LAIKA A guerra se intensificou, e o Alfa Karim raramente era visto. Eu também estava ficando cansada de ficar nesta tenda sem utilidade. Pensava frequentemente no Alfa Karim e no Sekani também. Precisava vê-lo. Ele era meu amigo e desde que voltei ao bando, não o tinha visto.Mas o Alfa Karim tinha me instruído a não ir a lugar nenhum. Não posso ficar presa aqui como uma prisioneira — eu era uma prisioneira. Mas o Alfa Karim deveria entender que eu também precisava da minha liberdade. Ele era pouco visto no bando e nem sempre estava presente à noite.Seria seguro dizer que sinto falta dele. Mas minhas emoções ainda estão misturadas com inseguranças e não sei o que quero.— Por que você ainda tem medo dele? — Joy perguntou.— Porque não posso confiar em ninguém agora. O Alfa Karim é tão brutal quanto o Alfa Khalid. Ele não me machuca fisicamente, mas quer que eu sempre faça sua vontade. Ele não se importa com o que eu sinto.— É por isso que você não consegue se abrir para nosso par
A alegria tomou conta e, antes que eu percebesse, dei um tapa na garota. Ela voou longe e caiu num monte de palha. Avancei sobre ela. Me chamar de todos os tipos de nomes não me fazia mal, mas envolver o Alfa Karim e meus filhos ainda não nascidos nisso era inadmissível para mim.Joy estava furiosa. Nunca a tinha sentido assim e, mesmo quando implorei para retomar o controle, ela fez o que quis. Ela estrangulou a garota. A outra garota continuava gritando e as pessoas foram se juntando uma após a outra. Quando Joy viu a multidão, ela recuou e me devolveu o controle.Eu não estava forte, então fiquei ali sentada olhando confusa para a garota abaixo de mim. A garota me virou e dessa vez ficou por cima. Eu estava fraca, então ela bateu no meu rosto sem piedade. Joy nunca tinha assumido o controle antes; não sei por que ela fez isso hoje.Para minha surpresa, as pessoas que se reuniam ao nosso redor não nos separaram, em vez disso começaram a me bater. A garota com quem eu brigava se afast
LAIKA Um dia se transformou em dois e ainda não me trouxeram comida, nem havia sinal do Alfa Karim ou do Sekani. Será que ele ainda estava no bando? Observei o sol se pôr e nascer novamente, e mais um dia se passou. Ele estava realmente furioso comigo e planejava continuar assim até eu morrer. No quarto dia trouxeram comida, mas não comi. Fiquei apenas olhando. Minha boca estava amarga de tanta saudade do Alfa Karim.Esticava o pescoço a cada passo que ouvia, esperando que fosse ele. Estava com raiva de mim mesma e do meu destino. Como ele pôde acreditar naquela garota e não em mim? Neste caso, a verdade estava clara para todos nós, mesmo assim ele me prendeu.No quinto dia, os guerreiros me tiraram da cela. Tentei resistir, mas não era páreo para a força deles. Me levaram até a tenda do Alfa Karim e me fizeram ajoelhar ali. Fui deixada sozinha e fiquei me perguntando o porquê.Alfa Karim saiu da tenda interior usando calças de couro e peles em volta do pescoço. Ele me observou s
— Eu salvo sua vida e é isso que você tem pra me dizer?— Alfa Karim, você está me machucando. — Sussurrei, enquanto sua mão apertava meu queixo. Lágrimas escorriam pelo meu rosto.— Não me importo! Você sabe o quanto meus Titãs odeiam que eu escolhi você, mas então pedi que ficasse longe porque tenho mais juízo que você, mas você nunca escuta. Acha que não sou capaz de machucá-la?Eu estava ficando assustada agora. Sua voz assumia um rosnado profundo que não era mais humano, mas animalesco.— Você acha que não sei o que outros Alfas teriam feito com você se fosse parceira deles?— Então você quer minha gratidão? É por isso que me escolheu? — Sussurrei.— Eu quero seu maldito reconhecimento! — Ele rugiu e me empurrou. Caí no chão de bunda e fechei os olhos para suportar a dor que me atravessou. Ele passou os dedos pelo cabelo novamente, andou de um lado para outro e parou na minha frente. Me puxou do chão pela gola e me segurou ali.— Eu poderia rejeitá-la e proibi-la de me aceitar, só
Alfa Karim— Encontre-me uma escrava. — ordenei ao meu Beta.Ele assentiu e partiu sem hesitar. Caminhei em direção ao bar da Sra. Lena. O sol estava se pondo, mas meu coração ardia. Não me sentia magoado, mas furioso. Uma raiva ardente queimava dentro de mim, e eu não conseguiria funcionar bem se não a apaziguasse.Tenho certeza que todo o bando ouviu nossa discussão e vai me culpar por não tê-los escutado quando pediram para me livrar dela. Esse sentimento era perigoso para mim. Preciso matá-lo antes que fique fora de controle. Essa coisa que sinto pela Laika. Acho que é meu fetiche por coisas que não posso ter, e Laika só estava me atraindo ao provar que não podia tê-la.A Sra. Lena correu até mim assim que entrei em seu bar. Os outros homens se levantaram e me reverenciaram. Reconheci o gesto e fui para um canto escondido. Não estava bêbado, mas cambaleava. Estava embriagado de fúria.Sentei-me e pedi bebidas. A Sra. Lena correu para buscá-las, não querendo me contrariar. Ninguém q
— Quero te foder. — eu disse.Seus olhos se acenderam de excitação e um sorriso se espalhou pelo seu rosto.— Estou molhada e pronta para você, Alfa.— Vá para minha tenda e espere.Ela saiu apressadamente sem hesitar. Pensei em procurar outra donzela, mas Erika veio até mim completamente vestida.— Alfa Karim, o que eu fiz para você me desprezar tanto?— Vá embora, Erika. — disse sem entusiasmo e comecei a me afastar lentamente, mas ela veio atrás de mim.— Posso te dar a satisfação que...— Afastem-na de mim. — rosnei, interrompendo-a. Meus guerreiros surgiram imediatamente e seguraram Erika longe de mim.Entrei na minha tenda; a donzela estava demorando para se despir. Quando me viu, deixou o vestido cair aos seus pés. Observei seu corpo. Era perfeito, mas não perfeito para mim.— Você quer que eu te foda. — disse, dando um passo à frente. Ela assentiu ansiosamente. — Ajoelhe-se e implore pelo meu pau.Ela se ajoelhou imediatamente e juntou as mãos.— Alfa Karim, por favor me foda.
LAIKA Não tive notícias do Alfa Karim por mais de dois dias. Fui deixada na periferia do bando, e ninguém perguntou por mim. Quem seria louco o suficiente para se preocupar com uma Ômega amaldiçoada? O Alfa Karim era o único insano o bastante para olhar duas vezes na minha direção.A fome me consumia, e Sekani nem estava mais lá. Fiquei me perguntando o que tinha acontecido com ele. Será que eu o coloquei em problemas também? Tentei me conectar com minha loba, mas ela ainda estava com raiva de mim e se fechou completamente. Não tinha mais amigos ou alguém que se importasse comigo. Até meu lobo interior tinha se voltado contra mim.Naquela manhã, juntei meus cacos e fui procurar emprego. O primeiro lugar que fui foi a loja da Sra. Lena. Fui lá por dois motivos: primeiro, para ver o Alfa Karim, esperando que ele frequentasse o lugar, e segundo, para ver Sekani.O bar estava cheio de homens e, assim que entrei, todos ficaram mudos e me encararam. Agora eu era famosa demais neste ban
Eu sabia que ele tinha instruído ninguém a me tocar no bando. Ele me deu o direito à cidadania, e ninguém mais me veria como uma escrava. Contudo, eu ainda precisava trabalhar para garantir meu sustento. Decidi seguir em direção oposta, em direção ao mercado. Certamente havia algo que eu pudesse fazer por lá.Quando cheguei lá, as primeiras pessoas que vi foram Sra. Theresa e Erika. Erika me lançou um olhar fulminante, e se os olhos fossem lanças, ela teria me derrubado. Ela parecia querer dizer algo, mas a mãe, percebendo o clima, a puxou para longe. Era mais prudente não incorrer na fúria do Alfa.Continuei meu caminho, até que uma placa chamou minha atenção: Procuravam um Trabalhador. Entrei na loja e logo me deparei com uma mulher corpulenta, que pareceu horrorizada ao me ver.— Vim procurar trabalho. — Eu disse, ignorando a expressão em seu rosto.— Não estamos mais contratando. — Ela quase gritou, em tom elevado.Olhei para a placa do lado de fora da loja, e ela, sem querer, segu