Depois daquela intensa noite naquela viagem, nosso relacionamento passou de bom para ódio.Eu havia acabado de despertar com algumas batidas incessantes na porta e ao me levantar para abri-la, me assustei ao ver Josh e meu pai parados em frente a ela.—O que está acontecendo? – Perguntei vendo meu pai passar pela porta do quarto, fechando-a depois que Josh o acompanhou.—Mia, eu sinto muito! – Disse Josh como se estivesse tentando se safar de algo e ao encarar me pai, senti um tapa queimar meu rosto.Toquei o lugar me virando para o olhar novamente, sem entender nada e então, o mais velho me exibiu seu celular.—O que é isso? – Perguntei o vendo soltar um riso.—Não sabe mesmo o que é? Com quem você estava nesse vídeo? – Quando ele me perguntou, o olhei assustada, encarando Josh em seguida.—Eu não fiz nada. Não foi eu! – Disse Josh se fazendo de inocente.De repente tive meu cabelo segurado e meu pai me afastou de Josh, me puxando para o lado.—Você sabe o quanto é difícil se constru
Quando ele me deu as costas, foi o momento que eu realmente senti o peso daquelas palavras.Corri atrás dele o vendo entrar no elevador, mas assim que nos olhamos e eu ameacei entrar, as portas se fecharam.Foi como se estivessem em câmera lenta. O olhar negro do homem me encarando como se eu fosse a pior pessoa do universo, fez com que meu coração se dilacerasse.—Mia! – Gritou meu pai com rispidez, puxando o meu braço. Ele então me virou com força me fazendo o olhar. —Desde quando isso acontece entre vocês?—Querido estão todos olhando, deixa ela! – Disse Jane tirando o braço dele de mim.E então, meu pai puxou o braço com tudo, virando para a encarar.—Você não pode me dizer como criar minha filha. Se não fosse pela péssima educação do seu, isso não teria acontecido.—O quê? – Perguntou ela abrindo a boca desacreditada. —Está dizendo que não sei cuidar do meu filho?—É, eu estou! – Disse meu pai a encarando de forma profunda. —Satisfeita?—Escute aqui, Arnold Evans. Se não fosse po
Depois daquele dia, meu pai se silenciou.Ele não atendia as minhas ligações, não me recebia na casa dele e não me deixava entrar na empresa. Eu me sentia como se eu fosse o próprio diabo onde ele fugia incansavelmente de mim.Tudo estava diferente; tudo havia mudado.Depois de alguns meses insistindo, acabei desistindo de tentar falar com meu pai, até que em uma reportagem, fiquei sabendo que ele havia sido preso.Me assustei com a notícia e tentei falar com Kyle, que era outro que sustentava sua raiva por mim com afinco.Decidi ir até a delegacia para saber sobre o que havia acontecido e foi então que eu descobri que, meu pai e Jena haviam se separado e que ele havia entrado em dívidas, usando o dinheiro da empresa em jogos de azar.Ao saber daquilo, me senti culpada e sem chão.Procurei o melhor advogado para cuidar do caso dele e tentei o ajudar como um jeito de me redimir, mas ainda assim, meu pai não aceitava me ver.Eu não o julgava, no lugar dele eu faria o mesmo. A final, foi
Esperei passar dois dias até eu me sentir bem e então, decidi ir atrás de Kyle.Desci as escadas vagarosamente, indo até a mesa do café onde estavam minha mãe e Ronald, seu marido.Assim que eles me viram, ambos sorriram com doçura.—Nossa, você parece outra pessoa! – Disse Ronald, vindo até mim e me guiando até o meu lugar, terminando a sua frase. —Parece uma boneca cm essas roupas delicadas.—É verdade querida! Está parecendo uma boneca. – Disse minha mãe sorrindo. E então, ela me serviu um copo de suco.Eu estava vestindo um presente deles; minha mãe escolheu um vestido delicadamente rodado. Ele era ombro a ombro e o pano dele era retrô, chamado laise.Quando descobri que estava grávida novamente, pensei que ela brigaria comigo, mas acho que depois de tudo o que havia acontecido, ela talvez acreditasse ser um milagre para me tirar dos meus dias sombrios.Confesso que, até eu vi esperança. E foi por isso que decidi procurar por Kyle.Sai de casa depois de compartilhar o momento do c
Quando vi aquele olhar de desprezo, respirei fundo e tentei abrir um sorriso.—Kyle, precisamos mesmo conversar! – Falei o vendo manear a cabeça para o lado e soltar um riso nasalado.—Conversar? Sobre o quê. – Disse ele franzindo a testa, me apontando o dedo. —Ah, talvez sobre o fato de abortar um filho meu. Ou quem sabe sobre me esconder que passou por isso e vir até mim novamente como se nada tivesse acontecido?—Kyle por favor!—Kyle, Kyle, Kyle! – Disse ele escurecendo os olhos, vindo até mim. —Se sabe o meu nome e onde me encontrar, por que não fez isso antes? Quer saber? Não importa mais. A minha vida está um caos depois daquele dia e eu não quero mais problemas. Suma!Quando ele falou aquilo, senti aquelas palavras me atingirem como se uma faca afiada tivesse atravessado o meu peito.E naquele instante, toda a minha vontade de tentar me aproximar novamente desapareceu como vapor.Tentei conter minha tristeza e então, sorri fraca o olhando nos olhos.—Certo, vou fazer o que est
Três anos depois, Dias atuais...Descemos do avião juntos e ao chegarmos na área de desembarque, lá estava minha mãe e Ronald segurando uma placa escrita “bem-vindos a sua casa”.Sorri e ao me mover até ela, um pequeno ser desceu do colo de Willian e correu até minha mãe.—Vovó! – Gritou Bryan sendo pego no colo em seguida.Ronald sorriu e veio até nós, dando alguns tapas nas costas do filho.—Bem-vindos de volta! – Disse ele me olhando. —Continua linda como sempre, Mia!—Obrigada! – Agradeci suavemente o abraçando.—E então, como foi de viagem? Vamos logo para casa, tenho algo para mostrar para vocês! – Disse minha mãe, mantendo Bryan em seu colo.Respirei fundo e sorri, enquanto olhava em volta e de repente, fui abraçada.—É bom estarmos de volta, não acha? – Perguntou Willian com sua versão mais madura e ainda mostrando se importar comigo.Eu o olhei e sorri.—Sim! Vamos aproveitar nossas férias! – Respondi ainda mantendo o sorriso, enquanto caminhávamos juntos.Assim que fomos até
Chegamos em casa e fomos nos acomodar.Eu e Willian dividimos o mesmo. Subimos para arrumar as nossas coisas enquanto deixamos Bryan com os avós brincando.Comecei a desfazer as malas com a ajuda de Willian e de repente ele me abraçou.—Mia, sabe o que eu estava pensando aqui? Podemos visitar alguns parques e museus com Bryan. Ele vai amar a América Nova York!—Hm, você tem razão! – Respondi me virando para ele e o apertando nas bochechas. —Minha mãe pediu ajuda com o leilão. Vou ajudar ela e visitar o meu pai. O resto do tempo, podemos fazer um planejamento de passeios.—Certo! – Disse ele tirando minhas mãos do rosto dele e sorrindo. —Tenho certeza de que tudo ocorrerá bem!—Hm! Vamos terminar de ajeitar as coisas e descer para comer algo, eu estou com fome! – Respondi o vendo sorrir e então, continuamos a organizar as coisas juntos.Antes de descer optei por tomar um banho para me refrescar.Entrei no banheiro e me despi, caminhando até o box. Assi que girei o registro e senti a ág
Havíamos terminado o jantar e então, eu e Ana começamos a tirar a mesa, enquanto os demais estavam conversando na sala.Eu sabia que ela tinha um motivo para ter se oferecido para fazer os serviços. Confesso que eu estava ansiosa para saber o que era.—Vamos, diga logo! – Falei com humor, levando os pratos até a pia.Ana então, olhou para os lados e se aproximou para cochichar.—O que houve com você. Eu quase voei par ao Japão quando meu pai me contou sobre seu casamento com Willian! – Disse ela me fazendo soltar um riso fraco.—O que há de mais? Ele se ofereceu para me ajudar, me tratou bem e me ajudou com Bryan! – Falei a vendo torcer os lábios.—O que tem de mais? – Perguntou ela voltando a olhar em volta. —O que houve com você e o gostosão? Deixou de ser obcecada por ele?—Vamos esquecer isso, Ana. Isso foi um passado muito longe e eu não quero falar mais disso! – Falei a vendo respirar fundo, ligando a torneira em seguida para lavar as louças.Achei aquilo estranho. De alguma for