Não houve muito o que fazer na fábrica naquele dia, embora Henrico tentasse se envolver com os planos de substituir as máquinas. Ele estava realmente animado com a ideia genial de Antonela. As coisas pioraram bastante quando, no fim do expediente, seu celular foi amontoado com notificações, na maior
Antonela sorriu. Era afiado como faca aquele sorriso. — O que dizem por aí não é nenhuma mentira – as têmporas dela latejavam como se fosse um peso olhar por tanto tempo para ele – somos dois estranhos vivendo na mesma casa. Ou melhor, inimigos. — Eu não sou seu inimigo, Antonela. — Mas está agin
Antonela sentiu seu estomago estremecer quando viu Benjamim sorrir para ela assim que se aproximou. Ela não soube distinguir que sorriso era aquele nem mesmo a expressão em seu rosto. Ele olhava para ela como se registrasse cada momento, guardando na memória. Queria dizer o quanto Antonela estava
Antonela não fazia ideia do quanto aquele evento das empresas de Benjamim repercutiria por dias na cidade. Era a primeira aparição do novo casal, que segundo os jornais havia se casado às pressas, levantando assim mais hipóteses e teorias. Ela forçou um sorriso, não podia deixar que eles percebess
Mal percebeu que o discurso havia acabado sem ela prestar atenção em nenhuma palavra. Ao menos, Antonela teve essa impressão, já que todos aplaudiam incansavelmente o discurso de Benjamim, mas aí ele disse suas últimas palavras e o olhar dele recaiu sobre ela. — E eu não poderia deixar de agradecer
— Está com ciúmes – a voz de Benjamim pareceu tirá-la do profundo medo e levá-la direto para a irritação. — O quê? – Antonela olhou ao redor e sorriu como se quisesse zombar dele – acho melhor eu ir procurar Dominique para tomar uma bebida. Ela revirou os olhos antes da tentativa frustrada de fugi
Antonela teve a impressão de que suas palavras o silenciaram porque Benjamim ficou tempo demais olhando para ela apenas a admirando. Ela havia dito algo errado? — Temos um filho de três anos e não sabemos nada sobre a vida um do outro – Antonela olhou bem para ele, engolindo a seco – vou te contar
Antonela voltou a mão para a maçaneta fria, mas não moveu. Ficou olhando agora para o corredor vazio enquanto o sangue pulsava em suas veias. Há muito tempo ela não lembrava de se sentir assim, com o corpo ardendo. Levou uma das mãos ao rosto quando percebeu os minutos se passarem e ela permanecer