Após alguns minutos em choque, sozinha no quarto de hotel, Rosalie finalmente conseguiu se levantar. Com determinação, ela secou as lágrimas de seu rosto e fixou o olhar na porta pela qual François havia saído. Seu coração ainda estava descompassado, mas ela sabia que precisava se recompor. Com um gesto instintivo, Rosalie colocou a mão sobre o peito, tentando acalmar as batidas aceleradas de seu coração. Enquanto pensava sobre tudo o que acabara de acontecer, sua mente estava repleta de confusão. Ela olhou para suas roupas amassadas e desarrumadas, decidindo que precisava se recompor e parecer apresentável. Com cuidado, arrumou-se e saiu do hotel, tendo a permissão dos homens de François para partir. Ela engoliu em seco, e saiu do hotel. Não havia sinal de François. Rosalie pegou um táxi e, durante o trajeto, sentia um vazio imenso em seu peito. As lágrimas ainda não vinham, mas o sentimento de perda e desamparo a não a deixavam. Quando finalmente se deitou em sua cama, o silênc
Rosalie fitou Louie com um olhar destemido, desprovido de medo. Nos seus olhos, ele percebeu uma coragem e uma ferocidade que o fizeram recuar instintivamente. Era como se, naquele momento, Rosalie fosse capaz de enfrentar qualquer desafio, e ele sentiu-se surpreendido e cauteloso diante dessa postura dominante dela. As lembranças vieram à tona, recordando os momentos em que ela havia demonstrado sua determinação ao manter guarda-costas consigo e ao agir com firmeza em situações que o envolviam diretamente. Naquele instante, Louie percebeu que não era sábio irritá-la ainda mais. Ela havia se mostrado forte e capaz de proteger-se e enfrentar o que fosse preciso. Era melhor que não brigasse com ela agora, pensou. Com essa percepção, ele optou por recuar, deixando-a sozinha em sua sala. Rosalie permaneceu calma, mas por dentro, sentia-se aliviada por ele ter finalmente saído. Aquela breve troca de olhares a fez perceber o quanto estava farta de lidar com jogos de poder e pessoas que s
François a encarava com um olhar cheio de desaprovação, como se acreditasse que ela estivesse traindo a memória de Duncan ao considerar se casar com Louie. Em meio ao silêncio tenso, Rosalie optou por deixá-lo falar, permitindo que ele expressasse suas preocupações e frustrações. Ela sabia que, por mais que François a odiasse naquele momento, precisava manter o foco em seus objetivos e seguir adiante com suas decisões. “Ele me salvou, contudo, não entende meus motivos e está confuso.” As palavras de François ressoaram em seus ouvidos, mas ela permaneceu em silêncio, aceitando o julgamento que ele lançava sobre ela. O casamento com Louie havia sido uma estratégia para ganhar tempo e proteger seus filhos, e Rosalie estava disposta a enfrentar as consequências de suas ações. Quando ela finalmente se moveu para ir embora do cemitério, François segurou levemente em seu braço, prendendo-a por um momento. O coração de Rosalie acelerou diante do contato, não sabendo o que esperar das palav
Rosalie Valois estava tomada pela indignação e incredulidade. Como ousava François tirar seus filhos de casa? Sentia-se ferida e desafiada em sua capacidade de ser uma boa mãe. As emoções a consumiam, e ela tremia diante da situação que enfrentava. Sem hesitar, Rosalie desceu as escadas apressadamente, com as mãos trêmulas, e dirigiu-se ao telefone fixo na parede. O coração batia descompassado em seu peito enquanto discava o número de François. A ansiedade era palpável, e cada toque do telefone parecia uma eternidade. No segundo toque, François atendeu, e a voz dele ecoou no ouvido de Rosalie. A raiva e preocupação se misturavam em suas palavras: — Onde estão os meus filhos, François? O que pensa que está fazendo? — Sua voz ecoou pelo fone, cheia de emoção reprimida. Rosalie esperou ansiosamente pela resposta, mas François manteve-se em silêncio. Isso só serviu para aumentar sua irritação, e ela continuou a desabafar suas frustrações: — Vamos, seu maldito! Traga meus filhos de
Rosalie estava decidida a agir com firmeza, e sua determinação era palpável. Cada minuto que passava, ela se dedicava incansavelmente à investigação, vasculhando detalhadamente cada pista, estudando fotos, analisando documentos e unindo peças de um complexo quebra-cabeça. O escritório em que trabalhava agora era seu quartel-general, repleto de indícios que poderiam incriminar a perigosa máfia liderada por François. As longas horas de trabalho começavam a cobrar seu preço, e Rosalie sentia o cansaço pesar em seus ombros. Entretanto, sua determinação permanecia inabalável. O pensamento de seus filhos sem ela a impulsionava a continuar. Enquanto Rosalie vasculhava o último documento, uma descoberta importante chamou sua atenção. Era a prova que poderia conectar François diretamente a várias atividades criminosas. Um misto de euforia e preocupação tomou conta dela. Agora ela tinha em mãos o que precisava para enfrentar François, mas também sabia que poderia estar correndo riscos ao conf
Rosalie sentia-se sufocada pela situação. Cada emoção parecia pesar em seu peito, como uma âncora que a mantinha presa em um mar de incertezas e medo. O coração partido diante da traição de François a assolava, e ela lutava para conter as lágrimas que ameaçavam cair a qualquer momento. Ela se levantou da cadeira do escritório e caminhou até a sala, buscando um momento de calma e reflexão. Ao se sentar no sofá, a mente de Rosalie era um turbilhão de pensamentos conflitantes. Como ele pôde fazer algo tão cruel, tirando seus filhos de casa e colocando-os em perigo? As palavras duras de François ecoavam em seus ouvidos, e ela se perguntava se ele realmente acreditava que não era uma boa mãe. As lágrimas ameaçavam cair, mas Rosalie se obrigou a permanecer forte. Ela sabia que, independentemente das acusações infundadas de François, amava seus filhos incondicionalmente e faria qualquer coisa para protegê-los. No entanto, uma angústia silenciosa tomava conta dela. Ela não podia contar a F
Quando Rosalie entrou no hotel, ela foi direto para os elevadores. Ela não estava pensando no que estava prestes a fazer, apenas esperou pacientemente que chegasse ao andar de François. Então, olhando pelos corredores elegantes do grande hotel, ela procurou pelo quarto 302. Quando ela finalmente achou, a porta estava aberta, e a mulher entrou. Rosalie se deparou com um belo quarto, com grandes sofás vermelhos elegante, um belo lustre no teto. Em uma mesa havia um champanhe no gelo e duas taças. No centro do quarto uma enorme cama com lençóis vermelhos de seda. Rosalie vestia um sobretudo por cima, ela respirou fundo e o tirou, deixando-o de lado. Agora ela estava apenas de lingerie preta. Não havia sinal de François. Atrás de Rosalie, o homem surgiu saindo da outra sala do quarto luxuoso. Ele paralisou ao ver a mulher com a lingerie parada de costas para ele, olhando para a cama. Sua cintura era fina, e seu corpo esguio. Seus cabelos pendiam soltos por suas costas como uma cort
Duncan olhou para Rosalie, e a angústia em seu rosto era palpável. Ela ainda implorava para ter seus filhos de volta, e suas palavras ecoavam em sua mente. Ele se sentiu ainda mais confuso diante dessa situação complexa e cheia de emoções conflitantes. "Por que ela deseja ter os filhos de volta se vai se casar com o meu irmão?", questionou-se ele internamente, lutando para compreender os motivos por trás das ações de Rosalie. Durante todo aquele tempo, ele realmente acreditou que ela desejava apenas o caminho livre para ficar com Louie, sem se importar com mais nada. Os pensamentos se atropelavam em sua mente, e ele lutava para encontrar uma explicação para o que estava testemunhando. Ele não entendia por que ela estava tão desesperada para recuperar seus filhos, se estava disposta a se casar com um homem como Louie, que havia feito de tudo para destruí-la. Os pensamentos tumultuados de Duncan o estavam deixando cada vez mais confusos. Quando Rosalie viu François parado diante de