- Ao contrário de você, eu gosto da Amanda de verdade.- Fábio empurrou Nicolas para trás, que quase perdeu o equilíbrio com o empurrão. - Ao contrário de mim? Você por um acaso sabe o que se passa na minha cabeça?- Nicolas trincou os dentes, cerrando os próprios punhos. - Ela não passa de uma aventura exótica para você. Você deve achar muito divertido f*der com a irmã do seu melhor amigo.- Falou Fábio. Nicolas disferiu um gancho de direita contra o rosto do primo, fazendo-o cair sentado sobre a mesa de computador. - Mais respeito ao se referir a Amanda. Você não sabe de nada, seu moleque miserável.- - Cara, você engravidou a sua ex noiva, tran.sa.va com a Camila e ainda por cima fo…- Fábio parou de falar ao perceber que iria cometer o mesmo erro pela segunda vez.- E ainda por cima também ficava com a Amanda. Eu tenho certeza que daqui a um tempo você vai se cansar dela, e eu quero poupa-la desse sofrimento desnecessário.- - Eu era solteiro e estava tentando fugir dos meu
- O Nic disse que quer se encontrar comigo no restaurante da praia?- Amanda piscou os olhos bastante surpresa, enquanto conversava com um dos funcionários do prédio, que a abordou no momento em que ela cruzava a área da recepção do prédio. - Sim, senhora. Pediu que o encontrasse em vinte minutos.- Falou o homem, demonstrando ser muito solícito. - Obrigada.- Falou Amanda, caminhando novamente na direção da rua. Ela tinha combinado de ir com as amigas na sorveteria, mas antes passaria na casa da Samanta, já que o estabelecimento ficava mais próximo de lá. A garota avisou que atrasaria alguns minutos, e explicou de que provavelmente se tratava de uma conciliação com o Nicolas, mas achou estranho o fato dele ter mandado o recado por outra pessoa, no lugar de ter ligado para ela. Por mais que suas amigas, com a exceção de Samanta que nem sequer recebia as mensagens, avisassem que seria melhor que ela tentasse falar com o Nicolas para confirmar, Amanda jamais poderia imaginar que tu
Amanda estava completamente desestabilizada. Flagrar o seu namorado em um encontro amoroso com outra mulher era no mínimo terrível. A garota passou a tarde inteira jogada na cama, chorando, e se recusou sair do quarto até para comer. Suas amigas insistiam com mensagens perguntando aonde diabos ela se enfiou, e por mais que soubesse que estava sendo injusta, Amanda não estava disposta a falar com ninguém. Ela só queria desaparecer. A única capaz de entrar em seu quarto foi Samanta, encontrando-a em uma situação deplorável. Amanda estava enfiada por entre as cobertas, e o seu nariz estava tão vermelho quanto os seus olhos, deixando-a com ares de doente. A outra envolveu a amiga em um abraço apertado, deixando-a chorar ainda mais, e não fez nenhuma pergunta que a obrigasse relembrar tudo aquilo que a fazia sofrer. - Pode chorar.- Murmurou Samanta, afundando os dedos nas mechas castanhas dos cabelos de Amanda.- Pode chorar, porque uma hora tudo isso vai passar, sempre passa.-
- Acha mesmo que isso é uma boa ideia?- Perguntou Amanda, parada ao lado de Nicolas de frente para o elevador de serviço de seu prédio. - Quer resolver logo a situação ou não?- Perguntou Nicolas, com impaciência. - Claro que quero! Mas acho que abordando o homem assim vamos amedontrá-lo.- - Eu só preciso de um nome.- Disse Nicolas, batendo um dos pés no chão. Amanda disferiu um olhar irritado para o pé do rapaz. Ela ja estava ansiosa o bastante para que outra pessoa piorasse o que já estava ruim. - Um único nome vai me fazer entender uma grande parte do que está acontecendo.- Ele continuou a falar. - Será que você pode parar de bater o pé?- Amanda segurou o braço do rapaz. - E por que você me pede que pare de bater o pé segurando o meu braço?- Nicolas a provocou. - Porque eu não posso segurar o seu pé!- Disparou a garota com irritação. - Seria interessante te ver tentar.- Nicolas tornou a bater o pé no chão. A garota resfolegou, erguendo o seu próprio pé do ch
- Como a Rachel não está em casa?- Nicolas perguntou ao porteiro, irritado.- O carro dela está estacionado aqui na frente.- - Calma, Nic, não é assim que vamos conseguir resolver essa situação.- Amanda tentou tranquilizá-lo. - Interfone de novo para aquela v.i.g.a.r.i.s.t.a. Diga que é o Nicolas que está aqui e que eu já sei de tudo.- - Vou interfonar de novo, senhor.- Disse o porteiro, fazendo o que o outro homem pediu. Amanda e Nicolas se entreolharam em expectativa. Ambos sabiam que Rachel estava lá em cima, e que tentava evitar o inevitável. - Novamente foi a dona Daphne que atendeu, e assegurou que a dona Rachel não está.- - Então mande a Daphne descer. Não vamos sair daqui sem resolver essa pendência, e temos certeza que a Rachel está lá em cima, e sabemos que o senhor também sabe disso.- Falou Amanda. - Por que não sentam um pouco?- Perguntou o porteiro se mostrando solicito.- Vou pedir que a dona Daphne desça.- … Nicolas batia um dos pés no chão, atitude
Amanda acordou na manhã seguinte com a cabeça latejando. A sua visão estava bastante turva, e a cabeça completamente desorientada. Tudo o que lembrava era que tinha se despedido de Nicolas - alguns minutos após o encontro desajeitado com Arthur-, e de repente tinha parado ali. Um lugar que não era o seu quarto. Um lugar que não tinha o seu cheiro. E o pior, um lugar que ela nunca viu na vida. Amanda chacoalhou a cabeça, fazendo menção em se levantar da cama improvisada na qual estava sentada. Para o seu desespero, ela caiu imediatamente de volta, percebendo pouco tempo depois que os seus pés estavam presos por duas correntes muito fortes. Aquilo era fruto de sua imaginação? Ou fazia parte apenas de um pesadelo terrível? Seja lá o que fosse, a dor da corrente marcando os seus pés era real, assim como a vermelhidão - que se formou devido à pressão- em sua pele. Outro fator muito real foi o barulho que a porta fez quando a maçaneta girou. Através da parede, Amanda conseg
Já anoitecia quando Priscila decidiu fazer sua visita noturna ao cubículo no qual confinou Amanda. A refém tinha os pés e as mãos acorrentadas, e devido ao longo tempo que passou em jejum estava prostrada no colchão, sem forças para erguer sequer um dos dedos das mãos. A garota trouxe um copo de água, se divertindo ao ver que Amanda parecia um bicho sedento quando se sentou no colchão com a esperança de beber o líquido incolor. - Ah, vejo que está muito necessitada disso.- Priscila entornou o copo para frente, derramando toda água no piso de madeira.- Terá que lamber o chão para matar a sede.- - O que pretende com tudo isso, Priscila?- Perguntou com a voz fraca.- Chamar atenção, claro. É o seu objetivo de vida.- - O meu objetivo de vida é fazer da sua vida um inferno devido a tudo que me tirou.- Priscila jogou o copo contra a parede, olhando com desdém os cacos de vidro espalhados.- Pensei que aquelas incompetentes conseguiriam te minar, mas nem para isso servem. Rachel não
- Essa é a sua ideia de transporte? Um táxi que eu precisei empurrar até a metade da rua para conseguir tirar do lugar.- Rosnou Arthur, com os braços cruzados e sentado no banco do carona. - Não reclame. Até mesmo porque você só empurrou um metro e resmungando como um velho de noventa anos. Os outros dezenove metros quem empurrou fui eu.- Nicolas pisou com um pouco mais de força na embreagem quando precisou estacionar o carro no primeiro sinal. - E esse sinal? Pelo amor de Deus, homem. Não tem ninguém na rua.- - Não, mas pode passar alguém e eu não estou com disposição de atropelar ninguém com exceção á você, que não para de reclamar.- Rebateu Nicolas, já perdendo o último fio de paciência. O sinal abriu, e Nicolas deu partida, acelerando o máximo permitido dentro dos limites da segurança. - Precisamos montar uma estratégia. Não tem como chegar lá e recuperar a Amanda sem montar uma estratégia.- Arthur quase bateu a cabeça quando Nicolas fez uma curva brusca demais, e olh