Sexo não é algo que eu tinha pensado muito antes, eu só queria estar com alguém em quem eu confiasse. Eu não preciso que seja como em um conto de fadas, ou algo elaborado demais para que seja romântico. Eu só preciso estar com ele, alguém que me faz sentir como uma pessoa completamente diferente apenas por tocar meus lábios.
Com uma respiração instável, deslizo minha mão por seu peito, passo por sua barriga, e paro com minha palma pressionada contra sua cueca boxer. Seus olhos se abrem, com uma expressão de pânico.
— Eu não quero parar — sussurro.
— Grace-
Beijo-o rapidamente.
— Eu não quero parar.
Prendo-o em outro beijo, e ele geme contra a minha boca enquanto eu movo minha mão contra ele, cautelosamente, porque quando se resume a isso, eu não tenho ideia do que fazer.
— Eu não... — Harry suspira. — Eu não estava esperando isso quando pedi para você vir aqui.
Balanço a cabeça, beijando-o novamente.
— Eu sei —
Aceno com a cabeça, mal conseguindo ouvi-lo sobre o batimento alto e rápido do meu coração. — Sim, tenho — finalmente respondo. Guiando-se para dentro lentamente, ele entra em mim. É mais desconfortável do que doloroso. Levo um momento para me ajustar à sensação. — Você está bem? — pergunta. Balanço a cabeça de novo, incapaz de encontrar as palavras. — Eu vou devagar — Harry murmura contra o meu ouvido, e espera eu concordar para se mover em um ritmo agonizante. O olhar de dor no seu rosto sugere que ele não está acostumado com essa velocidade. — Como está? Tudo bem? — Tudo bem — respondo. Não está doendo. É novo e desconhecido, algo que levará algum tempo para me acostumar. O que sei é que essa velocidade não está funcionando para mim também. — Eu acho que você precisa ir mais rápido. Ele acelera - não muito - mas o suficiente para esquecer a pressão monótona que zumbia em mim. — Eu não estou te machucando, estou? — Nã
Quando Harry vira em uma rua, fico perplexa: Kensington Palace Gardens, onde ficam algumas das propriedades mais caras do mundo. Harry continua a dirigir, e poucos minutos depois, estamos diante de portões ornamentados, de metal cinza fosco, fixados em uma parede de arenito de mais ou menos uns cinco metros de altura. Harry para o carro e digita uma senha no teclado ao lado, e os portões se abrem. Na nossa frente, há uma rua larga o suficiente para dois carros. De um lado, uma área densamente arborizada e do outro, um vasto jardim e um chafariz. É lindo e absolutamente tranquilo. A pista faz uma curva e se abre em uma calçada na frente de uma mansão de estilo mediterrâneo, impressionante. Harry estaciona na frente da enorme garagem e respira fundo antes de sair do carro. Subimos as escadas da entrada e Harry abre a grande porta de madeira escura e me guia pelo corredor, até estarmos na cozinha. — Harry — diz uma voz baixa atrás de nós. — George — Harr
— Grace! — Pulo da cama, com o grito de Hannah vindo do andar de baixo. — O que foi? — Harry pergunta rapidamente, um tom alarmado em sua voz. — Eu... eu não sei — corro escada abaixo, ainda com o telefone pressionado na orelha. — O que está acontecendo? Ignoro-o, e arregalo os olhos para Hannah e sua irmã. Elas estão de pé no meio do hall de entrada, Hannah segurando a barriga. Há uma poça muito visível aos seus pés. — Oh, meu Deus! — grito. — Grace?! O que diabos está acontecendo?! — O bebê vai nascer! Te ligo depois — desligo e corro para ajudá-las. — As contrações começaram? Ajudo Judith a conduzir Hannah para a sala. — Sim, começou — Hannah responde, com uma careta de dor. — Eu não tinha certeza de que eram contrações, então não disse nada. Mas agora... Agora eu tenho certeza. Ju e eu a ajudamos a sentar-se no sofá. — Ligaram para a doutora? — pergunto e Hannah a
Londres, Inglaterra Sexta-feira, 28 de setembro de 2018 Fazia duas horas desde que vimos Hannah pela última vez, e as meninas já estavam começando a ficar ansiosas. Era um pouco após às oito horas da noite quando vovó Anny apareceu na sala de espera, com um sorriso tão grande em seus lábios que acho que agora se tornou permanente em seu rosto. Eu estava na poltrona lendo um livro e Harry sentado no chão com as meninas, montando um quebra-cabeça, frustrado porque Jenny continuava roubando as peças dele. — Há um novo Burton no mundo! — Anny cantarola. Jenny já estava em pé, pisando em todas as peças do jogo ao correr para a sua avó. — É um menino?! É uma menina? É bonito?! — Vamos ver? — Anny responde, estendendo a mão para Katherine. — Tchau, meninas, até depois — aceno. Vovó Anny me encara: — Você não vem? — Ah, não. Agora é um momento só da família. Eu vou depois — resp
Mais tarde, naquela noite, eu estava no meu quarto me preparando para dormir, falando com Harry ao telefone. Ele queria passar a noite aqui comigo, mas a irmã de Hannah está aqui, e achamos que seria estranho. — Acho que estou engordando — digo ao telefone. Paro em frente ao meu espelho de corpo inteiro e intencionalmente estufo a barriga: — Estou comendo demais. — Você é maravilhosa — Harry diz. — Mesmo se eu inchar igual aquela menina do filme que assistimos? — Violet Beauregarde — Harry diz. — E, sim, até se você inchar. — Você sempre sabe tudo. — Mas você também. Só que nem sempre se incomoda com detalhes. — Queria ter você nos meus sonhos de novo... — Você sonha comigo de qualquer forma. E eu sonho com você. Só não sonhamos juntos. Ouço o som de sua respiração. É tão reconfortante. Harry ri suavemente do outro lado da linha. — O quê? — per
8 de janeiro de 2013 Mãe. Eu vi o seu túmulo pela primeira vez hoje. A pedra não é um granito bom e brilhante como você merece; provavelmente é apenas um pedaço de pedra antiga que encontraram em um armazém velho,ou algo assim. Becca me abandonou, não sei onde ela está. Fiquei nas ruas por uns dias, mas tá tudo bem... Eu encontrei um lar e pessoas que gostam de mim. Eu trabalho para eles, e não é um trabalho que você iria se orgulhar, mãe. Me desculpe, eu sei que você sempre quis que eu fizesse uma faculdade,mas não posso. Eu estou melhor assim, não se
Tudo parece estar girando lentamente, em círculos tortos, e eu penso que vou desmaiar. Me inclino para frente, agarro a minha barriga com as duas mãos e aperto minha pele. Eu nem percebi que estava me beliscando, mas acho que eu tinha que me prender em algo, enquanto meu mundo saía do controle. Eu não consigo. Eu não sou tão boa. Harry que é bom. Ele consegue fazer qualquer coisa. Eu só fico ali parada e deixo-o fazer a maior parte possível das coisas. Levanto-me e vou embora. Não posso ficar aqui.Quando chego na casa de Hannah, vou direto para o meu quarto e preparo a banheira para um banho. Deslizo para dentro da água, deixando-a bloquear os sons em volta de mim. Eu gostaria que a banheira fosse maior para que eu pudesse nadar nela, como eu costumava fazer em domingos de verão, na floresta com meu pai.Nós saíamos de manhã e fazía
Eu não tinha grandes esperanças de que Harry estivesse acordado. Não conversamos desde que Chase esteve aqui, e ainda não consegui contar isso para ele. Quando entro na cozinha, tenho que me segurar para não lavar os pratos que estão na pia. Estou com pouco tempo e tenho que buscar Kath às 10h30, então os pratos terão que esperar.No entanto, não consigo ignorar as camisetas espalhadas pelo corredor. Suspiro, e me pergunto se ele entende o motivo de existir um cesto de roupa suja. Eu tinha um discurso pronto, que iríamos separar um dia para eu ensiná-lo como fazer as coisas corretamente, mas quando entro em seu quarto, esqueço tudo o que eu ia dizer assim que o vejo: Harry está deitado de lado, com o lençol na cintura, segurando um travesseiro no peito. Ele é um dorminhoco fofo. Seus lábios formam um beicinho lindo e o cabelo está em todas as dire&cced