Joana saiu do banheiro, vestida com o pijama de coelhinho, ela gostava de dormir com ele porque era macio e também, porque significava muito para ela. Se sentia tão estranha, depois do que Alexandre lhe disse, ela deu os parabéns e falou coisas positivas, principalmente, que ele era um grande pai.
Em seguida colocou Mousse na casa que Antonela lhe presenteou e ficava na calçada nos fundos, após se despedir, foi para o quarto sem olhar para Alexandre novamente.
Tomou um banho e agora estava ali, de volta à realidade. Caminhou pelo quarto enquanto secava o cabelo, em cima da cômoda estavam, bem arrumados os livros que levou da fazenda. Ela ainda não tinha lido todos. Suspirou, soltou a toalha nos pés da cama e pegou o que estava arrumado com cuidado ao lado de uma fotografia, ela e Merida.
A hora da estrela – Clarice Lispector.
Sentou-se na cama novamente e abriu, ler a tiraria novamente daquela realidade a
Alexandre parou o carro em frente a uma casa pequena de madeira, Joana torceu os dedos nervosa, mas desceu logo que um cachorrinho preto saltou para fora, latindo. Quando sentiu o cheiro e ouviu a voz dela, ficou mais calmo e abanou o rabo.— Oi, Abacaxi, como você está? É bom te ver de novo também.Alexandre parou ao lado dela.— Abacaxi?— É o nome que eu escolhi para ele. E eu sei que ele não é amarelo, nem verde...Ele sorriu.— Você adora dar nome de comida para cachorros, não é?Ela deu de ombros.— Sempre escolho a primeira palavra que vem na minha cabeça. Acho que só penso em comida.Joana sorriu e se levantou, olhou em direção a casa e avistou a mãe sair na porta.— Porcaria.Alexandre seguiu o olhar dela e avistou uma mulher alta, com camisa, calça e botas, um pano no ombro e o cabelo loir
Fabíola parou o carro em frente ao portão, a conversa até ali com Rafael tinha sido muito agradável, ela acabou perdendo até a noção de tempo.— Eu estou um pouco nervosa.— Já te disse, minha avó é muito sua fã. Ela vai adorar te ver.Os dois desceram. Ele abriu o portão e ela entrou.— Que lugar tranquilo.— Sim, é um lugar maravilhoso de morar.Rafael fechou o portão e a conduziu para dentro, a casa era antiga, muito bem arrumada, Fabíola admirou tudo o que viu na frente. Lá dentro era tudo ainda mais lindo, o móveis, a decoração, tudo era antigo, ela particularmente gostava muito de antiguidades. Se não fosse modelo, teria cursado história, sem sombra de dúvidas.— Rafael, você chegou... — Na sala apareceu uma senhora, baixinha, de cabelos brancos, curtos, vestindo um vestido todo florido. — Ah, minha Nossa Senhora de Lurdes. — Exclamou ao ver Fabíola.
Lúcia serviu café para Raissa e as duas sentaram-se no sofá do loft da mais velha.— Por quê te chateia tanto que Fabíola seja amiga de Rafael?— Porque ela é a irmã bonita que sempre rouba os garotos que eu gosto. Eu era apaixonada pelo Alexandre, aí ela o conheceu e agora, vão ter um filho.Lúcia sorriu e balançou a cabeça.— Entendo.— Não entende não. Você não tem uma irmã que rouba os caras que você gosta.— Eu não gosto de caras, então eu teria que me preocupar com sei lá, um irmão que rouba as minas que eu gostasse.Raissa sorriu.— Algo que você também não tem.— Sabe Rai, você sabe que o Rafael sempre te tratou como irmã. Ele gosta de você, mas como amiga. Ele sempre deixou isso claro. E você também nunca se incomodou que ele ficasse com outras. Como quando ele investiu na Joana.— É diferente por se tratar
— Papai...Merida gritou e acordou novamente, Joana que havia dormido ao seu lado acordou também, assustada.— Papai...Merida chorou e abraçou Joana com força.— Mamãe, eu quero meu pai.Joana ficou emocionada ao ouvir ela a chamar de mãe, a abraçou com mais carinho ainda.— Ele já vai vir. Fica calma.Joana pegou o celular que estava ao lado, checou as mensagens, Raquel a avisou que levou Mousse para sua casa, Joana pediu desculpas e explicou o que estava havendo ali.Alguns segundos depois, Antonela e Katiuska entraram no quarto.— Vovó, quero meu pai.Merida se levantou da cama e estendeu os braços para a avó.— Seu pai está no hospital. — Antonela abraçou a neta.— O que houve? — Joana perguntou se levantando e Katiuska notou a urgência na voz dela.—
Fabíola entrou no restaurante e avistou o fotógrafo em uma mesa. Caminhou até lá e ele se levantou. Ela ficou nervosa ao reencontra-lo, ao seu olhar, Rafael estava ainda mais lindo do que antes.— Oi. — Ela o cumprimentou com um beijo no rosto.— Oi, que bom que aceitou meu convite para almoçar. Sente-se.Os dois sentaram-se e ela sorriu.— Eu acabei de vir do hospital.— Aconteceu algo?— Com o Alexandre, você soube do acidente e a fuga da Lorena?— Ah, sim, eu vi sobre isso no jornal. E como está seu namorado?Fabíola levantou o olhar e o encarou, sorriu de canto.— Sim ele está bem. Por sorte não aconteceu nada mais grave. E... Ele não é mais meu namorado.Ele sorriu ao ouvir isso.— Eu posso perguntar o que houve? Tem a ver com a gravidez?— Não. Que isso. Ele é maravilhos
Silvia desceu até o restaurante do hotel e caminhou até a mesa onde David tomava café.— Bom dia.— Bom dia Silvia. Está tão bonita.— Obrigada. — Ela sorriu. — Posso me sentar?— Claro, fica à vontade.Silvia sentou-se de frente para ele, fez o pedido para o garçom e depois que ele se foi, ela virou-se para o estrangeiro. — Vai comigo até a revista? Posso pedir para a Lúcia chamar a Joana, para você conhecer.— Eu aguardo o encontro na festa. Vou dar uma volta pela cidade, vou aproveitar para falar com a filha do meu pai e a advogada dela.— Algum problema com ela? — Silvia perguntou. — Quer dizer, desculpe, eu ficar perguntando...— Não, tudo bem. Não tem problema. Acho que ela só está preocupada com a herança, os direitos dela. Não vou causar nenhum problema com ela. Que fique com tudo.O garçom
Joana desceu até a sala, Alexandre estava no sofá com um notebook no colo e Mousse deitado em cima de uma almofada. Ela sentou-se no braço do sofá ao lado do engenheiro.— Merida dormiu, ela está bem agitada. Acho que ela sente o que está acontecendo ao redor.— Ela é bem sensível mesmo.— Olha lá, você deu muita barda para esse cachorro.Alexandre sorriu.— Ele é da família.Joana o encarou, mas Alexandre estava centrado olhando para a tela do notebook, ela passou a mão pelo cabelo dele fazendo Alexandre virar-se para ela.— Que foi?Ele perguntou sorrindo.— Você disse que meu cachorro é da família.— E ele é. Nosso filho.Joana riu e ele segurou a mão dela.— Eu estava lendo seu livro.— Você conseguiu acessar aí? — Ela espiou a tela. — Ah, não me fala o que você achou não. Se tem muito erro. Não fala.— Não se preocupe. Você é uma escritora maravilhosa. Eu estou quase acabando, acredita?—
Silvia foi de manhã até a revista, tinha esquecido o notebook e não queria deixar para segunda. Depois de ver David com Katiuska, decidiu passar seu domingo trabalhando para não correr o risco de ficar pensando à toa.Entrou e foi direto para sua sala, colocou o notebook na bolsa e caminhou para a porta, parou quando Lorena surgiu na entrada, Silvia levou um susto, não por vê-la ali, mas ao ver o rosto dela em questão.Deu dois passos longos para trás quando Lorena apontou uma arma contra ela.— Não tente nada, ou eu acabo com você aqui mesmo.— O que você quer?— Pega seu celular e liga para a ruiva. Chama ela, convença ela para que venha, a convença. Se ela não vir, você morre.— Pare de me ameaçar.— Liga! — Lorena gritou. — Liga agora.— Tudo bem. Calma. — Silvia colocou a bolsa na mesa.— Se tentar algo, mato v