Ethan
Passei dois malditos anos atrás da Trinity. Estava quase desistindo quando meu colegade trabalho a achou com o reconhecimento facial do FBI, era uma self em uma boate. Devoadmitir que não se parecia com a garota que meu irmão me mostrou, mas não custava nadaconferir. Arrumei minha mala e Emma apareceu na porta, estava de pijama e com os cabelossoltos emoldurando o seu rosto.— Mais uma vez? — a irritação em sua voz era notável.
— Emma, já conversamos sobre isso.
Fechei minha mala. Precisava de um banho e depois partiria para achar Trinity.— Isso está insuportável, sabia? Por que não esquece esse assunto? Não consigo mais
suportar sua ausência, Ethan!Passei por minha esposa, ignorando-a. Ela tinha o poder de me deixar de mal humor logocedo, só queTrinityEu tinha muitas dúvidas em minha cabeça e uma confusão se instalou em meu coração. Remexer naquele assunto me feria muito. Mas era preciso, apesar de notar claramente que Ethan estava mentindo e não sabia quem armou para mim. Precisava dele, era uma ajuda, e só poderia confirmar isso depois de ter plena confiança de que ele não era alguém que fosse me matar ou me entregar.Tomei um banho, tentei comer algo, nada descia nada, então desisti de comer. Deitei na cama e tentei dormir, sabendo que naquela noite teria pesadelos e que mais uma vez acordaria no meio da noite, destruída, assustada e sozinha.Sentia uma dor de cabeça irritante. Passei horas sem dormir e minha mente não me deixava descansar. Durante o dia tentei fazer mil coisas para esquecer o assunto e mas nada me distraia.
EthanA madrugada não foi das melhores, apesar de que estava acompanhado de uma linda mulher, que para mim era intocável, minha cunhada. Sabia que tinha tocado em um assunto que a machucava e percebi isso assim que a pergunta saltou da minha boca, ela rapidamente mudou o comportamento. O brilho em seus olhos se apagou e me arrependi de ter perguntado sobre Luka. Trinity encerrou o assunto e se trancou no banheiro, pude ouvi-la chorar. Depois disso, quando ela finalmente saiu, já estava deitado nos cobertores no chão fingindo que já havia dormido. A ouvi chorar até pegar no sono, ao mesmo tempo que desejei consolá-la.Sabia que precisava dar espaço.Já vi inúmeras vezes minha mãe chorar depois da morte do meu pai e, por mais que em meu coração tivesse raiva, no dela, mesmo depois de descobrir sua traiç
TrinityNo pendrive continha um arquivo codificado com o título “Cura”. Era isso que teríamos que entender. — Como vamos decodificar isso? Não tenho nenhum contato na CIA. — Calma, sei exatamente quem vai fazer isso. — disse Ethan ao pegar seu celular.— Não! Não pode mostrar isso para ninguém, não podemos confiar em ninguém agora!— Sim, eu tenho uma pessoa de confiança. Meu colega da inteligência, ele é incrível no TI. Sabe tudo sobre esses códigos. Relaxe, eu confio nele com a minha vida.— Ok.Ele discou o número e aguardou que o tal amigo atendesse.— Jake? Pode falar agora? Então, cara preciso de um favor, mas entenda que é confidencial. Pode me ajudar? — ficou em silêncio por uns minutos. — Certo ent&a
EthanEra realmente incrível como ela mexia comigo. Mesmo sendo errado, ter nossa pele em contato me fez sentir algo diferente, era como se fosse familiar estar com ela. Não, não, não! Estava ficando louco, aquele não era meu foco. Precisava estar com ela de mente limpa e sem confundir tudo, correr atrás dela foi difícil, e quando a alcancei estava entrando na antiga casa que Locke morava, deixei que entrasse, e mantive distancia, mas algo me dizia que não seria saudável que ela entrasse sozinha.Trinity parecia totalmente desligada ao entrar naquele lugar, era como se ela estivesse em outro mundo. A chamei algumas vezes enquanto ela olhava fixamente para a porta do que parecia ser um quarto, mas ela não me ouviu, foi só quando toquei seu braço e tentei impedi-la de entrar que ela me notou e, com a mesma fúria que me tirou de cima dela, me
TrinitySaí do banho renovada e estava com vontade mais do que nunca de ir até o fim. Ethan estava sentado na cama, com o laptop no colo, havia em seu rosto esculpido um sorriso de satisfação. Andei até minha mala, peguei uma muda de roupas e uma meia, estava frio, muito mesmo. Ia entrar no banheiro novamente para me trocar, mas ele me encarou, sorriu e se levantou.— Temos os arquivos completos e está tudo perfeito, nada de arquivo corrompido. — seu tom era calmo e velado.— Como assim?Ele me encarou, depois avaliou meus trajes e um rubor subiu suas bochechas.— Desculpe, pode se vestir, depois falo sobre isso.— Não, diga. Foda-se que estou de roupão e toalha nos cabelos, me conte tudo.— Meu irmão achou um único agente que cura todas as doenças. Câncer, HIV, tuberculose, saram
Trinity A viagem estava sendo comprida e cansativa. Ao meu lado Ethan dormia e ver suas feições dormindo estava sendo o meu melhor passatempo. O voo era de primeira classe, o que era até mais confortável. Faltavam duas horas para que o avião pousasse. Ethan estava no lado da janela e em sua cabeça tinha uma touca que deixava um pouco de seu topete para fora, sua barba já estava maior do que a primeira vez que o vi.As vezes dava para sentir o tremor das turbulências, e foram esses mesmos tremores leves que me embalaram, me deixando sonolenta e ainda observando Ethan. Aos poucos fui pegando no sono. Não sei por quanto tempo dormi e quando comecei despertar encontrei Ethan encarando-me com um sorriso bobo nos lábios.— Estamos pousando. Está preparada emocionalmente para ver a cidade? — perguntou em tom baixo.— Sim, estou bem com isso.— Que bom, fiquei preocupado com…— Eu sei, Ethan. Não disse
EthanTrinity despertou em mim duas sensações diferentes. A primeira, foi na saída da pousada, quando a vi, perfeitamente linda. Seus olhos estavam verdes, meio azulados, talvez fosse a temperatura climática que contribuísse para a mudança na cor. Além disso, seus cabelos soltos, a franja bem arrumada por baixo da touca e o sobre tudo… senti meu coração bater diferente e isso se repetiu quando a vi mirar com tamanha precisão no carro e dar um tiro certeiro no pneu, o fazendo capotar. Não sei se era apenas a emoção de quase sofrer um acidente terrível, mas desejei beijá-la pela segunda vez. Era uma mistura de orgulho e admiração, isso me encantou. Eu a subestimei, enfiei na cabeça que ela era uma menina frágil, quando, na verdade, era uma mulher capaz de se defender. Aquela
TrinityEstava chocada. Não… talvez a palavra correta era petrificada. Locke escondeu coisas de mim. Tudo bem que, também mentia para ele, mas eu salvava pessoas, vidas. Ele, por outro lado, se meteu em algo criminoso, eu sentia que era isso. Não tocaria naquele dinheiro, não me parecia o correto a fazer.Último capítulo