POV LinneaContinuei escondida enquanto o carro continuava a se mover, mas o cheiro daquelas ervas estava me dando fortes dores de cabeça, já não aguentava mais. Me movi desconfortável no chão apertado entre o banco da frente e o banco de trás. A coberta foi puxada e me levantei respirando profundamente.― Sinto muito, mas não podia arriscar enquanto estivéssemos perto do Vale do Silício. Kael é um homem muito poderoso. ― Me sentei no banco, arrumando minhas roupas.― Poderoso quanto? ― Perguntei curiosa. Os olhos brilhantes da mulher me olharam pelo pequeno espelho retrovisor.― Ele é o dono da maior mineradora de São Francisco, tem contatos de pessoas muito importantes e influentes na cidade. Pode-se dizer que, se o Kael realmente quisesse, ele poderia ter São francisco debaixo dos pés dele.A forma como Fiora falava de Kael estava me incomodando. Não parecia haver apenas admiração em seu tom de voz. Meu coração palpitava todas às vezes que pensava em Kael e já estava me questionand
POV KaelAquele falatório me irritava, mas era melhor do que ficar em casa com a tentação perambulando livremente, espalhando seu cheiro doce por toda parte. Aquela noite na piscina foi muito perigosa. Linnea estava tão linda com aquela camisola colada ao seu corpo perfeito, os bicos de seus seios eriçados por conta do contato direto com a seda, seus braços nus e a fenda lateral que emoldurava sua coxa. Para completar, ela estava com aquela venda de renda preta, o que a tornava ainda mais sensual com o leve rubor de suas bochechas. Mal tive tempo de me surpreender com seus cabelos curtos, pois já estava sobre ela, colando meu corpo ao dela, sentindo seu calor e os arrepios em sua pele.Rosnei alto, chamando a atenção de todos. Precisava me concentrar, havia problemas sérios para serem resolvidos, entre eles os estranhos movimentos vindos de Torin Kairos, que vinha assediando vários acionistas da minha empresa com a intensão de comprar suas ações a preços ridículos.― O que eu quero sa
POV Kael ― Kael, me escuta, por favor. ― Fiora choramingava do chão. ― Ela implorou para que eu a ajudasse, ela estava apavorada, disse que temia pela vida da criança. Você sabe que esse tipo de coisa mexe comigo. ― Para onde você a levou? ― Rosnei, ignorando completamente aquela conversa desagradável. Fiora, vendo que suas técnicas não estavam funcionando, limpou o rosto e se levantou. ― Ela apenas me pediu que a levasse até um ponto de ônibus. Parece que ela já estava preparada com algumas coisas de valor. ― Os olhos da bruxa estavam sérios e frios enquanto ela me analisava. ― Deixe que ela viva em paz, Kael. Não ter memória estando grávida, cercada de pessoas de quem ela não lembra, é pressão demais para aquela menina. ― Não me lembro de ter pedido a sua opinião. ― Respondi com a voz fria. Fiora bufou e saiu pela porta da frente. Mais uma vez, notei a terra em seus sapatos e na barra do vestido, mas naquele momento minha mente estava focada apenas em encontrar Linnea. Assim qu
POV Linnea Já havia se passado alguns dias, os suprimentos que Fiora deixou logo acabariam e eu tinha de encontrar uma maneira de ir até uma cidade, ou vilarejo, para conseguir velas e outras coisas. Acordei cedo na manhã seguinte, peguei apenas o que fosse necessário, me vesti para uma longa caminhada e comecei a andar pela estrada de terra. Como eu não fazia ideia de onde ficava a vila mais próxima, decidi me manter na estrada até que alcançasse o trecho asfaltado. Após caminhar mais de vinte minutos, vi uma fina fumaça escura no céu, avisando que havia uma casa próxima. Corri pela estrada, mas me deparei com a cabana de Fiora. Olhei para trás, tentando pensar se eu fiz alguma curva no longo percurso, pois tinha certeza de que apenas caminhei em linha reta. Dei as costas e voltei a andar. Vinte minutos depois a cabana apareceu na minha frente mais uma vez. ― O que está acontecendo aqui? ― Disse assustada. ― Eu sei que não fiz nenhuma curva. Isso não faz sentido. Tentei uma últim
POV LinneaA pequena não quis me dizer seu nome, então eu passei a chamá-la de fada. Era engraçado como Fada queria parecer madura em várias situações, mas suas reações quando era elogiada ou parabenizada eram tão inocentes e fofas como as de qualquer outra criança. Como havia prometido, minha amiga fada me mostrou um riacho próximo repleto de peixes, arbustos e árvores com vários tipos de framboesas, amoras e outras pequenas frutas silvestres. Nos últimos três dias, juntamos muitas frutas. Os peixes nós pegávamos apenas aquilo que iriamos consumir em dois dias, pois a geladeira já não estava mais funcionando. Por mais que a situação fosse preocupante, eu me sentia estranhamente calma com a presença da Fada.Acordei em uma manhã com a cabana mergulhada em silêncio. A fada normalmente acordava bem cedo e ficava cantarolando no andar de baixo. Me troquei e desci, mas o lugar estava vazio. Fiquei me perguntando para onde aquela criança tinha ido. As portas e janelas ainda estavam fechad
POV LinneaOs lindos olhos azuis do lobo pareciam me chamar, como se algo me puxasse até ele. Ele era lindo, com seu pelo de um branco impecável reluzindo, mesmo na fraca luz daquele lugar. Seu tamanho assustava, assim como seu porte forte e olhar afiado, mesmo que não demonstrasse nenhum tipo de hostilidade. Dei alguns passos e a pesada porta se fechou, me assustando. “Venha” uma voz grave ecoou, quando me virei o lobo estava se virando e seguindo em direção a escuridão.― Espera! ― gritei estendendo minha mão, temendo que aquela distância entre nós crescesse. ― Para onde está indo? ― O lobo olhou sobre o ombro, seus olhos ainda me chamando.Estava assustada, aquele lugar estranho e escuro me sufocava, mas eu não queria ficar ali sozinha. Caminhei atrás do lobo com passos hesitantes, minhas mãos unidas na frente do peito enquanto eu tentava olhar alguma coisa ao redor. O silêncio era ainda mais assustador do que a escuridão que nos cercava. O lobo parou por um momento e eu me aproxi
POV LinneaOs lábios macios do meu predestinado tomaram os meus lentamente, provocando e fazendo meu corpo tremer. Entrelacei meus dedos em seus cabelos, sentindo a suavidade dos fios. O rosnado que escapou dos lábios do homem fez seu peito vibrar colado ao meu. Eu queria sentir mais, queria ficar mais perto daquele calor, daquele perfume apimentado que inebriava minha mente e me deixava louca de desejo. Puxei seus cabelos, o fazendo rosnar mais alto. ― Está me provocando? ― Ele perguntou enquanto eu arrastava o indicador da minha outra mão por seus lábios entreabertos.Os caninos mais proeminentes e afiados deveriam me assustar, mas eu me sentia mais atraída por eles. Toquei a ponta fina com a ponta do meu dedo, sentindo o perigo que aquela situação representava. A ponta da língua dele tocou meu dedo, lambendo lentamente e então o prendendo entre seus dentes. Aquela sensação parecia tão real, o calor do interior de sua boca, suas mãos apertando com firmeza minha cintura, os cheiros,
POV LinneaAs palavras do alfa fizeram meu coração acelerar ainda mais. Seus dedos exploravam minha intimidade, esfregando meu ponto mais sensível enquanto outro dedo entrava e sai de mim. A mão em meu seio foi substituída pelos lábios e língua do alfa, que sugava com força meu mamilo sensível e endurecido. Aquilo parecia tão real, todos aqueles toques e carícias, os beijos quentes, até mesmo a respiração do alfa sobre a minha pele parecia tão real.Meu corpo se contorcia, a urgência e o desejo aumentando a cada segundo. Meus gemidos, antes contidos, se tornaram desesperados. Meus quadris se moviam junto aos movimentos certeiros do alfa, buscando mais profundidade, mais atrito. Meu corpo foi jogado para trás, o alfa sobre o meu corpo, seus dentes prendendo meu mamilo e o puxaram, me fazendo soltar um grito alto de prazer, seguido de uma lambida longa por toda a auréola, indo para o centro dos meus seios.― Seu cheiro está me deixando louco, Lin. Tão delicioso. ― Eles desceu pelo meu c