O advogado gaguejou palavras incompletas. Carlota se agitou ao ouvir o relato de Benjamim, mas não pareceu abalada. — Sinto muito, mas isso não será possível – o advogado estendeu outro documento na direção dele – há uma ordem judicial que o obriga a aceitar que sua mãe permaneça nessa casa, sob s
Antonela ficou sentada à beira da cama com o abaju à meia-luz enquanto o dia se esvaziava lá fora. A notícia do seu casamento com o bilionário da cidade havia se espalhado e sua reputação se esvaziou como água sendo segurada pelas próprias mãos. Todos a viam com maus olhos. Antonela odiava a sensaç
O barulho visceral do seu celular rompeu seu momento de paz. Antonela levou um susto quando seus olhos viram de quem era a chamada. Ela pensou em não atender, mas foi impulsionada pelo desespero de algo pior acontecer caso recusasse. — O que você quer, Dante? – ela sussurrou com o celular agora no
Carlota sorriu ainda olhando nos olhos de Antonela. Ela demonstrou toda a sua satisfação com aquela descoberta. Antonela deveria ter tomado um pouco mais de cuidado. Como ela pode esquecer-se de que Carlota morava ali e que poderia estar à espreita apenas esperando uma oportunidade para jogar Anto
Antonela então se lembrou que Carlota não sabia da verdade: que aquele casamento com Benjamim era uma farsa. Aquela descoberta poderia ser um problema? Carlota poderia usar essa informação para chantageá-la? Antonela se controlou para não se justificar. Seu rosto estava pálido como um papel e havi
— Esse casamento é uma farsa? – a voz ressoou logo atrás dele, quando Benjamim já entrava no carro pronto para ir trabalhar. Benjamim parou tudo o que estava fazendo e, virando-se, olhou nos olhos de Carlota. Havia uma fina camada de suor no rosto dela, como se ela tivesse corrido uma maratona. Est
Não houve muito o que fazer na fábrica naquele dia, embora Henrico tentasse se envolver com os planos de substituir as máquinas. Ele estava realmente animado com a ideia genial de Antonela. As coisas pioraram bastante quando, no fim do expediente, seu celular foi amontoado com notificações, na maior
Antonela sorriu. Era afiado como faca aquele sorriso. — O que dizem por aí não é nenhuma mentira – as têmporas dela latejavam como se fosse um peso olhar por tanto tempo para ele – somos dois estranhos vivendo na mesma casa. Ou melhor, inimigos. — Eu não sou seu inimigo, Antonela. — Mas está agin