Há muita gente de diversos setores do mundo das vinícolas.
O lugar é bem agradável, pena que no meu estado só posso ficar no suco.Mas devo confessar que o suco de uva que estão servindo é muito gostoso. Até perguntei discretamente a um garçom a marca e vou pedir para meu pai comprar para termos em casa.Tudo está indo bem.Alexandre é bem relacionado e eu também não fico atrás, meu pai criou um legado e eu levo com muito orgulho nossa história.Estamos em uma roda de amigos, quando saio olhando ao redor apreciando o lugar, quando infelizmente meus olhos acabam por descobrir aquele a quem eu não queria encontrar: Urias!Parece que esse homem se tornou meu carma!E que merda de carma é ele!Nossa que má sorte a minha. Estava tudo indo bem e agora, estar em um mesmo evento com ele, sinto até a azia dar o ar da graça.Porque agora é assim, eu fico agitada com qualquer coisa e a azia vem com tudo.Mas respiro fundo, afinal, fAlexandre olha em volta de forma discreta, sabendo do que estou falando. Assim, meu amigo senta ao meu lado e encena o papel de meu namorado, em tom de brincadeira. Ele acaricia suavemente meu rosto e entrelaça seus dedos em meus cabelos. À distância, percebo Urias cerrando o maxilar, sua irritação é palpável diante de nossa cumplicidade. Era exatamente o que eu buscava! Devolvo o gesto afetuoso ao Ale, e aqueles que nos observam podem facilmente nos confundir com um casal apaixonado.Mas, o que eu não esperava era ver Urias agarrando a mulher que veio com ele e tomando posse da boca da moça. Eu não esperava por aquilo! O beijo não é só um beijo, mas um beijo daqueles que só devem ser trocados dentro de quatro paredes. Meu tiro saiu pela culatra. Que merda! Uma raiva inesperada surge em mim, uma irritação sem medida toma conta de tudo. “Ale, por favor, me tira daqui agora!!!” Peço de forma desesperada.E claro, Alexandre contempl
Estamos saindo do hospital, conversando e rindo, pois meu amigo tem o dom de tornar nossos momentos, em momentos de paz e riso. Mas, distraída, acabo esbarrando em alguém de forma inesperada. Quando olho… é o Urias! Que droga! Logo agora que saí da minha consulta. Ele olha para Alexandre, que de forma protetora, abraça minha cintura. Urias olha para ele e seus braços ao redor de mim. Nessa hora, vejo ele prestar atenção em algo… minha barriga! Que nas últimas semanas acabou dando o ar da graça. Disfarço como posso a evidência, Alexandre percebe e sai falando:“Urias… você por aqui, cara?”Nesse momento, Urias lembra que não estou sozinha e sua carranca tão comum aparece.“Oi Alexandre”, responde de forma azeda.Eu fico calada!“Espero que não esteja doente?”, fala o Alexandre.Urias parece perdido, deixa claro que alguma coisa o pegou de forma inesperada, mas acaba retomando.“Não, não, só vim pegar um exame do
"Sem explicações... não me interessa saber como o Jordel está gastando seu tempo", a corto, na quero saber sobre o roteiro que o Jardel deve ter criado para impressionar a donzela ao seu lado.E continuo analisando algumas amostras que estou trabalhando. "Desculpa senhor Urias, eu me enganei em achar que poderia falar um pouco sobre seu trabalho, pois o senhor Gregory me pediu para…""Já chega Jordel!!! Não quero saber dos seus achados, você e Gregory só me causam atrasos… Agora saia e que você não me traga mais ninguém aqui, ouviu???”É nítido o desconforto do Jordel, mas odeio falar uma coisa e ver a pessoa ignorando o que pedi. Odeio gente que não sabe seguir ordens! E a donzela se apressa em salvar o pobre coitado."Vamos Jordel, não quero ser responsável em tornar nenhum vinho em vinagre"E sem nem olhar para trás ela sai na companhia do Jardel.Fico intrigado com a mocinha de queixo duro. Tirando minha própria mãe e a Mônica, que sempre
Não vou abrir mais espaço, pois ela parece ter um poder de mexer com meus sentidos. Preciso ficar longe dessa mulher. Isso já ficou bem claro para mim. E de repente ouço:"Você poderia me dar um pouco de privacidade?!?"Fico parado, quando ouço o que me diz.Estou à mercê daquela visão, e sua voz alcança algo ainda mais forte em mim.Pareço estar enfeitiçado! Ela é incrivelmente linda! Deus não economizou ao fazê-la.Sua voz me alcança de novo."Seria pedir muito, que você me deixasse sozinha???”Vejo que me perdi em seu encanto mais uma vez. Que mulher é essa?!?E sem me responder nada, saio colocando meu chapéu de volta em minha cabeça e me viro para ir embora. Escuto o barulho das águas do riacho, sabendo que muito provavelmente ela tenha saído dele. A tentação de olhar para trás e dar uma última espiada nela é enorme, mas resist
Mas a maldição de uma rajada de vento entra pela janela do passageiro e alcança meu nariz.E como num passe de mágica sou levado a dias aos quais eu não queria ter me lembrado, não agora. Aquele sorriso, aquela alegria, aqueles momentos felizes começam a surgir em minha mente. Momentos que eu não queria me lembrar. Dias que eu queria de fato me esquecer. Eu não posso com essas malditas lembranças, essa menina faz essa caixa tão fechada por mim se abrir de maneira que eu nunca vi acontecer. De forma inesperada paro o carro, desço e vou até a traseira da Silverado.Preciso de espaço, assim não irei conseguir levá-la para a casa sede. Que maldição!Porque reviver tudo isso agora?!?]Já não basta ter vivido uma vez, não preciso de reprise.Eu sei que já fui feliz!Eu sei que já tive alguém especial em minha vida. Mas isso é passado, jurei nunca mais me deixar ser enganado assim!E como se não pudesse ser ainda pior, ela sai
“Ela precisou voltar para a cidade” Hum, por essa eu não esperava, estava já me organizando para sair fora e então com isso, não preciso sair da fazenda, menos mal. “Ela conseguiu alguns dias para descansar, mas precisou voltar, espero que volte em breve. Você iria gostar de conhecê-la!” “Vocẽ sabe que não estou a procura de companhia, não é?” “Urias, não estou falando de amor eterno, estou falando de amizade. Você precisa da convivência com pessoas da sua idade de vez em quando. Fica o tempo todo do bangalô para o laboratório, do laboratório para o bangalo. Só vem aqui quando precisa de algo e enfim, não acha que é muito novo para viver uma vida tão silenciosa e reclusa assim?” “Moni, minha cota de sociedade já deu! Prefiro o canto dos pássaros, as conversas vazias. Prefiro o som do riacho, a falação desnecessárias” “Ah Urias, a vida não é só isso menino!” “Para mim é, e estou bem satisfeito com isso”
Minha mãe parece desacreditar no que ouve. "Não é possível!!!”, fala meu irmão descrente com o que acabara de ouvir. O horror alcança o rosto de todos. "Mas e agora?!?”, pergunta Marcela, já à beira do desespero pelo que percebo. Nem dou atenção, porque nem sei o que ela está fazendo aqui. Não tenho tempo para frescuras de mulherzinha. Vejo o medo alçando o rosto de todo mundo e para amenizar as coisas saio falando: "Peguei um outro vinho que já estava pronto, fiz os demais testes, mas o problema é que só poderei disponibilizar para vendas semana que vem" "Mas, quantas garrafas temos prontas agora?", me pergunta Ícaro. "O suficiente para cobrir apenas esse evento" Meu irmão está pensando no que fazer, sei muito bem como funciona a cabeça dele, pois em alguns aspectos somos muito parecidos. Não deixamos o desespero nos peg
Acabamos de resolver um problema e agora estou pensando em várias maneiras de fazer aquele rostinho lindo sorrir ainda mais. Urias, se liga cara, isso é furada e furada, das grandes! E quando estou fechando o carro ouço: "Urias, você tem onde ficar essa noite?", me pergunta Hugo. Vejo Marcela arregalar os olhos e não entendo o porquê. "Não, Hugo, mas acho que vou pegar a estrada de volta", acabo respondendo. "Não vai não, segue meu carro. Você vem para casa conosco!" E falando isso, ele fala para Marcela: "Vamos, filha!” Ela apenas entra no carro, sem dizer nada a respeito do convite do pai. Fico indeciso no que fazer, pois vejo que a donzela não gostou muito que seu pai me convidasse, mas quer saber, vou aceitar, não tenho porque não aceitar. Estou bem cansado para encarar qualquer outra coisa agora. E assim, acabo fazendo o que Hugo falou.