CAPÍTULO OITO:
Luciana não gostava de Rock, mas amava ver o sorriso de Melíade, então não se importava com a barulheira se isso fizesse a sua amada feliz.
O show começaria às dez da noite e Melíade já estava pronta. Apenas esperando Luciana chegar.
Norberto estava de plantão, à espreita de sua nova vítima. Essa, ele fazia questão de pegar.
Era mais do que um desafio, era uma delícia de ironia que a delegada, que estava louca atrás dele, fosse a namorada daquela menina gótica que ele estava caçando.
CAPÍTULO NOVE:A porta do quarto se abriu lentamente.O coração de Hule batia de forma alucinada quando ela entrou e, novamente, precisou segurar-se no batente ao ver Carla amarrada e desfalecida sobre a cama. Estava com medo de tocá-la, pois, bem lá no fundo, pessoas mortas a assustavam um pouco. Mas estava sozinha e ela precisava verificar. Olhou de todos os ângulos possíveis e ficou satisfeita quando viu que o peito da garota estava se mexendo.Já que estava viva, podia tocar nela sem problemas, então balançou o seu ombro com força, mas sem violência. Ao chegar em casa, Norberto viu que a porta não estava trancada e, ao abri-la, percebeu que as coisas não estavam como ele havia deixado, o que significava que tivera visitas. Aquilo fez o seu sangue ferver.Largou Melíade no sofá e foi até o quarto. Viu que Carla não estava mais lá e a sua raiva só foi aumentando.Precisava descobrir, então voltou à sala e ligou o sistema de segurança em seu aparelho de televisão. Viu tudo o que havia acontecido desde a sua saída. Hule entrando, fuçando por tudo, e, droga, ela abriu o congelador. CAPÍTULO ONZE:Era a primeira vez que Norberto precisava perseguir uma não lésbica e, de certa maneira, aquilo o incomodava. Mas aquela garota havia se metido com a pessoa errada e precisava pagar.Hule acabara de fazer 16 anos, era ruiva natural e cheia de sardas. Tinha a pele branquinha e se vestia como uma boneca. Assim como Melíade, gostava de música e fazia aulas de balé desde os sete anos. Mas também tinha o seu lado mais frio. Tinha adoração por filmes policiais e jogos de zumbi. Sua mãe era uma perua aventureira que viajava pelo mundo, cantando e dançando em todos os palcos e quase nunca tinha tempo de ver a menina, apenas enviava alguns presentes ocasionalmente, por isso, Hule era tão apegCapítulo dez:
Capítulo onze:
CAPÍTULO DOZEA campainha tocou e Norberto foi até a porta. Viu Luciana e um outro homem pelo olho mágico.O que diabos aquela merda de policial quer aqui?, pensou ele, respirando fundo enquanto bolava um plano para fugir dela. Talvez, se simplesmente não atendesse, ela iria embora.— Norberto Miller, sabemos que está aí. É a polícia, abra a porta. — A policial pareceu ler seus pensamentos e isso o irritou
CAPÍTULO TREZE:— Foi preso nesta madrugada, o Maníaco do Vibrador. – Cristiane abriu o jornal da noite com a notícia mais importante.A câmera aberta mostrou Cristiane e Rafael lado a lado sentados à bancada.— Ele foi preso em flagrante em seu apartamento pela delegada Luciana Antunes. Ele mantinha em cativeiro a professora de música Melíade Albuquerque.— O repórter Paulo Teixeira está ao vivo com a delegada. É com você, Paulo. CAPÍTULO QUARTOZE:Já havia mais de uma semana que Hule estava trancada no quartinho da caixa d’água em seu próprio prédio. Presa com correntes grossas nas mãos e nos pés, fraca, suja e faminta.Hule estava passando mal, tinha alucinações. Estava com a barriga doendo de tanta fome. A boca estava tão seca, que nem saliva tinha mais.No segundo dia presa, ela já começava a entrar em pânico, lembrando-se da Regra de Três; o ser humano só consegue sobreviver por três minutos sem ar, três dias sem água e três semanas sem comida.O terceiro dia virou de uCapítulo quartoze:
CAPÍTULO QUINZE:A delegada chegou à casa de seus pais fazendo uma surpresa.— Filha! — Eles correram para a entrada e a abraçaram fortemente.— Como é bom vê-la. — Dona Lourdes, mãe de Luciana, já começava a lacrimejar enquanto Seu Alaor punha as mãos na cintura tentando segurar a emoção.— Mas eu ia te buscar no aeroporto, menina. Por que não avisou que chegou mais cedo?— Eu quis fazer surpresa, pai. — Ela sorria enquanto a mãe a amassava. — Também senti muito a falta de vo
CAPÍTULO DEZESSEIS.Norberto saiu do cativeiro e foi ao mercado 24 horas mais próximo de lá.Quarenta minutos depois, ele conseguiu encontrar.O atendente estava debruçado sobre o balcão assistindo ao jogo em um antigo miniaparelho de televisão.— Por gentileza, meu bom homem — ele sorriu —, mas eu vou fazer uma maratona com uns amigos aqui perto e preciso de algumas coisas. Tudo o que você tiver para fazer um bom churrasco.O homem entregou o que ele pediu e Norberto agradeceu, pagan