Martina Ross
[...]
— Ele acabou ajoelhado.— Conto para Vanessa. A encontrei deitada em sua cama, enquanto lia um livro.
— Não acredito.— Em tom de surpresa ela falou.— E o que você pretende fazer agora?.— Questionou.
Queria eu ter a resposta para essa pergunta, o golpe foi baixo, tudo tão... doloroso, uma dor pela qual não quero passar novamente. Esse é o problema dos relacionamentos, cada um faz o máximo para não magoar o próximo, e acaba se magoando.
— Nada.— Disse simples.— Ele não confiou em mim.
— Não estou querendo ficar entre nenhum dos dois, mas olha para o lado dele, você tem uma péssima reputação por esses lados. — Deu uma leve pausa.— É claro que, depois de ver a foto ele sentiu-se traído.
Mesmo que eu quisesse negar, ela tinha razão, minha reputação sempre estará atrás de mim. As pessoas nunca esquecem as coisas que você faz m
Brian BlancIdiota!Uma merda de um idiota, é como me sinto agora. Nesse momento entendo o verdadeiro sentido da frase " As vezes, algumas coisas não são o que parecem".Julguei Martina pelo passado, fui o errado dessa vez, a culpei por algo que a mesma não fez. A foto, aquela maldita foto. Maldita Carla.Arrasado movo meu corpo de volta ao quarto, assim que entro, Carla está sentada em minha cama totalmente sem camisa exibindo assim os seus seios.- Coloque uma roupa.- Anunciei com a voz alta.- Agora.- Mandei.Mostrando seu descontentamento, Carla revirou os olhos umas, duas, três, vezes? Não consigo contar ou olhar para ela. Depois dela caminhar até o armário e pegar uma das minha camisetas Brancas, Carla a colocou cobrindo o seu corpo. Queria que ela estivesse vestido minhas camisetas, e não Carla.—Acabou o drama. —Falou calmamente enquanto caminhava até mim depositando seus br
Martina RossDeitada no chão gelado do quarto, consigo sentir sua frieza, entrando em contato com os pelos, ao pouco atinge minha pele. Enquanto observo o teto, consigo por algum momento, tirar minha mente daqui. Tirar ela dele.— Pensativa! — Exclamou Vanessa. A mesmo recolhe as coisas jogadas por em em meio ao ataque de fúria.Porque eu estava tão zangada? Depois de tudo, não consigo encontrar nenhum motivo para isso. Eu realmente faria o pior.— Um dilema . — Digo enquanto removo meu corpo do chão gelado.— Conte. — Vanessa ajeita sua cama enquanto fala.— Rápido. — Tentou ser rija mas em vão.— Calma gnomo de jardim. — Seu olhar ficou um tanto surpreso. A chamava de gnomo quando a conheci. Era é tão pequena, queria apenas pegar nela e colocar em um pote só para, a proteger de todo mal. — Ir ao jantar na casa dos pais do Brian, ou ignorar tudo e ficar aqui.
Brian BlancDepois de alguns minutos, Martina finalmente adormece. Seu corpo em total repouso junto ao meu, descansa levemente. Olhando tranquilamente para ela, percebo que sua cabeça se encontra em uma posição nada agradável junto a janela do carro. Com cuidado e muita calma, estendo meus braços até ao seu corpo a puxando para perto. Colocando sua cabeça em minhas pernas, Martina descansa em um sono profundo, deslizo meus dedos em suas bochechas rosadas, fazendo um caminho até ao seu cabelo, Entrelaço seu cabelo em meus dedos até que o carro para com agressividade, e Martina acorda.— Que merda. — Esfregando a cara, Martina resmungou. — O que você faz aqui?.— Questionou ao me ver. O efeito da bebida já deve ter passado, ela não lembra de nada.— Você pediu para que eu viesse. — Tentei continuar, mas seu dedo indicador para em meus lábios.— Não fala.— Pediu.Em silênci
Martina RossUm mês!Um mês se passou desde a briga com o Brian, palavras jogadas fora cortaram mais que uma espada aguçada e afiada. Lembranças da sua existência ainda vagavam pela minha mente.Como? Por que? Eu?Eram tantas perguntas, o único que poderia responder a todas com total certeza, era ele. Infelizmente, depois do ocorrido, dói de todas as maneiras ficar ou sentir sua presença. Achei que ele fosse meu. E se foi meu porque o perdi?Esse período de afastamento, foi marcado por total silêncio. Até o dia, aquele maldito dia. Ainda me lembro, Brian apareceu em meu quarto com rosas em sua mão. Foi horrível, brigas e mais brigas, e no final...no final ele decidiu sumir. Raramente o vejo, mal sei como está sua família.[...]A chuva caia com tanta intensidade, observar as gotas da chuva escorrerem pelo vidral, era algo que me transmitia um
= Brian Blanc=Não sei como consigo chegar ao aeroporto internacional a tempo, mas chego.Depois de muita conversa jogada fora, James e Nicolle seguem seu caminho para fora do aeroporto, enquanto eu, bom estou passando pela área da embarcação rumo a França." Depois de passar por essa porta, não tem mais volta" pensei.E aqui estou no avião, com um assento vago ao meu lado, com a mente a mil e o coração vazio. " Porque ela não veio?" Essa pergunta martelava em minha cabeça. Tentando afastar cada lembrança dela em mim, balanço a cabeça algumas vezes. Levanto e caminho pelo corredor revestido a preto em seu piso, o cenário das poltronas é basicamente comum, almofadas e travesseiros fofos para todos.- Desculpe. Você precisa se sentar, estamos prestes a levantar vôo.- Pediu a aeromoça assim que se p
= Martina Ross= Meus dias se tornaram preto e branco, sem nenhuma cor vibrante para devolver a vida. Sem ele. Meu lugar colorido se tornou escuro novamente, as cores que Brian colocou em mim, aos poucos foram se apagando. Eu as apaguei. Tento seguir com a vida e esquecer tudo. Deixar para trás e apenas recomeçar, dar uma nova chance a mim e ao meu coração. Passei os últimos dias repetindo a mesma rotina. Tomar um cappuccino e comer biscoitos amanteigado, em uma cafeteria perto daqui. Ficar lá por alguns instantes transmitia paz, eu poderia observar rostos desconhecidos com diferentes emoções, alguns sorrindo e outros apenas frustrados com a vida. Um lugar funcionando como uma válvula de escape. [...] Acordo com raios de sol iluminando uma parte do quarto, tentar dormir seria impossível, a claridade tirava isso de mim. Com pesar movo meu corpo para fora da cama, olhar para esse qua
A música soa alta tirando meu sono, aos poucos abro os olhos em busca de um rosto familiar, ou algo que me traga de volta ela. Assim que abro os olhos definitivamente, me apercebo que passei a noite no sofá, Lilly dormiu em minha cama. Ainda não consigo processar o tipo de garota que ela é... tão fora do normal. —Acordou. — Disse Lilly sorrindo. — Com essa música, qualquer um acordaria. — Respondi indiferente. Minha cabeça lateja de tanta dor, coloco as mãos na mesma tentando massagear em fases. A música para, Lilly se mantém no sofá de couro ao lado, seu olhar curioso recaí em mim.Assim que alcanço sua face, pestanejo duas vezes. Seu corpo está coberto por uma camiseta vintage retro, que provavelmente seja minha — Legal. — Suspirei. — A camiseta ficou bem em você. — Tornei a olhar a peça que cobria parcealmente suas coxas. Lilly não é alta, entretanto também não é baixinha, sua altura é média. — Obrigada. — Senti a vergonha carregada em sua voz. — Tomei a liberdade de pedir o
Árvores! Sinto a brisa embalar meu corpo, o arrepio se formar em minha pele, a mata tira o meu suspiro. Suas árvores de diferentes formas e tamanhos, exibindo o seu verde realçam a beleza do local. Olhei entre os arredores em busca de algo familiar. Alguém familiar. Ao longe, distante dos salgueiros inclinados, eu o vi. Sua regata branca exibia seus músculos definidos, seu cabelo cresceu debatendo com suas bochechas morenas. A escuridão daqueles olhos castanhos me fitaram. Apenas um olhar foi suficiente, meu corpo reagiu a ele, a ansiedade, o nervosismo, arrepios, sensações que apenas ele causava em mim. — O que você gostaria de contar. — Sua voz soou juntamente com o murmúrio do vento em minha pele. Com as mãos no bolsos da calça jeans preta, Brian contorce seu corpo no tronco do salgueiro. — Eu gostaria que você estivesse bem aqui agora, e tudo ficaria bem. — Sussurrei. — Eu estou aqui. — Sorriu. Enquanto caminha até mim sinto meu corpo reagir a sua presença, minhas mãos tré