— Conhecer os pais dele? Cara, vocês nem estão namorando, então pra quê isso?
Matheus tinha razão, mas Jake não achava tão problemático assim.
— Eles devem ser o tipo de pais superprotetores. Tenho a impressão de que o Nathaniel tem algum problema sério de saúde.
O alfa moreno revirou os olhos continuando a secar os seus cabelos escuros. Apesar de ter brincado com o seu amigo enquanto conversava com o coringa pelo Orkut, agora o assunto parecia sério.
— Manda a real, Jake. Você quer ficar com ele pra valer, não quer?
— Hum... Quero. — Jake cruzava os braços respondendo sem nem pensar
Aguente firme, Jake Mckenzie!Se você se animar demais na biblioteca, poderiam ser pegos por alguém. Não deveria fazer nada que deixasse Nathaniel numa situação comprometedora.Mas... Queria tanto beijá-lo e possuí-lo ali mesmo.Esfregando suavemente o polegar pelos lábios de Nathaniel, o alfa reprimia os seus desejos. Por mais que quisesse foder o coringa ali mesmo, não era assim que gostaria de ter a primeira vez.A intenção era seduzi-lo, não espantá-lo de uma vez por todas.Apesar dos seus esforços, Jake liberava cada vez mais feromônios. Todo aquele odor amadeirado serpenteava o corpo de Nathaniel impregnando as suas ro
A cafeteria que se encontrava no térreo do bloco de administração estava relativamente cheia. Em breve o período de provas iria começar, e os alunos já se preparavam para o terror do bimestre. No meio da ansiedade da morte iminente, um alfa olhava o menu calmamente.— Tem certeza que posso escolher qualquer coisa? Não deveria confiar tanto em mim, posso acabar escolhendo algo caro.— Hahaha, então nada acima de trinta reais.— Certo — Brincava Jake voltando a ver o cardápio — Pode ser um dogão e uma coca.— Certeza? Pode pedir um lanche se quiser.— Tá tranquilo, depois tenho treino então é bom
Tinha algo estranho.Nathaniel tinha uma sensação estranha em seu peito. Como uma onda do mar que cresce e quebra de uma só vez e então retorna mansinho pra repetir aquele ciclo. Aquele sentimento de inundação em seu peito o incomodava. Mesmo que pousasse a mão no peito, não sentia nada anormal.Seria o coração falhando?Ultimamente o coração tem batido de um jeito estranho também. Apesar que na maioria das vezes estava acompanhado do Jake.Aquela sensação de ondas do mar... Também estariam relacionadas ao alfa?Talvez fosse coisa da marca? Não sabia até que ponto a marca permitiria que os dois estives
“— Na verdade, uma mulher que dizia ser a empregada doméstica de Ares cedeu uma entrevista onde contou que o lutador costumava dormir junto de um garoto. Apesar de nunca haverem provas concretas, os fãs percebiam que o garoto sempre acompanhava Ares em certos momentos.”— Hã? Só porque estavam na mesma cama começaram a espalhar boatos de que ele estava com alguém?— Ares nunca foi visto com uma mulher, e de repente aparece um garoto acompanhando ele pra todo lado... os fãs pensaram que era algo do tipo. A assessoria do Ares chegou a desmentir, mas quem se importa?— E esse garoto, por acaso...— É o Nathaniel. Depois daquilo os paparaz
— O que...? Quer dizer que o acidente em que você ficou com essa cicatriz é a mesma em que o lutador morreu?— Ele não morreu no acidente. É... Complicado explicar.A expressão que Nathaniel tinha era triste. Apesar de não ser algo tão explícito, Jake tinha certeza de que o ômega estava incomodado de tocar no assunto. Se foi algo reportado ao ponto de tantas pessoas saberem a respeito, então Jake poderia descobrir mais por conta própria e esperar pela vez em que Nathaniel terminaria de contar a sua versão da história.Já que a sua intenção não era deixar o ômega, certamente teria tempo o suficiente para esperá-lo.— &Ea
Estava chovendo e o frio que sentia o lembrava de que já estavam no outono. A terra que cobria aquele caixão amadeirado estava molhada, o que tornava aquele dia inesquecível. O coração se apertava cada vez que a terra cobria aquela pessoa, sentindo a sua falta apesar da incredulidade de sua partida.O que seria da sua vida sem ele?Erguendo os olhos castanhos para as pessoas em sua volta, mal podia ver direito os seus rostos. Eram como vultos. Ainda assim, conseguia sentir a tristeza vindo delas já que, diferente de si, eles choravam copiosamente.Veja só como ele era amado.Tantas pessoas se reuniram para a sua melancólica despedida.Encarando a rosa branca que segurava
Jake se sentia nervoso toda vez que passava perto da mesa onde os Mantovani estavam. Para a sua sorte, o movimento no restaurante estava intenso naquele dia e mal conseguia ficar parado um minuto sequer.Além de lidar com a pressão que eram os olhos dos pais de Nathaniel e Guilherme em suas costas o seguindo para todo lado, Jake também estava preocupado com Nathaniel. Tinha percebido o seu estado no instante em que o viu passar pela porta.O ômega tinha um olhar vazio e cansado, estava mais quieto do que o normal e os seus ombros estavam ligeiramente curvados. Um claro sinal de que algo estava errado consigo. E pela reação de todos na mesa quando mencionou foi a prova disso.— Chefe! Manda uma jarra de limonada e um sanduíche leve pra mim.
No lado de fora do restaurante, a senhora Arabella conversava com os dois filhos próximo do carro em que vieram. Provavelmente Nathaniel estaria avisando que iria embora com Jake para que o seu cio fosse devidamente cuidado, o que só de imaginar deixava o alfa ligeiramente envergonhado.Ora essa, estava dizendo claramente para os seus sogros de que iria transar com o seu filho. Quem não sentiria vergonha?— Conseguiu sair mais cedo?Assustando-se com a chegada repentina, e silenciosa, de Loreto, Jake abriu um sorriso nervoso.— Troquei com o horário de uma colega, então tá de boa.Os dois ficaram observando de longe aqueles três conversarem. Jake não estava pa