Madeline — Mãe, quando você vai perdoar o papai? — eu perguntei enquanto caminhavamos lado a lado pelas ruas de St Bartholdi.Nós tínhamos tirado o dia para um momento apenas nosso, fizemos as unhas, passamos algum tempo no SPA e depois nós passamos a tarde comprando as mais diversas lingeries que eu supostamente precisaria para minha viagem de lua de mel. Lizzie estava ansiosa para participar do dia, e normalmente, eu não recusaria sua companhia ou a de Matteo, mas depois de tudo o que aconteceu, senti que precisava passar um tempo apenas com minha mãe.— Perdoar? Ele tem sorte que eu não voltei para a Irlanda, apesar de ter considerado isso. Sua tia estava disposta a me receber — Ela murmurou, irritada por eu ter tocado no assunto.Antes de sair, meu pai tentou conversar com ela e foi ignorado. Eu admitia que o que ele tinha feito tinha sido péssimo, mas já se passaram meses.— Mãe, vocês estão juntos há quase trinta anos, não acha que está exagerando? Sei que ele errou, mas está t
MatteoMaddalena sem dúvida era a noiva mais linda que eu já tinha visto. Não foi a primeira vez que a vi naquele vestido nas diversas vezes em que acompanhei ela e Louise durante todo o período de preparativos para o casamento. Mas agora, vendo-a parada no altar diante de Alexander era diferente de tudo o que eu tinha imaginado.Sei que concordei com toda aquela situação, mas naquele momento, mesmo sabendo que todo aquele casamento era apenas uma fachada, não pude evitar de me sentir incomodado. E eu não era o único, Maddie parecia não estar ouvindo uma palavra sequer do que o padre dizia, seu olhar constantemente cruzava com o meu, e Alex parecia sofrer do mesmo mal.— Senhor Weisman? — o padre chamou a atenção do rapaz.Alexander franziu o cenho, o encarando sem saber o que fazer.— Os votos — o padre o instruiu.A expressão confusa no rosto do noivo seguida de uma pequena discussão abafada entre os que estavam mais próximos do altar mostrou o que estava acontecendo. Não acredito
MatteoMadeline se lançou imediatamente em meus braços, me prendendo em um beijo apaixonado que eu não hesitei em corresponder. Minhas mãos contornaram o tecido adornado do vestido, sentindo a textura das pedras bordadas enquanto sentia o desejo pulsar com força em minhas veias.— Eu odeio usar esse tom com você — ela suspirou com os lábios encostados nos meus antes de seguir para meu pescoço.Um suspiro escapou de meus lábios ao sentir Maddie mordiscar minha pele enquanto afrouxava o no de minha gravata, fazendo com que eu tentasse me manter um pouco consciente.— Maddalena, isso é loucura — eu soltei em meio a um gemido quando ela desceu suas mãos pelo meu corpo.— É meu casamento, não é surpresa nenhuma se eu transar — ela garantiu com um sorriso travesso antes de voltar a me beijar.Um arrepio percorreu meu corpo quando suas mãos alcançaram meu cinto, começando a desafivelar com agilidade.— É esperado que você transe com seu marido, não com o segurança da sua melhor amiga — a fra
Alexander O sol enfim começou a iluminar o quarto para meu alívio. Olhei para o lado, observando Anna de bruços dormindo de maneira tranquila. Eu não podia negar que ela era uma mulher bonita e sensual, mas naquele momento, vendo seu cabelo desgrenhado e o rosto amassado enquanto uma linha de saliva escorria por sua boca entreaberta eu agradecia o fato de que dividiriamos o quarto por poucos dias até que estivéssemos sozinhos em nossa casa, porque essa definitivamente não é a imagem que eu quero ter ao acordar pelo resto da vida.— Boa sorte pro Bertozzi — Eu murmurei me levantando.Aquela tinha sido nossa primeira noite como marido e mulher, e ainda estávamos na propriedade do meu avô. Anna estava tão exausta depois de tudo o que aconteceu durante a festa ontem que não demorou a dormir, mas quanto a mim, o sono me abandonou por completo. Minha mente trabalhava de maneira frenética, imaginando tudo o que aconteceria de agora em diante.Ela vestia um pijama comprido de alguma princesa
AlexanderUma névoa escura tomava conta de minha mente enquanto eu assimilava tudo caminhando depressa para meu quarto. Nós podíamos traçar quantos planos fossem, nunca deixariam de controlar nossas vidas. Nunca!Eu entrei no quarto em um rompante, batendo a porta com força. Anna, que ainda estava dormindo, se sentou em um pulo na cama, olhando em volta assustada.— Alex, qual o prob…— Por que você ainda está vestida? Nós temos quatro bebês para fazer — eu ironizei, Anna começou a se levantar da cama, parecendo ainda mais confusa.— Quatro bebês? Alex, você está bêbado? Do que… AH MEU DEUS!Sua frase se transformou em um grito assustado ao me ver bater o pote de geleia com força na mesa, ouvindo o vidro se estilhaçar sob minha mão. Em um segundo ela estava ao meu lado, segurando meu pulso, arregalando os olhos ao ver o sangue escorrendo da palma de minha mão e gotejando no chão. Sem um segundo de hesitação, Anna me arrastou para o banheiro, enfiando minha mão embaixo da torneira abe
Maddie— Mãe? — a adolescente que era a cópia do meu marido repetiu de maneira incrédula.Sandra correu até nós, se lançando em direção ao filho o envolvendo em um abraço emocionado que não foi retribuído. Alexander parecia incapaz de agir, mantendo a respiração descompassada diante daquele contato inesperado.— Meu menino, eu pensei que nunca mais te veria — Sandra balbuciou ao se afastar, parecendo não notar a apatia e desconforto no rosto do rapaz.Eu mesma me sentia desconfortável com toda aquela situação, mas decidi não me envolver. Ela segurou nossas mãos, nos puxando para dentro da casa, ainda parecendo extasiada, ignorando os cacos de vidro perto da porta.— Aceitam beber alguma coisa? Por favor, venham — ela nos levou para uma ampla sala de estar.— Aqui, espere aqui, eu volto já — ela não nos deu a chance de negar.A mulher desapareceu no corredor do hall de entrada, nos deixando sozinhos para observar o ambiente que nos cercava. Aquele lugar não era nem de perto tão luxuoso
MaddieEu o deixei ali sozinho, voltando para dentro da casa. Vi Katy subindo as escadas correndo assim que me aproximei, mas não dei tanta atenção a ela, seguindo pelos corredores me guiando pelas vozes dos meus sogros. Acabei em uma grande cozinha, onde Daniel preparava um chá para Sandra, que parecia desolada.— Ele estava aqui! Depois de tanto tempo ele estava aqui e nós perdemos a chance, Daniel — ela choramingou.— Eu sei, Sandy, eu sei, mas…— Em defesa do meu marido, vocês não reagiram da melhor maneira fingindo que nada estava acontecendo — eu chamei a atenção dos dois para mim.Sandra levantou, parecendo surpresa com minha presença.— Você não foi embora!— Não. E nem o seu filho, ele só precisa de um tempo para lidar com... tudo isso — eu suspirei.Daniel foi até o armário, pegando mais uma caneca enquanto sua esposa me observava com preocupação.— Sei que ele pensa que nós o abandonamos, mas…— Vocês não precisam se explicar para mim — eu me apressei em dizer.Eu sabia que
BeatriceEu alisei minha barriga me observando de lado no espelho. Ela estava enorme, e não era para menos, já que eu já me aproximava do sétimo mês de gestação. Eu olhei em volta observando o quarto já parcialmente arrumado para a chegada do bebê me lembrando de tudo que passei até chegar a esse ponto na minha vida.Tudo estava gravado em minha mente, Desde a empolgação que senti quando descobri a gravidez, o terror que tomou conta dos meus dias diante da reação de Giacomo, até o alívio e proteção ao ser amparada por Matteo.Caminhei até o berço que nós montamos na noite anterior, observando as caixas e sacolas com tudo o que vínhamos comprando para meu filho nas últimas semanas desde que descobrimos que seria um menino. Eu não imaginava que conseguiria me sair tão bem, nós morávamos em um apartamento de bom tamanho, eu estava escolhendo todas as peças que desejava para o enxoval e ainda tive a oportunidade de conseguir um emprego.Um pequeno sorriso surgiu em meus lábios ao constata