— Eu não sei o que fazer. — Coloco as mãos nos olhos abaixando a cabeça tentando conter as lágrimas.
— Pense, minha querida. Eu sei que você vai escolher a melhor opção — papai diz se levantando e vindo em minha direção, ele me abraça e afaga meus cabelos.
— Ela é teimosa! Eu já disse que a melhor opção é falar com Airon, apesar de não gostar muito dele estou triste que você tenha deixado o coitado em Las Vegas sem nenhuma explicação.
— Você não se explicou? — mamãe pergunta surpresa.
— Eu não estava preparada para contar tudo e as coisas aconteceram rápido demais. — Me encolho.
— Megan você é muito impulsiva — mamãe me repreende.
— Ei, ela não precisa ficar com esse homem estranho, ela já tem a nós, uma família unida e que a ama — papai diz enciumado.
— Isso é porque você está com ciúmes de saber que nossa menina está crescendo — mamãe o provoca.
— Juro que vou acabar com esse riquinho quando encontrá-lo, ainda m
Olho aquela mensagem sem acreditar no que estou vendo. Logo em seguida recebo a mensagem de Katy com o endereço. Por essa eu realmente não esperava, mas ela subiu alguns pontinhos no meu conceito. O lugar fica no extremo oposto do apartamento de Katy, mas não me importo preciso encontrar Megan rápido para termos uma séria e longa conversa. Meu coração se acelera e um estranho nervosismo se instala em meu corpo enquanto dirijo para casa dos pais de Katy. Paro em frente à casa e fico observando o local, um bairro simples, aconchegante e calmo. Saio do carro e percebo que as horas voaram enquanto a procurava, talvez seja melhor voltar amanhã, não sei qual será a reação dos pais de Katy. Paro em frente a porta pensativo e por fim acabo tocando a campainha. Não escuto vozes e isso me preocupa, ainda há algumas luzes acesas, mas não sei se estão acordados. Observo a campainha receoso se devo ou não a tocar mais uma vez, quando
Ela arregala os olhos quando profiro seu sobrenome completo. — Você não está em posição de discutir se quer ou não falar sobre algo eu sei quem é Philipe Avallon. Morde os lábios olhando para baixo. Odeio quando ela faz isso tira toda a minha concentração. — Eu pedi para você não me procurar — diz vacilante. Ela não tem coragem o suficiente para me olhar nos olhos, isso é irritante, como quer me dispensar se não consegue organizar os próprios pensamentos? — Sobe Megan — rosno irritado. Hesitante ela dá alguns passos para trás. Fechos os punhos tentando controlar a raiva que começa a consumir minha sanidade mental. — Não me desafie Megan ou eu juro que vou jogá-la sobre os ombros novamente. — Meu sangue ferve e tento manter a calma. Caralho de uma mulher que gosta de me desafiar e tirar do sério. Receosa ela me observa deixando explícitos em seus olhos verdes o medo. Dou um passo em sua direção e Megan se
— Meu tio costumava me trancar no quarto e não me deixava sair sem suas ordens, ele dizia que eu era o fruto da desgraça, que eu jamais deveria ter nascido, aquele olhar de desprezo e nojo jamais saíram da minha mente, ele me batia todos os dias, me espancava. — Ela fica em silêncio remoendo o passado em sua mente. Já não aguento mais ouvir aquilo, quero acabar com Philipe o mais rápido possível. Cerro os punhos tentando conter a raiva que cresce dentro do meu peito. Vejo as lágrimas escorrerem por sua pele macia e rubra, me levanto e me sento na cama ao seu lado, envolvo meus braços envolta do seu pequeno corpo puxando-a para mim em um abraço protetor e encosto sua cabeça em meu peito acariciando os seus cabelos suavemente. — Já chega, tudo bem, não precisa dizer mais nada, eu estou aqui agora e não vou deixá-lo fazer nada com você. — Afago os seus cabelos beijando sua cabeça. — Eu preciso terminar de contar — diz entre lagrimas.
Megan Quando escuto o que ele diz meu coração se acelera e por mais que eu tente repelir esses sentimentos que crescem em meu peito é impossível. Airon pode ser mandão, possessivo e durão, mas no fundo é amoroso, preocupado e carinhoso. Você só precisa saber enxergar esse lado nele. Eu sei que no momento somente ele pode me proteger. Estou apta a descobrir todos os seus medos e traumas se me permitir. — Vem, eu sei que você precisa descansar. — Seus olhos desejosos e o timbre de sua voz deixam minhas pernas bambas. A rouquidão de sua voz próxima ao meu ouvido me deixa atordoada e excitada, seus olhos azuis intensos me consomem em puro desejo. — Eu não quero dormir. — Envolvo meus braços em seu pescoço. — Eu quero você. — Mordo os seus lábios sensualmente os puxando com delicadeza. Ele toma meus lábios em um beijo ardente e sedento, acendendo cada parte do meu corpo, subo minhas mãos pelo seu abdômen tiran
Acordo sufocada com algo pesado sobre mim, abro os olhos com dificuldade por causa da luz que invade o quarto através das grandes janelas, assim que meus olhos se adaptam a luz vejo Airon sobre mim. Ele me abraça possessivamente contornando meu corpo com seus braços fortes me pressionando contra seu tórax, uma de suas pernas está jogada sobre a minha cintura e a cabeça enterrada em meu pescoço. Me sinto um ursinho de pelúcia nas mãos de uma criança de cinco anos completamente espremida, mas não nego que estou amando acordar em seus braços. O observo por um momento e me perco em meus pensamentos, ele tem tantos segredos que sinceramente não sei onde tudo isso vai parar, mas quero salvá-lo assim como ele tem feito comigo, liberá-lo de seus medos como ele tem me liberto dos meus. Tento me desvencilhar e me soltar de seu aperto possessivo, mas ele acaba me pressionando ainda mais contra seu tórax. Acaricio seus cabelos negros e macios e ele resmunga afrou
— Eu falei que era uma torção leve, só que o senhor mandão me fez ir ao hospital — digo revirando os olhos. — O que farei com essa língua afiada Sra. Markcross? — ele pergunta próximo ao meu rosto com a sobrancelha erguida. Trato de seguir logo para fora do quarto indo em direção as escadas. A casa é enorme e tão cheia de detalhes, as paredes em tom bege claro, o chão e a escadaria de mármore creme marfim deixa o local gracioso, na verdade tudo a minha volta é luxuoso incrivelmente organizado. Uma casa linda, porém, séria e um pouco sem vida, será que ele mora sozinho em uma casa tão grande? Descemos as escadas e nem preciso dizer que o hall de entrada é enorme, tem uma mesa de vidro no centro com um belíssimo vaso cheio de rosas perfumando o local, sigo em direção a porta e paro para que ele possa abrir. Willian está a nossa espera do lado de fora com o carro preparado, hoje o carro é diferente, uma Lamborghini branca. Quant
Airon Adentro as grandes portas de vidro da entrada principal da CrossRoad com a mente cheia de preocupações, preciso resolver os projetos da boate Roxy Road o mais rápido possível, mas infelizmente o andamento do projeto tem se complicado. Me irrita ver como Lilian consegue ser incapaz e incompetente no próprio trabalho, ela consegue me tirar do sério e às vezes tenho vontade de despedi-la, mas realmente gostei do design no interior da boate e apesar dos erros na estrutura do prédio — que por sorte ainda não começaram a ser erguidos —, os seus modelos são únicos e modernos, então isso tem salvado sua pele ultimamente. Quero terminar as reuniões o mais rápido possível para voltar para a mansão, hoje pretendo preparar uma surpresa para Megan, pois ela realmente merece e gostaria de ver toda a tensão do seu passado se dispersar do nosso relacionamento que começa a andar. Subo de elevador até o último andar onde fica meu escritório
Megan Escolhi um vestido rodado e florido que fica um pouco acima dos meus joelhos, um saltinho mais baixo que é simples, mas elegante, alguns acessórios e fiz uma maquiagem leve já que não sei onde vamos ou o que Airon está planejando. — Você está linda Meg, hoje vai ser mais uma noite daquelas. — Katy ri. — Sua tonta. — Dou risada. — Até quando você vai ficar na casa do papai? Estou pensando em voltar pro meu apartamento já que nem desfizemos as malas — digo a observando. — Vou ficar até voltarmos a trabalhar temos só mais alguns dias de férias e estou com saudades deles. Meg você é teimosa demais está pensando em voltar para seu apartamento depois da carta de Dylan? Você tem que tomar cuidado — digo em tom de preocupação. — Preciso conversar com Airon sobre a carta, mas a questão do apartamento é outra. — Não posso simplesmente me mudar para casa de Airon do nada. Descemos