Benjamim olhava para os pequenos pedaços de papéis voando quando Antonela enfiou a mão no bolso e tirou de lá outro papel e entregou a ele. — Por que está fazendo isso? – não era o que ele deveria dizer, afinal, ele acabara de ouvir que ela o amava. — Você sabia da verdade – ela disse ainda com a
— O que está fazendo aqui, pai? – Antonela sentiu uma profunda angústia exalando de Henrico. — Não se preocupe, eu não vim falar com vocês – ele bufou, um pouco impaciente – vim ver a Carmélia, preciso pedir um favor a ela. Mas já que vocês estão aqui, proponho entrarmos que tenho algo para dizer.
— Não estou gostando dessa conversa – Dominique olhou para Henrico e depois para Carmélia, mas nenhum dos dois conseguiu ouvir seu comentário. — Deixe que ambos se divirtam – ela não percebeu Antonela se aproximando e, de repente, a presença dela a silenciou por alguns momentos. Aquela aproximação
— Estamos velhos demais para ficar brigando e ressuscitando o passado – ela disse – você está desculpado e espero que viva sua vida em paz e feliz a partir de agora. Henrico sentiu um bolo sufocando sua garganta. Ele nunca foi um homem de ter conversas sentimentais com nenhuma mulher. Sempre teve
— Henrico enviou as fotos da viagem – a voz de Benjamim fez Antonela correr em direção a ele e tomar o celular de suas mãos ansiosas. — Quem diria que ele e a Carmélia fariam uma viagem juntos para fora do país – os olhos dela brilhavam a cada foto que ia se revelando na tela do celular – quem não
— Então foi para isso que você pediu para sair mais cedo? — Um muito obrigado já é o suficiente – Dominique sorriu para ele. Depois disso, eles partiram o bolo e fizeram uma chamada de vídeo para Henrico e Carmélia. A felicidade no semblante dos dois deixou Dominique aborrecida, era como se ela jamais fosse se acostumar a ver Henrico e Carmélia tão próximos. Conversaram por um tempo, contando como estava sendo a viagem. Henrico estava tão bem e feliz que não lembrava a sombra do homem triste e abatido que se tornara depois da prisão de Alessia. Ele nunca contou para Antonela o que Alessia havia dito naquele dia em que a visitou na prisão. — Eu e a Antonela vamos viajar amanhã – Benjamim colocou o bolo sobre a mesa e viu o semblante de Antonela se modificar. Depois, ele deu a volta e entregou um envelope para Dominique – e isso é um presente para você Dominique, espero que aproveite suas férias também. Obrigado pelo aniversário surpresa. Dominique apertou os lábios para n
Antonela Bianchi, sentou-se no pequeno banco que ficava no balcão do bar mais badalado da cidade. Requisitou um copo de conhaque, bebendo-o de uma só vez. Ela não se importava se ainda estava vestida de noiva ou se seria o assunto principal da cidade, ela só queria esquecer que havia sido abandonada
— Como conseguiu fazer isso? – O rugido furioso de Henrico fez Antonela se encolher. Ela mal havia colocado os pés em casa e o seu pai já descontava toda a sua frustração. — Olhe para você – os olhos furiosos dele, passeou por cada centímetro do corpo dela – está uma maltrapilha, desfilando pela