— Quanta besteira! Impossível Ares ter tido um filho — Ria Marcelo.
— Não, não! É totalmente possível. Não se sabe sobre o paradeiro de Antônio Callegari, e também não descobri nada sobre Ares antes dele ir para os Estados Unidos — Cassandra ponderava, ainda surpresa enquanto encarava Nathaniel — Faz muito sentido.
Nathaniel observava eles com o rosto inexpressivo quando Jake apontou aquele detalhe. Certamente isso deixava os demais apreensivos e nervosos sem saber o que pensarem. Apesar que Jake sentia ter acertado na mosca, já que a mordida incomodava.
— Mas por que raios ele ia esconder que tem um filho? E ainda mais se deixar envolver naqueles rumores! Faz sentido isso? — Júlio apontava.
Depois da intensa semana de provas e da extensa entrevista, Nathaniel dormiu mais de dez horas sob o zelo do seu alfa. Os feromônios de Jake foram o suficiente para afastar as preocupações do ômega e deixá-lo dormir sem ser perturbado pelos seus pesadelos. Claro que todo o cuidado foi estendido pelos dias seguintes, já que sua condição não era tão boa.Logo chegou o final de semana onde Rapoxia jogaria novamente. Nathaniel entrava na farmácia com as mãos no bolso e sem usar o seu costumeiro boné. Caminhando direto para o corredor dos supressores, o ômega encontrava diversas marcas, menos a que sua médica havia recomendado.— Haa… Qual eu deveria pegar? — Murmurava o ômega.Considerando
Jake já havia contado para Nathaniel sobre o seu último relacionamento, que culminou na sua expulsão na família Mckenzie. Apesar de achar um ocorrido digno de um romance, Nathaniel não deu tanta bola assim, já que agora Jake estava consigo.Só que agora as coisas eram diferentes.A pessoa que Jake costumava amar era uma pessoa bonita como um anjo querubim. Theodore era um rapaz muito bonito, ao ponto do coringa se sentir com inveja - o que não era tão difícil. Se estivesse no lugar de Jake, certamente se apaixonaria por alguém tão bonito.Inconscientemente Nathaniel retirou a máscara do bolso e voltou a colocá-la.— Ah, o seu menino já está grande.
A mordida era algo incrível e assustador.Era como uma lenda urbana que dividia multidões. Os mais velhos e tradicionais abominavam a mordida, por ser um elo inquebrável que poderia culminar em arrependimentos se as pessoas não pensassem bem em quem morder. Saber que alguém foi mordido era uma fofoca quente para os mais velhos que viviam em cidades pequenas.Por ter tanto alarde, era comum que a nova geração ficasse curiosa sobre o que era a mordida e qual era a sensação de estar ligada a uma pessoa.Jake também se questionava, e agora ele tinha a resposta.Quando ele estava na quadra, um arrepio tomou a sua espinha. Como um mau pressentimento. Automaticamente Jake olhou para a arquibancada onde suas a
A partida contra o Akaguia já tinha começado, e Jake iria entrar mais tarde. Akaguia e Rapoxia eram antigos rivais e isso era nítido no placar empatado. Claro que Milles era um adversário irritante quando estava no bloqueio, mas Matheus também lhe dava nos nervos fazendo a batalha entre capitães ainda mais intensa.E claro que eles se provocavam em quadra.— Chora Matheuzinho!!!— Vai se ferrar! — Matheus rosnava se virando para os demais do seu time — Acabem com esse sorrisinho de pamonha dele!!O time já estava em chamas pelas provocações, e ainda por cima com o pedido do seu capitão, a quadra estava no próprio inferno. Os jogadores da Akaguia eram ágeis e tinham
Claro que a vitória seria celebrada no restaurante onde Jake trabalha, todo o time da Rapoxia estava lá se divertindo uns com os outros em clima de festa até o anoitecer.Contudo, Jake tinha outros planos para aquela noite.Depois de terem comido e se divertido um pouco junto com os demais, Jake pegou as chaves do carro e levou Nathaniel para o seu apartamento. Os dois ainda estavam conversando sobre a partida, em uma atmosfera gostosa e relaxante.Na verdade, o alfa estava aproveitando aquele momento inédito.— Não sabia que você já foi capitão da Rapoxia. Estou surpreso.— Ah, quando entrei pro time tudo era muito bagunçado, a galera jogav
No programa especial, começava com uma foto de Ares com a cabeça deitada na cama enquanto olhava uma criança dormindo. E depois, havia uma gravação narrada em inglÊs por um lutador de boxe que treinava junto com Ares.1992 - Brasil.O rapaz alto de cabelos castanhos avermelhados não parava de olhar para o bebê que dormia na cama. Ele parecia hipnotizado por aquelas bochechas gordinhas e pezinhos gordinhos, além de seu peito se encher de alegria por ver tanta semelhança naquele pequeno. Ele queria tocar na mãozinha daquele pequeno ser, mas tinha medo de acordar ele do seu sono.— Ele tá encarando a quanto tempo? — Perguntava um homem musculoso, olhando para dentro do quarto.Ara
Depois de mostrar o vídeo gravado pelo lutador Frank, o programa especial mostrou diversas fotos e gravações de Ares e Nathaniel na infância. Dentre elas, havia um cartão com uma foto desejando feliz dia dos pais.1995 - Estados UnidosA academia estava em seu funcionamento como de costume, muitos clientes ansiosos para terem aulas com o bicampeão de boxe faziam fila para entrar. Desde que Ares começou a chamar atenção pelos seus golpes e - de certa forma - bela aparência, todos os lutadores daquela academia se acostumaram em ver aquele lugar movimentado.E justamente por isso que havia uma regra entre os antigos lutadores: não deixe Nathaniel sozinho.Os lutadores mais antigos se revezavam
Depois do intervalo, o programa mostrava a segunda parte do documentário que abordou os rumores sobre Ares e Nathaniel. O pico de audiência cresceu durante o intervalo, como se todos os fãs de Ares, ou meros fofoqueiros, quisessem saber - finalmente - a verdade.Afinal… Como tudo aquilo começou?…2005 - Estados Unidos.Ares olhava chocado para a foto e a nota escrita em seu verso. Já havia passado por várias situações em toda a sua carreira, algumas foram tão complicadas que ele sentia ter sido preso em um beco sem saída.No entanto, ele nunca passou por aquilo especificamente.— Isso é uma a