Para me sentir um pouco mais segura, coloquei a arma na minha costa, por dentro da minha calça, encobri com a minha blusa e saí do banheiro..." Mesmo sem ter nenhuma munição, acho que pelo menos dê para colocar um pouco de medo em alguém.Ao entrar na sala, a Elisa e o Fabrízio, me olharam surpresos.- Amiga, aonde você vai vestida assim? - indagou franzindo as sobrancelhas.- É, onde você vai a essa hora Alessia, e com essa roupa? - perguntou olhando-me de cima a baixo.- Eu vou dar uma volta por aí. - respondi indo em direção à mesa e me sentando, pois a Elisa já havia preparado o jantar - Eu preciso muito ir até a boate onde minha mãe trabalhou, e pegar umas coisas que ela escondeu lá.- Não, você não vai sair sozinha a uma boate, é muito perigoso. - disse Fabrício olhando-me aflito. - Eu vou com você. - disse firmemente.Ouvindo isso, eu fiquei meia receosa, pois não queria coloca- ló em perigo por minha causa.- Não, não precisa, eu sei me cuidar muito bem, fabrizio. - tentei se
Fui encostada na parede, com uma mão tapando a minha boca, uma perna travando- me contra a e parte do seu corpo pressionando o meu.De relance, enquanto a pessoa fechava e trancava a porta, pude ver que era um homem.Só não consegui ver o rosto pois ele estava com uma blusa moletom preta com capuz e uma jaqueta de couro preta por cima.Com medo do que ele estava pensando em fazer comigo, segurei em sua mão tentando tira- lá da minha boca para que eu pudesse gritar por socorro, mas foi em vão.Eu, então, comecei a me debater, mas ele me pressionou ainda mais com o seu corpo.Tanto que pude sentir algo em sua cintura..." Com certeza é uma arma. - fiquei ainda mais apavorada — Porque, o que mais ele colocaria na cintura, escondido debaixo da sua roupa?!Quando ele finalmente ficou frente a frente comigo, olhando-me diretamente nos olhos, eu fiquei totalmente surpresa, ao mesmo tempo que eu fiquei perplexa e atônita.Eu não conseguia acreditar em quem estava na minha frente. .." É ele!
–' Fabrizio, sei que o certo é eu voltar com você já que vim com você, por isso peço desculpas antecipadamente.É que eu conheci uma pessoa ao sair do banheiro e ela convidou- me para jantar e dar um passeio por Castelveltrano com ela e eu acabei aceitando.Sei que vai parecer estranho eu ter aceitado um convite de uma pessoa estranha, mas é que ela conhecia a minha mãe, por isso aceitei.Quero saber mais sobre a vida passada dela.Então queria dizer para você voltar para a casa sem mim, e que não se preocupe comigo, pois vou me cuidar.Também prometo a você que não chegarei muito tarde.OBS: Ah.. e desculpe- me novamente. 'Alessia'.Enquanto terminava de escrever, eu até pensei em digitar algo em código para que ele soubesse que eu estava em perigo, mas desisti ao pensar que talvez eu estaria colocando- o em perigo também.Eu, então, digitei o número do celular dele, pois já sabia de cabeça, e em seguida eu a enviei imediatamente..." Bom, só espero que ele não resolva vir atrás de
Não sei por quanto tempo fiquei apagada, mas quando acordei eu ainda estava um pouco atordoada e com uma terrível dor de cabeça.— Aí.. - coloquei a mão na têmpora.Eu mal conseguia abrir os meus olhos.Parecia que eu havia bebido além da conta.Demorei um pouco a conseguir abri-los totalmente, mas no fim eu consegui.— Agora, eu preciso muito ir ao banheiro.Ainda deitada olhei para os lados e reparei que estava em um cômodo onde não havia praticamente nada, apenas o colchão onde eu estava deitada.— Que lugar é esse? - fiquei nervosa na hora — Porque me colocaram aqui?Tirei o lençol para poder me levantar e ao olhar para o meu corpo, fiquei totalmente em choque.— Aonde estão minhas roupas? - senti meu coração acelerar rapidamente — E.. quem as tirou?Me ajoelhei no colchão, enrolei- me no lençol e me levantei, pois eu precisava descobrir onde eu estava, e principalmente, onde estava as minhas roupas.— Eu não posso ficar assim do jeito que estou, em um lugar que eu nem conheço.Ao
— Será que sobrou um pouco aí pra mim, flor? - perguntou com tom de sarcasmo — Ou você já devorou tudo?— Engraçadinho, até parece que eu conseguiria comer tudo que há dentro dessa cozinha sozinha. - respondi enquanto o vi entrar na cozinha apenas de bermuda e chinelo.— Ah, nunca se sabe, não é? Do jeito que você está comendo esse pão aí, parece até que você não come a dias. - riu de um jeito debochado.— Não achei graça, estranho. - o olhei de canto de olho enquanto ele se sentava ao meu lado no balcão.— Ei, eu não me chamo estranho, eu me chamo Pietro.— Ata, claro. - ri sarcasticamente.— Tá.. esse não é mesmo o meu nome, mas esquecendo isso, será que eu posso aproveitar a sua doce companhia enquanto eu também tomo o meu café da manhã? - perguntou gentilmente.— Bem, a cozinha é sua, a casa é sua, então não tem nem como eu falar não para você, não é? — É, você tem razão. - concordou — Mas eu ainda prefiro que você queira me fazer companhia, afinal eu não gosto de obrigar ninguém
Para não parecer ingrata, grosseira e mal educada, eu resolvi arrumar uma boa desculpa para poder fugir da situação tensa entre nós.— Anthony, será que agora você poderia me deixar sozinha, para eu poder tomar um banho e me trocar?— Ah, claro que sim. - concordou afastando- se de mim.Pelo seu olhar, ele parecia ter se tocado.— Mas se caso precisar de mim, sabe onde me encontrar!— Ok, obrigada. - sorri meia sem jeito.Ele, então, se virou para sair, mas do nada ele se virou para mim novamente.— Ah, antes que eu me esqueça. - colocou a mão no bolso, tirou a minha correntinha e esticou o braço com a mão aberta para eu pegar — Aqui, acho que isso pertence a você.Eu, então, me aproximei e peguei da mão dele.— Ahm.. obrigada. - agradeci com lágrimas começando a se formar em meus olhos — Essa aqui é uma das heranças mais importantes e valiosas que minha mãe me deixou. - olhei para ela e foi como se eu tivesse tido um flashback.Lembrei de tantas coisas que aconteceram, tantas recorda
- Eu sei que eu nunca fui de fazer esses tipo de coisas Lisa, mas .. é que eu senti algo diferente por ele, a mesma coisa que senti pelo Alonzo, e você sabe o que somos capazes de fazer quando a gente sente algo especial por alguém, não é? - indaguei jogando indireta das coisas malucas que ela dizia e fazia por alguns caras.Caras que ela conhecia na balada e no mesmo dia me dizia que era amor verdadeiro, até ela quebrar a cara.- É.. eu sei, mas.. - seu tom ainda era de desconfiança - Eu sinto como se você estivesse me escondendo algo, como se você estivesse em perigo. - Eu não estou, eu juro. - cruzei os dedos, afinal ela não podia ver mesmo.Um silêncio pairou por alguns segundos, ela ainda parecia relutante em acreditar em mim.- É sério Lisa, não se preocupe comigo, eu estou bem, e eu prometo te ligar todos os dias enquanto estiver aqui com ele.- Todos os dias? - indagou surpresa -Como assim, Ale? Quantos dias você pretende ficar aí com o tal cara? - questionou-me - E.. onde vo
'– Caramba Ale, você demorou. Achei até que você não me ligaria mais.'– Acha, porque eu não ligaria mais para você, Lisa.'– Ah, sei lá, talvez porque você está ocupada demais com o tal homem misterioso?'– Eh.. não vou mentir. - menti descaradamente — Estou um pouquinho sim. - tentei ser convincente dando um sorriso travesso forçado.'– Ahm.. entendi. - sorriu maliciosamente, presumindo por me ver coberta com o lençol e a mão do Antoni, em meu ombro — Vocês estavam..?!Antes que ela pudesse terminar a frase, o Antoni entrou na conversa, puxando-me para bem perto de seu peito.Com isso eu engoli em seco enquanto meu coração disparou.'– Transando? Ah, com certeza. Pelo menos a cada uma ou duas horas. - disse num tom firme e bem convincente — Ainda mais com uma gata dessa ao lado, você não acha?Ao vê-lo a Elisa ficou sem reação e boquiaberta.'– Eh, Lisa, esse é o Antoni. Antoni essa é minha melhor amiga, Elisa. - os apresentei meia sem jeito e tentando esconder o meu constrangimento.