Depois daquele dia, meu pai se silenciou.Ele não atendia as minhas ligações, não me recebia na casa dele e não me deixava entrar na empresa. Eu me sentia como se eu fosse o próprio diabo onde ele fugia incansavelmente de mim.Tudo estava diferente; tudo havia mudado.Depois de alguns meses insistindo, acabei desistindo de tentar falar com meu pai, até que em uma reportagem, fiquei sabendo que ele havia sido preso.Me assustei com a notícia e tentei falar com Kyle, que era outro que sustentava sua raiva por mim com afinco.Decidi ir até a delegacia para saber sobre o que havia acontecido e foi então que eu descobri que, meu pai e Jena haviam se separado e que ele havia entrado em dívidas, usando o dinheiro da empresa em jogos de azar.Ao saber daquilo, me senti culpada e sem chão.Procurei o melhor advogado para cuidar do caso dele e tentei o ajudar como um jeito de me redimir, mas ainda assim, meu pai não aceitava me ver.Eu não o julgava, no lugar dele eu faria o mesmo. A final, foi
Esperei passar dois dias até eu me sentir bem e então, decidi ir atrás de Kyle.Desci as escadas vagarosamente, indo até a mesa do café onde estavam minha mãe e Ronald, seu marido.Assim que eles me viram, ambos sorriram com doçura.—Nossa, você parece outra pessoa! – Disse Ronald, vindo até mim e me guiando até o meu lugar, terminando a sua frase. —Parece uma boneca cm essas roupas delicadas.—É verdade querida! Está parecendo uma boneca. – Disse minha mãe sorrindo. E então, ela me serviu um copo de suco.Eu estava vestindo um presente deles; minha mãe escolheu um vestido delicadamente rodado. Ele era ombro a ombro e o pano dele era retrô, chamado laise.Quando descobri que estava grávida novamente, pensei que ela brigaria comigo, mas acho que depois de tudo o que havia acontecido, ela talvez acreditasse ser um milagre para me tirar dos meus dias sombrios.Confesso que, até eu vi esperança. E foi por isso que decidi procurar por Kyle.Sai de casa depois de compartilhar o momento do c
Quando vi aquele olhar de desprezo, respirei fundo e tentei abrir um sorriso.—Kyle, precisamos mesmo conversar! – Falei o vendo manear a cabeça para o lado e soltar um riso nasalado.—Conversar? Sobre o quê. – Disse ele franzindo a testa, me apontando o dedo. —Ah, talvez sobre o fato de abortar um filho meu. Ou quem sabe sobre me esconder que passou por isso e vir até mim novamente como se nada tivesse acontecido?—Kyle por favor!—Kyle, Kyle, Kyle! – Disse ele escurecendo os olhos, vindo até mim. —Se sabe o meu nome e onde me encontrar, por que não fez isso antes? Quer saber? Não importa mais. A minha vida está um caos depois daquele dia e eu não quero mais problemas. Suma!Quando ele falou aquilo, senti aquelas palavras me atingirem como se uma faca afiada tivesse atravessado o meu peito.E naquele instante, toda a minha vontade de tentar me aproximar novamente desapareceu como vapor.Tentei conter minha tristeza e então, sorri fraca o olhando nos olhos.—Certo, vou fazer o que est
Três anos depois, Dias atuais...Descemos do avião juntos e ao chegarmos na área de desembarque, lá estava minha mãe e Ronald segurando uma placa escrita “bem-vindos a sua casa”.Sorri e ao me mover até ela, um pequeno ser desceu do colo de Willian e correu até minha mãe.—Vovó! – Gritou Bryan sendo pego no colo em seguida.Ronald sorriu e veio até nós, dando alguns tapas nas costas do filho.—Bem-vindos de volta! – Disse ele me olhando. —Continua linda como sempre, Mia!—Obrigada! – Agradeci suavemente o abraçando.—E então, como foi de viagem? Vamos logo para casa, tenho algo para mostrar para vocês! – Disse minha mãe, mantendo Bryan em seu colo.Respirei fundo e sorri, enquanto olhava em volta e de repente, fui abraçada.—É bom estarmos de volta, não acha? – Perguntou Willian com sua versão mais madura e ainda mostrando se importar comigo.Eu o olhei e sorri.—Sim! Vamos aproveitar nossas férias! – Respondi ainda mantendo o sorriso, enquanto caminhávamos juntos.Assim que fomos até
Chegamos em casa e fomos nos acomodar.Eu e Willian dividimos o mesmo. Subimos para arrumar as nossas coisas enquanto deixamos Bryan com os avós brincando.Comecei a desfazer as malas com a ajuda de Willian e de repente ele me abraçou.—Mia, sabe o que eu estava pensando aqui? Podemos visitar alguns parques e museus com Bryan. Ele vai amar a América Nova York!—Hm, você tem razão! – Respondi me virando para ele e o apertando nas bochechas. —Minha mãe pediu ajuda com o leilão. Vou ajudar ela e visitar o meu pai. O resto do tempo, podemos fazer um planejamento de passeios.—Certo! – Disse ele tirando minhas mãos do rosto dele e sorrindo. —Tenho certeza de que tudo ocorrerá bem!—Hm! Vamos terminar de ajeitar as coisas e descer para comer algo, eu estou com fome! – Respondi o vendo sorrir e então, continuamos a organizar as coisas juntos.Antes de descer optei por tomar um banho para me refrescar.Entrei no banheiro e me despi, caminhando até o box. Assi que girei o registro e senti a ág
Havíamos terminado o jantar e então, eu e Ana começamos a tirar a mesa, enquanto os demais estavam conversando na sala.Eu sabia que ela tinha um motivo para ter se oferecido para fazer os serviços. Confesso que eu estava ansiosa para saber o que era.—Vamos, diga logo! – Falei com humor, levando os pratos até a pia.Ana então, olhou para os lados e se aproximou para cochichar.—O que houve com você. Eu quase voei par ao Japão quando meu pai me contou sobre seu casamento com Willian! – Disse ela me fazendo soltar um riso fraco.—O que há de mais? Ele se ofereceu para me ajudar, me tratou bem e me ajudou com Bryan! – Falei a vendo torcer os lábios.—O que tem de mais? – Perguntou ela voltando a olhar em volta. —O que houve com você e o gostosão? Deixou de ser obcecada por ele?—Vamos esquecer isso, Ana. Isso foi um passado muito longe e eu não quero falar mais disso! – Falei a vendo respirar fundo, ligando a torneira em seguida para lavar as louças.Achei aquilo estranho. De alguma for
A casa estava silenciosa; aproveitei que todos estavam dormindo e fui até a varanda enquanto terminava a garrafa de vinho.Me sentei no chão virando a garrafa diretamente a boca, enquanto meus pensamentos tentavam se organizar, mas confesso que, naquele instante era uma missão quase que impossível.E foi então que minha mente me traiu; as cenas do aeroporto vieram a tona. Kyle estava ainda mais lindo que antes e confesso que, sua aparência havia melhorado muito.—Argh droga! – Resmunguei enquanto eu me abanava. Não sabia se era por causa do vinho ou se a temperatura de toda Califórnia estava alta.Eu já estava me sentindo embriagada, quando de repente me levantei e ao encarar os portões de entrada, tive a impressão de ver um carro preto luxuoso.Cerrei os olhos tentando ver melhor, mas o carro deu partida e saiu. Segundos depois, alguém me abraçou.—Oque está te incomodando tanto para ter se isolado e bebido sozinha? – Perguntou Willian, passando a ponta do nariz no meu pescoço.Solte
Respirei fundo e fechei meus olhos, sentindo a ponta dos dedos dele tocarem meus braços de forma sensual enquanto eu ainda me mantinha com as mãos em seu peito.O toque dele foi subindo lentamente me causando arrepios e então, ele chegou ao meu pescoço e me puxou para ele, nos deixando a milímetros de distância.Dava para sentir o calor do corpo dele próximo ao meu, os olhos dele me olhavam de forma voraz anunciando estar prestes a me devorar. E o hálito quente e refrescante dele tocava suavemente o meu rosto.Acho que eu ainda estava sob efeito do álcool, porque só aquilo foi o bastante para me fazer engolir seco e o encarar de volta com intensidade.—Mia, eu quero muito te beijar. Não só beijar como também quero te tornar minha, mas dessa vez só minha! – Disse ele com sensualidade, me fazendo fechar os olhos instantaneamente.Eu até que me senti mexida com aquelas palavras, mas de repente minhas lembranças me traíram.Naquele instante, minha mente voltou em anos atrás, quando a voz