o bando cumprindo minhas tarefas, tentando ignorar a visita da própria Sra. Lena – afinal, pelo que eu sabia, ele devia tê-la contratado para vir aqui.— Laika, nós deveríamos ir ver nosso companheiro sozinhas. — Resmungou Joy.Ela estava agitada desde o dia anterior e, no primeiro dia em que cheguei aqui, isolou-se para que eu não pudesse alcançá-la.— Você sabe que eu o distraio, Joy. Ele precisa encontrar o seu equilíbrio. — Respondi.— Laika, por uma vez na sua vida, lute por algo! Você sempre fica para trás e deixa que as pessoas levem o que é seu. — Repreendeu ela com voz áspera, e logo Joy voltou ao silêncio.— Você parece dividida consigo mesma. — Disse Vovó Luzy assim que entrei na tenda, fazendo meu coração acelerar de surpresa, pois quase me assustei com sua sinceridade.Eu havia esquecido que ela era uma vidente; ela não enxergava meu dilema com olhos merament
Eu saltei do cavalo e corri em sua direção; enquanto avançava, ouvi também o farfalhar das folhas, um som que anunciava a aproximação das feras, que se dirigiam inexoravelmente para ele. Precisava alcançá-lo com urgência, antes que aquelas criaturas o alcançassem, pois ele necessitava de um novo ímpeto e de uma renovada vontade de lutar.Com os olhos cerrados, todos os meus esforços para invocar seu nome se perderam em meio ao estrondo ensurdecedor dos rugidos das bestas. Não me importaria se morresse ao lado dele, afinal, ele era a única razão de eu continuar viva.Cheguei à colina justamente a tempo, antes que as feras emergissem e, também, antes que ele despencasse do precipício – ele havia, de certo, planejado uma morte cruel para si mesmo. Abracei-o com fervor e juntei meus lábios aos dele; contudo, ele não retribuiu o gesto, e senti que não acreditava de fato na minha presença, como se se encontrasse em algum limiar do além.— Alfa Karim, por favor, não morra. — Clamei, ao afasta
LAIKANenhuma fera nos atacou novamente enquanto nos devorávamos mutuamente. Alfa Karim ergueu-me em seus braços, beijando-me incessantemente. Senti sua rigidez pressionar minhas coxas, e, dessa vez, ela despertou em mim gemidos de antecipação, enquanto minha umidade implorava por ser preenchida. Ele conduziu-me em direção a uma imensa árvore, e, mesmo enquanto continuávamos a trocar beijos ardentes, o fôlego de ambos se esvaía até que, ao nos afastarmos, ficamos completamente sem ar.— Oh, Laika, realmente és tu. — Murmurou ele, depositando sua cabeça no recôndito do meu pescoço. — Por que me quebraste assim?— Sinto muito. — Foi tudo o que consegui articular, embora soubesse que, independentemente de minhas desculpas, eu já estava perdoada.— Eu te procurei. Quase enlouqueci. — Lamentou ele, gemendo em meu pescoço.Aquele homem, que, horas antes, havia derrubado sozinho um exército de feras sem sequer oferecer resistência, agora se encontrava em meu corpo, exalando uma doçura e uma d
— Eu ainda não sou perfeita; o meu passado ainda me assombra, mas juro que vou trabalhar em mim mesma e jamais te ferir intencionalmente novamente. Tu tiveste a opção de me rejeitar, mas não o fizeste, mesmo quando eu te rejeitei inúmeras vezes. Prometo me superar, meu Alfa Karim.— A única forma de te rejeitar seria se esses efeitos sobre mim cessassem, o que só ocorrerá quando eu estiver completamente tomada pela loucura. — Retrucou ele, inspirando profundamente meu pescoço. — Humm, como exalas um aroma tão encantador, Laika.— Sinto muito por não ter conseguido revelar ao mundo esse sorriso tão belo antes. — Eu murmurei.— Eu não sorrio porque temo parecer fraco. — Disse ele, com a cabeça repousando sobre meu seio.— Não, isso te torna ainda mais belo. Então, queres dizer que não te importas se aparentares vulnerabilidade diante de mim, simples Ômega?Ele ergueu a cabeça e me fitou com intensidade. — Tu, Ômega, és a minha fraqueza.Meu coração acelerou e um rubor subiu ao meu rosto.
LAIKA— Eu cuidarei de ti agora. — Disse Karim, enquanto depositava beijos ardentes em minhas coxas, avançando lentamente em direção à minha umidade.Não pude evitar os gemidos que brotavam de mim, impulsionados por uma doçura avassaladora que me invadia por inteiro. Jamais alguém havia me tocado dessa forma, nem despertara em mim um desejo sexual tão vehemente. Karim deixava trilhas incandescentes enquanto descia por minha perna e, ao alcançar minha entrada, colocou minha perna sobre seu ombro e separou meus vinhedos com seus dedos, fazendo com que meu corpo se contraísse em antecipação. Prendi a respiração, ciente de que, mesmo sem nunca ter experimentado tal êxtase.— És deslumbrante, Laika. — Murmurou ele, e em seguida, inclinou-se para me oralizar.Sua língua primeiro acariciou meu clitóris, e a sensação que provocou me fez gritar de prazer. Imediatamente, ele ergueu a cabeça, e uma expressão de preocupação se apossou de seu rosto.— Estás bem? Dói? Devo parar? — Inquiriu, entreme
Ele se aproximou novamente e beijou meus lábios. Eu estava tão absorta e concentrada na protuberância em sua calça, que batia contra minha entrada, que acabei esquecendo de lhe retribuir o beijo; desejava ardentemente tê-lo dentro de mim, mas, sobretudo, queria retribuir o êxtase intenso que ele me proporcionara. Enquanto ele me beijava de forma quase desvairada, senti seu membro tremular entre minhas coxas.Gentilmente, deslizei minha mão e toquei sua protuberância. Seu corpo estremeceu ao sentir meu toque, e um gemido rouco escapou de sua garganta. Quando ele se afastou do beijo, sentei-me imediatamente.— Agora é minha vez de cuidar de ti. — Declarei.Ele sorriu, e esse sorriso fez minha intimidade vibrar novamente com desejo. Uma única vez não seria suficiente com esse homem, e eu bem sabia disso. Embora não soubesse exatamente como executar oralmente seu membro, já havia observado Malika fazê-lo com Alfa Khalid; desconhecia, entretanto, a sensação que tal ato lhe proporcionava, ma