Eu nem havia me dado conta, mas com toda aquela tensão enquanto conversávamos, já estávamos na parte mais rasa da praia.—Amor, eu estava te procurando! – Disse Jessica agarrando a cintura de Kyle por trás.Naquele momento, vi os olhos dele sobre os meus por um instante, mas não era de ódio. Parecia que ele estava se lamentando pela situação em que estávamos.Não precisávamos dizer muito, apenas nos olhando, já entendíamos o que o outro queria dizer. Minha madrasta sempre falava que isso era uma conexão de poucos.Talvez ela suspeitasse de nós! – Pensei enquanto deixei escapar um suspiro, mantendo o contato visual.Kyle então, virou o rosto para o lado e segurou os braços de Jessica, virando-se para ela em seguida.—Vamos sair daqui. – Disse ele vendo a garota assentir com um sorriso nos lábios.Mas eu tive a certeza de vê-la me encarar com um semblante vencido. Por fim, eu já sabia o que ia acontecer ali.Kyle queria me dizer que estava desistindo. E eu que pensei que isso foi na noi
+18 Ao ouvi-lo dizer aquilo, senti todos os poros do meu corpo se arrepiarem.Foi quente; sensual.Respirei fundo tentando me recompor, mas então senti os dedos dele adentrarem a toalha.—Kyle, não! – Resmunguei sendo solta em seguida.Me levantei e me virei para o olhar, vendo-o virar o rosto para o outro lado, passando a língua por dentro da bochecha.—Não aja como se estivesse sendo forçada, Mia! - Disse ele voltando a me encarar.—Saia daqui! - Pedi mostrando minha irritação.—É, perdi meu tempo vindo procurar uma frigida! - Disse ele me provocando.—Frigida? – Perguntei sorrindo desacreditada. —Aposto que não pensava nisso ao vir para cá. Já que abandonou sua namorada para estar aqui!—Mia! – Chamou Kyle como se me repreendesse, dando um passo até mim tentando me intimidar. —Pare de provocações!—Estou errada? – Perguntei soltando um riso. —O que foi? Você brochou na hora que a viu pelada?Assim que falei, vi os olhos de Kyle se escurecerem.—O que você disse? – Perguntou ele ap
Depois daquela intensa noite naquela viagem, nosso relacionamento passou de bom para ódio.Eu havia acabado de despertar com algumas batidas incessantes na porta e ao me levantar para abri-la, me assustei ao ver Josh e meu pai parados em frente a ela.—O que está acontecendo? – Perguntei vendo meu pai passar pela porta do quarto, fechando-a depois que Josh o acompanhou.—Mia, eu sinto muito! – Disse Josh como se estivesse tentando se safar de algo e ao encarar me pai, senti um tapa queimar meu rosto.Toquei o lugar me virando para o olhar novamente, sem entender nada e então, o mais velho me exibiu seu celular.—O que é isso? – Perguntei o vendo soltar um riso.—Não sabe mesmo o que é? Com quem você estava nesse vídeo? – Quando ele me perguntou, o olhei assustada, encarando Josh em seguida.—Eu não fiz nada. Não foi eu! – Disse Josh se fazendo de inocente.De repente tive meu cabelo segurado e meu pai me afastou de Josh, me puxando para o lado.—Você sabe o quanto é difícil se constru
Quando ele me deu as costas, foi o momento que eu realmente senti o peso daquelas palavras.Corri atrás dele o vendo entrar no elevador, mas assim que nos olhamos e eu ameacei entrar, as portas se fecharam.Foi como se estivessem em câmera lenta. O olhar negro do homem me encarando como se eu fosse a pior pessoa do universo, fez com que meu coração se dilacerasse.—Mia! – Gritou meu pai com rispidez, puxando o meu braço. Ele então me virou com força me fazendo o olhar. —Desde quando isso acontece entre vocês?—Querido estão todos olhando, deixa ela! – Disse Jane tirando o braço dele de mim.E então, meu pai puxou o braço com tudo, virando para a encarar.—Você não pode me dizer como criar minha filha. Se não fosse pela péssima educação do seu, isso não teria acontecido.—O quê? – Perguntou ela abrindo a boca desacreditada. —Está dizendo que não sei cuidar do meu filho?—É, eu estou! – Disse meu pai a encarando de forma profunda. —Satisfeita?—Escute aqui, Arnold Evans. Se não fosse po
Depois daquele dia, meu pai se silenciou.Ele não atendia as minhas ligações, não me recebia na casa dele e não me deixava entrar na empresa. Eu me sentia como se eu fosse o próprio diabo onde ele fugia incansavelmente de mim.Tudo estava diferente; tudo havia mudado.Depois de alguns meses insistindo, acabei desistindo de tentar falar com meu pai, até que em uma reportagem, fiquei sabendo que ele havia sido preso.Me assustei com a notícia e tentei falar com Kyle, que era outro que sustentava sua raiva por mim com afinco.Decidi ir até a delegacia para saber sobre o que havia acontecido e foi então que eu descobri que, meu pai e Jena haviam se separado e que ele havia entrado em dívidas, usando o dinheiro da empresa em jogos de azar.Ao saber daquilo, me senti culpada e sem chão.Procurei o melhor advogado para cuidar do caso dele e tentei o ajudar como um jeito de me redimir, mas ainda assim, meu pai não aceitava me ver.Eu não o julgava, no lugar dele eu faria o mesmo. A final, foi
Esperei passar dois dias até eu me sentir bem e então, decidi ir atrás de Kyle.Desci as escadas vagarosamente, indo até a mesa do café onde estavam minha mãe e Ronald, seu marido.Assim que eles me viram, ambos sorriram com doçura.—Nossa, você parece outra pessoa! – Disse Ronald, vindo até mim e me guiando até o meu lugar, terminando a sua frase. —Parece uma boneca cm essas roupas delicadas.—É verdade querida! Está parecendo uma boneca. – Disse minha mãe sorrindo. E então, ela me serviu um copo de suco.Eu estava vestindo um presente deles; minha mãe escolheu um vestido delicadamente rodado. Ele era ombro a ombro e o pano dele era retrô, chamado laise.Quando descobri que estava grávida novamente, pensei que ela brigaria comigo, mas acho que depois de tudo o que havia acontecido, ela talvez acreditasse ser um milagre para me tirar dos meus dias sombrios.Confesso que, até eu vi esperança. E foi por isso que decidi procurar por Kyle.Sai de casa depois de compartilhar o momento do c
Quando vi aquele olhar de desprezo, respirei fundo e tentei abrir um sorriso.—Kyle, precisamos mesmo conversar! – Falei o vendo manear a cabeça para o lado e soltar um riso nasalado.—Conversar? Sobre o quê. – Disse ele franzindo a testa, me apontando o dedo. —Ah, talvez sobre o fato de abortar um filho meu. Ou quem sabe sobre me esconder que passou por isso e vir até mim novamente como se nada tivesse acontecido?—Kyle por favor!—Kyle, Kyle, Kyle! – Disse ele escurecendo os olhos, vindo até mim. —Se sabe o meu nome e onde me encontrar, por que não fez isso antes? Quer saber? Não importa mais. A minha vida está um caos depois daquele dia e eu não quero mais problemas. Suma!Quando ele falou aquilo, senti aquelas palavras me atingirem como se uma faca afiada tivesse atravessado o meu peito.E naquele instante, toda a minha vontade de tentar me aproximar novamente desapareceu como vapor.Tentei conter minha tristeza e então, sorri fraca o olhando nos olhos.—Certo, vou fazer o que est
Três anos depois, Dias atuais...Descemos do avião juntos e ao chegarmos na área de desembarque, lá estava minha mãe e Ronald segurando uma placa escrita “bem-vindos a sua casa”.Sorri e ao me mover até ela, um pequeno ser desceu do colo de Willian e correu até minha mãe.—Vovó! – Gritou Bryan sendo pego no colo em seguida.Ronald sorriu e veio até nós, dando alguns tapas nas costas do filho.—Bem-vindos de volta! – Disse ele me olhando. —Continua linda como sempre, Mia!—Obrigada! – Agradeci suavemente o abraçando.—E então, como foi de viagem? Vamos logo para casa, tenho algo para mostrar para vocês! – Disse minha mãe, mantendo Bryan em seu colo.Respirei fundo e sorri, enquanto olhava em volta e de repente, fui abraçada.—É bom estarmos de volta, não acha? – Perguntou Willian com sua versão mais madura e ainda mostrando se importar comigo.Eu o olhei e sorri.—Sim! Vamos aproveitar nossas férias! – Respondi ainda mantendo o sorriso, enquanto caminhávamos juntos.Assim que fomos até