Pois não preciso de ninguém se esgueirando ou xeretando minha vida. Não quero esse tipo de convivência. Já faz tempo que vivo por mim mesmo e resumi minha vida ao convívio apenas com meu irmão e mais ninguém! “Ei, seu merda! Esqueceu que está na minha casa!”, me lembra ela.“Além de boca suja, faz pior ainda, fica bisbilhotando a vida dos seus hóspedes!!!” Solto sem pensar muito. Mas quando acho que ela iria me revidar, Hugo aparece, mudando as coisas de lugar. Nem se dando conta do ringue que havíamos montado na sala da sua casa. “Oi crianças, conseguiram descansar???”Ninguém responde nada para ele. Ela parece que não iria mais para a cozinha, e sua cara deixa claro que, se pudesse, arrancaria minha cabeça ali mesmo. Perdi também a graça de tomar uma caneca de café. “Vamos tomar café??”, nos convida Hugo. Ela está com tanta raiva, mas nem ligo, não me importo, isso trará ao menos a distância que preciso. “Desculpa papai, já estou de saída”, diz disfarçando a raiva. Ness
Acabei ficando na casa da minha família, quase não vejo minha mãe e com isso evitamos discussões desnecessárias. Pedi para Moni orientar as meninas a mandarem minhas roupas e mais algumas coisas para cá. Não sei quanto tempo vou ficar e também não estou pensando nisso.Mesmo não gostando de ficar na cidade, o momento não se trata do que eu gosto, mais do que é necessário. Combinei de passar no hospital e deixar alguns livros que Ícaro me pediu para comprar.Entro sem bater na porta, porque se ele estiver dormindo eu não o acordo.E quando abro a porta dou de cara com ela... a mulher que anda pairando em minha mente feito urubu... Marcela!Já fazia vários dias que não tinha notícias dela. E a droga é que eu não queria vê-la.Essa mulher tem sido meu tormento dia e noite, até quando não quero lá está o rosto dela.E com essa indisposição acabo soltando:"Ah não, você aqui!"Ela não me responde e nem olha para mim, e sai falando:"Ícaro, foi maravilhoso ganhar esse tempo com você, na
Hoje, um dos rapazes me convidou para relaxar em um pub que eles frequentam. Pensei que seria muito bom tirar algumas horas para relaxar e assim eu fiz! Joguei algumas partidas com meus amigos e devo confessar que valeu a pena! Estar com meus amigos me fez desligar um pouco das minhas preocupações. Agora estou sentado em um dos bancos e o Augusto, meu amigo da faculdade, se senta ao meu lado, entregando-me uma cerveja gelada.“Sinto falta do Ícaro aqui”, comenta Augusto.“Nem me fale, até sinto falta dele enchendo meu saco”, respondo.“E aí, como vão as coisas?”“Indo... um dia de cada vez”“Isso é difícil”“Você nem imagina, cara, nem imagina!”“Passei pelo hospital outro dia, acho que é o mínimo que posso fazer”“Ele me contou... disse que deu boas risadas com vocꔓPois é, contei sobre minha vida amorosa e ele não aguentou”“Você ainda espera encontrar a mulher certa?”, pergunto, enquanto dou um gole na minha cerveja.“Olha, Urias, não sei mais o que estou buscando. Quebrei a c
Por mais que tenha achado graça no desfecho da nossa conversa, aquela troca de palavras com Ícaro continua ecoando na minha mente. Preciso urgentemente de uma pausa, caso contrário, vou enlouquecer. Recentemente, Augusto me ligou e combinamos de nos encontrar com os rapazes para uma partida de bilhar. "Cara, nós fomos fazer os exames de compatibilidade", ele me disse. Fiquei impressionado com a iniciativa deles.“E então?", perguntei. O semblante de Augusto tornou-se sombrio. "Puxa, Urias, nenhum de nós é compatível. Levamos até mais alguns caras, na verdade, uns vinte, e nada!" Que merda!Essa espera está consumindo os dias do meu irmão. Não sei até quando ele vai aguentar. "Bom, cara, obrigado por mais essa", falo. "Você sabe que somos uma irmandade e pode contar comigo." E com essas palavras, nos abraçamos.Hoje, literalmente, deixei as rédeas soltas e perdi o controle; bebi como há muito tempo não fazia. Estou parecendo o primo do Bob Esponja, só que embriagado. Meu D
Com essas palavras, envolvo-a por trás, deixando claro minhas intenções. Estou ávido para levá-la a lugares que talvez nem saiba que existem. Seguro-a firmemente enquanto sinto seu corpo tenso com nossa proximidade. Deslizo minha mão por seu braço e, com o outro, a aperto ainda mais contra meu peito."Amo… esse seu cheiro!", murmuro, provocando-a com minha voz baixa, enquanto minhas mãos exploravam seu corpo.Percebo sua indecisão, sua impotência diante da situação. Aproveito-me disso e devoro sua pele com meus lábios, buscando dominá-la.Se estive embriagado por um momento, agora estou enfeitiçado por ela! Minha boca marca cada pedacinho da sua pele, enquanto ela se entrega completamente às minhas carícias. Estou desesperado por essa mulher, precisando dela como nunca precisei de ninguém antes!Giro-a para mim e tomo posse de seus lábios, despejando sobre ela minha necessidade, urgência e determinação. Alcanço a redenção que busco, deixando claro o que quero enquanto a beijo, m
Saí da casa da Marcela logo após tomar meu café. Evitei prolongar minha estadia para não criar um clima estranho na presença do pai dela. Solicitei um carro pelo aplicativo e fui buscar o meu no Pub. Em seguida, passei em casa rapidamente para trocar de roupa antes de ir para o trabalho. Não tive mais contato com a Marcela depois disso, o que foi bom. Se pudesse voltar atrás, teria evitado que isso acontecesse. Não porque não tenha sido uma experiência agradável - na verdade, foi incrível! - mas porque não quero que a Marcela interprete mal nossos encontros e espere que se repitam. Preciso tirá-la dos meus pensamentos e manter uma certa distância entre nós.Algum tempo depois…Ao chegar na empresa, sou recebido por um diretor que já me aguardava. "Bom dia, Santos. Algum problema?", indago de imediato. "Infelizmente, sim, Urias", responde ele com uma expressão preocupada. "Pela tua cara, parece que a coisa é grave", comento observando seu semblante tenso. Santos coça a cabeça
Se não tinha competência, não deveria ter assumido a responsabilidade. Seu amadorismo está me deixando ainda mais irritado. Estou tentando manter a calma, mas está difícil."Bom, filha, já pedi para o nosso pessoal de marketing trabalhar em algo para minimizar os danos... Chamamos você aqui para discutir o ocorrido e encontrar uma solução", tenta acalmar Gregori. "Amadorismo é terrível! Falei que precisávamos de uma empresa mais experiente, mas minha mãe teimou em ceder aos pedidos dos amigos", reclamo.Eu não posso acreditar que ela foi capaz de um descuido desse. "Ei, Urias, controle-se, as coisas não são tão simples... Marcela é muito competente e responsável, algo deve ter acontecido fora do controle dela", defende Hugo. "Claro que aconteceu! Se não, não estaríamos nessa situação! Ela não fez o que era devido, e agora estamos tentando minimizar os danos", argumento exasperado."Não foi assim!", interrompe Marcela. "Como não?!... Você ainda não percebeu que estamos tentando re
Depois da sobremesa, segui com Hugo para a sala, onde ele começou a falar sobre um novo plantio de parreiras, então permiti que ele mantivesse o assunto. Marcela trouxe uma bandeja com café e nos falou que iria se recolher ao seu quarto. Agradeci a ela pelo jantar e ela retribuiu com um sorriso educado. Quem nos visse agora, não acreditaria que dias atrás eu havia levado uma mordida e um belo de um tapa dela.Mas sei que Hugo não me chamou aqui apenas para jantar. Se tem algo que aprendi com ele é que ele não sabe esconder muito bem as coisas."Ok Hugo, agora que sua filha não está mais conosco, me fala, qual o real motivo de me chamar aqui. Que merda a empresa dela aprontou agora?""Por que você pergunta isso?""Porque muito provavelmente ela tenha aprontado mais alguma merda e você não quer que eu vá atrás dela.""Urias, vou relevar sua grosseria ao se referir a Marcela dessa forma.""Ahhh Hugo, você sabe...""Guarda essa língua um pouco dentro dessa sua boca, por favor!... Sim,