Dominic
Durante toda a manhã, Cachinhos conseguiu evitar nosso contato, não nos dando a mínima chance de ficarmos juntos. Por isso, foi uma surpresa encontrá-la descendo as arquibancadas ao lado de Lexy. Meu Deus, como ela estava incrível naquele short de ginástica! Nunca havia sido tão grato ao Senhor Harry por ter decidido implementar aulas mistas; aquele era o momento ideal para me aproximar dela. Ela estava acompanhada de Lexy, o que tornava as coisas mais fáceis, já que eram amigas. Porém, para minha frustração, Andrews estava com a mão na minha mulher e na minha irmã. — Oi, baixinha! — ouvi Andrews dizer, enquanto a abraçava junto a Lexy. — Oi, Andrews — respondeu Lua, de maneira tímida, como se estivesse incomodada com o contato físico. Meus punhos se cerraram com força, lutando contra a raiva e tentando não partir para a briga ali, na frente de todos. — Sério, Andrews? Já está correndo atrás da novata? — Violet disparou, cheia de ciúmes, como sempre que a atenção não estava voltada para ela. — Vá se danar, Violet! Você está com ciúmes porque elas são muito mais atraentes que você! Num piscar de olhos, percebi que Calebe estava em cima de Andrews, desferindo socos. — FALA ASSIM DELAS NOVAMENTE E EU TE MATo! — gritou ele. — Tira a Lua daqui, vamos ajudar Calebe e depois nos encontramos — disse Noah, puxando Nate para afastar a briga. Puxei nossa pequena morena pelo braço, sem chance de protesto, mas levei um soco nas costas. Empurrei-a contra a parede do vestiário, usando meu corpo para que ela não conseguisse escapar. — Para com esse teatrinho! Digo de forma séria, tentando mantê-la no mesmo lugar. — Que merda! Me solta! Não preciso de você ou de ninguém para me proteger! Ela diz com raiva com o rosto bem perto de mim. Segurei seu cabelo, imobilizando-a, enquanto com a outra mão segurava seu pescoço. — Você ainda não percebeu o efeito que causa em nós? — Que efeito, Petrovec? Você deve estar me confundindo com as líderes de torcida que lambe o chão onde vocês pisam. — Não, não quero lamber elas da mesma forma que quero explorar cada parte sua — disse, inclinando-me para seu ouvido, inalando a fragrância de baunilha com laranja que ela exalava. Seu aroma me deixava completamente anestesiado. — Dominic! — ouvi-a chamar de forma manhosa. *Como eu adoro quando meu nome sai da boca dela!* A encarei a poucos centímetros de distância, e percebi que ela olhava para meus lábios. Então, ela me puxou para mais perto, envolvendo meu pescoço com suas mãos. Surpreendentemente, nunca havia beijado alguém de forma tão suave como fizemos naquele momento. — Você não deveria ter feito isso, Lua. Se não tem interesse em ficar conosco, não vamos te deixar em paz — disse, encostando minha testa na dela tentando me controlar. O clima estava carregado, mas ao mesmo tempo eletrizante. Sentir Lua tão próxima, mesmo com a confusão ao nosso redor, fazia meu coração disparar. Era necessário ser cuidadoso, mas a maneira como ela me olhava, desafiadora, era impossível de ignorar. — Você realmente acha que pode me prender assim? — disse, com um sorriso provocante. — Não só posso, como vou — respondi, puxando-a um pouco mais para perto, meu corpo pressionando o dela contra a parede. O calor entre nós era intenso, e a tensão no corredor parecia aumentar. Lua era uma combinação de força e fragilidade, e isso me atraía. Olhei em seus olhos, tentando decifrar o que ela realmente sentia. Estávamos em um jogo arriscado, e eu sabia que poderia sair do controle a qualquer momento. — Você não pode me controlar, Dominic — afirmou ela, mas o olhar dela, fixo em mim, mostrava que estava tão envolvida quanto eu. Enquanto tentava entender as emoções que me cercavam em relação a Lua, percebi que precisava ser honesto. Não se tratava apenas de atração física; era sobre o que ela estava significando para mim. Tentei manter a calma, mesmo com a adrenalina correndo em minhas veias. — Queremos que você seja nossa Lua, e estamos mais do que prontos para lutar por você. Ela me encarou, e, por um instante, o mundo ao nosso redor desapareceu. Calebe Após a confusão no ginásio e a punição de estar fora do próximo jogo, procurei Lua em todo o refeitório, mas não consegui encontrá-la. Onde uma pianista nerd poderia estar? Corri em direção à biblioteca e, ao entrar, esbarrei na senhora Meireles. — Proibido correr aqui, senhor Gray. — Desculpe, senhora Meireles. — Lembre-se, aqui é uma biblioteca, não um lugar onde você e seus amigos podem fazer o que quiserem. — Claro, senhora Meireles, não vou causar problemas — respondi, de forma sarcástica, enquanto continuava a busca pela pequena pianista. Finalmente, a encontrei no último corredor, lendo e devorando um sanduíche. Aproximando-me lentamente, e ela levantou a cabeça, desviando o olhar do livro. — O que você quer, Calebe? Ela me pergunta de forma séria, e percebo que a situação está pior do que realmente pensei. — Podemos conversar? Digo em um tom ameno me sentando ao seu lado, e vejo o momento em que ela puxa as pernas em forma de proteção. — Não — respondeu, voltando a prestar atenção ao livro e tentando me ignorar. — Sei que sou a última pessoa que você deseja ver, mas não consegui me conter ao ouvir o que Andrews disse sobre você. Finalmente Digo soltando todo o ar que nem sabia que estava segurando. — Você é apenas uma das quatro pessoas que eu não quero ver; Dominic, Noah e Nate também estão nessa lista. No fundo, sabia que isso era um caminho complicado, mas algo dentro de mim insistia que tudo que envolvia Lua valia a pena. Após tanto tempo tentando ignorar meus sentimentos, estava pronto para enfrentá-los. Quem sabe, Lua pudesse perceber que não éramos apenas quatro caras perdidos, mas amigos dispostos a lutar por ela. Eu sei que tudo isso seria uma montanha-russa emocional, mas eu estava preparado para a jornada, independentemente do que acontecesse. Naquele momento, tanto eu quanto os caras sabíamos que precisaríamos enfrentar não apenas nossos sentimentos, mas também as consequências de um amor compartilhado. — Por que você fez isso, Calebe? — Fiquei com ciúmes porque gosto de você, Lua. E Dominic, Nate e Noah também. Ela me olhou com aqueles lindos olhos escuros, perplexa. — Como assim, Calebe? Você quer que eu namore você e seus amigos? — questionou, em tom de brincadeira, mas seu sorriso desapareceu ao notar a seriedade do meu olhar. — Isso é loucura! Vocês quatro devem estar malucos! — Não, Lua, estamos sendo sinceros. Gosto de você e faremos o que for preciso para que você seja apenas nossa. — Por que vocês quatro não ignoram minha existência e fingem que não existo? Não quero nada com nenhum de vocês! Lua Levantou-se, pegando sua mochila e indo embora deixei-a ir e voltei ao refeitório, sentando-me ao lado dos caras. — Então, você a encontrou? — Nate perguntou, empurrando minha bandeja. Acenei com a cabeça, confirmando. — E então? — Dominic questionou, todos me olhando com esperança. — Acho que estraguei tudo — respondi, deixando-os frustrados. Enquanto isso, a frustração dentro de mim aumentava. Não se tratava apenas de Lua; era sobre o que eu sabia que precisava fazer para provar a ela que éramos mais do que amigos. O que Dominic e os outros não entendiam era que eu não estava apenas lutando por ela, mas lutando por todos nós. — Precisamos encontrar uma maneira de consertar isso! — exclamou Noah enquanto coçava sua cabeça de forma séria. O restante do dia parecia uma eternidade. Quando finalmente as aulas terminaram, vi Dominic, Nate e Noah correndo atrás de mim. — Por que você está correndo? Dom me pergunta acompanhando meu ritmo junto com os outros. — Quero encontrar a Lua e levá-la para casa. Digo ainda com um pouco de esperança. — Tarde demais! Quem é aquele velho? — perguntou Dominic franzindo sua testa de raiva. — O motorista dela. Ela está brava com a gente, Dominic. Digo a ele — Com a gente não, com você, projeto de Karate Kid! Ele diz e automaticamente solto uma risada inseparável — Vai se danar! — retruquei, rindo. Entramos no carro em direção à minha casa. Ao chegarmos, minha mente estava uma tempestade. A ideia de um relacionamento com Lua e meus amigos parecia, ao mesmo tempo, uma bênção e uma maldição. Como poderíamos compartilhar alguém tão incrível sem que isso nos destruísse? Passamos a tarde observando nossa pequena em seu quarto, estudando, lendo e brincando com seu gato preto. — Você precisa falar com ela — disse Noah, quebrando meu silêncio. Ele sempre teve uma maneira clara de ver as coisas, mesmo quando eu estava perdido. — E se ela não quiser? — perguntei, sentindo o peso da incerteza. — Você nunca saberá se não tentar — respondeu, com um olhar determinado.Lua Quando chego em casa me deito e em minha cama e penso em tudo o que houve hoje durante o dia, não consigo acreditar que Dominic,Nate, Calebe e Noah realmente estão gostando de mim e se tudo isso não apenas passar de um joguinho com a novata da universidade, mais o mesmo tempo penso no beijo de Noah e de Dominic. Como séria possível você sentir atração por quatro pessoas ao mesmo tempo.O que meu pai e Abuelita pensariam se isso caísse no ouvidos deles, já sofri muito antigamente com toda a possessão que meu pai sentia pela minha mãe, e todas as agressões e brigas que eram praticamente todos os dias por traições infundadas da parte da mente de meu pai.Vejo a hora e decido tomar um banho rápido, coloco meu pijama e desço para o jantar passo a maior parte da noite com Rosa e Abuelita na cozinha, como meu pai graças a Deus quase nunca está em casa passo muito tempo com elas e amo isso é como se parte da minha mãe ainda estivesse com a gente, Rosa c
Lua Após uma noite agitada, acordo e me dirijo rapidamente ao banheiro para me preparar. Ao olhar meu celular, percebo que Calebe me enviou duas mensagens pedindo que eu me arrumasse, pois eles iriam me levar para a universidade. No entanto, não irei facilitar as coisas só porque eles me pressionaram a ser a namorada deles. Não permitirei que decidam por mim e farei o que for necessário para fazê-los desistir dessa ideia absurda.Decido ir com meu motorista, ignorando todas as chamadas e mensagens que vêm dos quartos. Enquanto organizo meus materiais no armário, a porta se fecha de repente, me pegando de surpresa.— O que você pensa que está fazendo? — pergunta Nate com raiva, sua veia pulsando na testa.— Estou arrumando meus livros para a primeira aula — respondo, tentando mudar de assunto.— Não se finja de desentendida. Por que não quis vir conosco? — Noah pergunta, me encostando contra o armário, os quatro formando um bloqueio ao meu redor, sem se
Dominic Minha cachinhos, como pode ser tão linda, eu queria estar com ela, o que mais temia aconteceu me tornei o idiota apaixonado que virou cadelinha da mulher, me assusto um pouco com esse sentimento mais é tão bom estar com ela perto de mim. Saio da nuvem de pensamentos quando Violet, Juli e Ana vem à nossa mesa fazer o que sempre fazem para tentar chamar atenção para elas. - o que vocês conversaram com a novata? Juli pergunta passando a mão no pescoço de Calebe. - Não te interessa. ele diz de forma ríspida. - Nossa Calebe, o que houve com você que está tão sério hoje? Ana vai em sua direção, alisando suas mãos em seus peitos. - Posso te ajudar a aliviar essa tensão antes do jogo se quiser? O olhar de nossa pequena está fixo em nossa mesa, especificamente em Calebe, Ana e Juli. Só falta ela desistir de ir ao jogo por conta da palhaçada dessas duas vadias. - Porque vocês três não dão o fora daqui, eu não quero comer nenhuma de vocês. Pelo men
LuaMinha última aula é no conservatório de música. Ao chegar, vejo Travis e me sento ao seu lado, quando ouço uma voz exaltada:- "Saia de perto dela agora!"Travis e eu trocamos olhares assustados, percebendo Caleb e Dominic nos encarando com olhares furiosos.- "Vocês nem fazem parte dessa aula!" Travis responde, mas, de repente, Dominic o puxa pela camiseta.- "É pra sair, porra! Se chegar perto dela novamente, eu arranco seus olhos!"- "Dominic, larga ele agora," murmuro, tentando evitar chamar atenção. Dominic empurra Travis, que cai no chão, atraindo olhares, mas logo todos se voltam novamente para a aula.- "Acho melhor eu me sentar lá atrás," digo, enquanto Dominic mantém seu olhar fixo em Travis, mas acaba me seguindo até o fundo da sala. Caleb e Dominic se sentam ao meu lado.- "O que vocês estão fazendo aqui?" pergunto, irritada.- "Tentando impedir que você fuja de novo," afirma Caleb.- "Eu não vou fugir," respondo, defendendo-me, e eles
NateA raiva me consome, e esforço-me para não perder o controle e ir atrás daquele desgraçado. Tudo isso é culpa dele. Puxo Lua pelo braço, arrastando-a pelo estacionamento, desconsiderando seus gritos exagerados. Ao encostá-la contra a parede, digo:- Esta é a primeira e última vez que você me bate. Não vou aceitar isso, Lua. Ela me olha, os olhos cheios de medo, paralisada. - O único lugar onde aceito que minha mulher me bata é na cama. Faça isso de novo e haverá consequências.- E o que você vai fazer? Vai me bater, como quer fazer com o Andrews? Ela responde com raiva.- Nunca agredi uma mulher e não vou começar agora.- Sabe o que me deixa mais furioso? É saber que você está aqui preocupada com ele, e não por nós. Tivemos que praticamente implorar para você vir ao jogo hoje.- Se eu soubesse de tudo isso, Nate. nem teria vindo. Estou aqui porque me preocupo com vocês, ela diz, com os olhos marejados.- Nate, por favor, deixe isso pra lá. Nã
NateA única coisa que dominava meus pensamentos era como eu poderia acabar com Andrews. Ele iria se arrepender de ter olhado para minha mulher. - E agora, a última luta da noite: nosso campeão invicto, Nate Yosaki, contra seu companheiro de time, Andrews Martínez.Ao entrar no ringue, meu olhar se fixou na Lua, que estava bem na frente, cercada por Noah, Calebe e Dominic. Assim como eu, eles também estavam furiosos com a situação, então decidi não comentar sobre ter colocado Lua na primeira fila para assistir tudo de perto. Lua precisava entender que nem todos eram seus amigos; ela era nossa, e havia muitos homens com segundas intenções ao seu redor. Se dependesse de mim, eu os afastaria. Sabia que, após essa noite, ela ficaria irritada conosco, mas era crucial que compreendesse sua posição.A luta começou e fui logo para cima de Andrews, que reagiu e me encurralou na borda do ringue.- Pronto para morrer, Andrews?- Pode vir, Yosaki. Não tenho medo de você.
Lua— Eu prometo que nunca faríamos nada para te machucar, você é o que mais amamos. — diz Calebe, enquanto sinto todos os olhares direcionados a mim. Era necessário compartilhar tudo o que sentia; havia jurado a mim mesma que não viveria a mesma vida que ela. Sinto suas mãos acariciando meu corpo até que, finalmente, adormeço. Ao acordar, sou surpreendida por um peso em minha barriga. Olhando para baixo, vejo um cabelo preto liso repousado sobre ela e, ao tentar virar o rosto, percebo que há uma cabeça no vão do meu pescoço, como se estivesse me cheirando. Ao meu lado, um braço todo tatuado me revela que é Calebe; assim, o corpo à minha esquerda deve ser Dominic ou Noah. Nunca dormi tão bem como naquela noite. Se pudesse, permaneceria ali o dia todo, mas a pressão da bexiga me trai e, delicadamente, me levanto em direção ao banheiro. Ao sair, analiso os quatro deitados. Nate se levanta e se aproxima, envolvendo minha cintura com suas mãos.— Bom dia, me
LuaDirijo-me à saída em direção ao estacionamento para aguardar meu motorista, quando sou surpreendida por Lexy, que me puxa para um canto.— Ai, meu Deus, que susto, Lexy! Me avisa antes!— Desculpa, mas eu precisava conversar com você!— Sobre o que?— Dominic.— Sobre o que você quer conversar a respeito dele?— Ele realmente gosta de você, Lua, e os outros também. Nunca vi eles tão obcecados por alguém.— Olha, Lexy, se você me chamou até aqui para me criticar ou algo do tipo, eu dispenso. Já tem gente fazendo isso neste lugar.— Não, eu só não quero que você machuque Dominic. Ele é a única família que tenho, e eu realmente me importo com ele.— Mas e seu pai e o Travis?— Nem tudo é como parece. Dominic não é a pessoa que todos dizem que ele é.— Obrigada por compartilhar isso comigo. Fiquei feliz em saber o quanto ele é importante para você.— O que você vai fazer à tarde?— Tenho aula de piano!— Mudança de planos, cunhadinha! Você vem co