Capítulo 6. Murilo.

— O senhor que fez o trato? Não foi Aline quem pediu? — Eu pergunto e torço para que o que eu imaginei seja verdade ou eu fui tão burro de achar que Aline armou tudo por amor, só que meu pai acena e confirma o que disse e só agora eu entendo que ela foi tão vítima como eu nessa história toda, na verdade, ela foi a única vítima, já que foi a única que sofreu.

— Eu preciso de ar. — Falo com a voz embargada. — Augusto, vou dar uma volta depois você me conta como isso aqui terminará.

Ele acena positivamente assim que percebe meu estado, vou em direção a porta para sair da sala que parecia estar abafada, mas antes de sair eu me viro e pergunto para Rael.

— Pelos vinte anos de amizade que nós tínhamos, com toda sinceridade que ainda resta em ti, me fale: onde ela está?

— Ela foi expulsa de casa e está morando em uma quitinete no final da rua, na segunda casa.

Saio daquela sala, sem saber direito o que estou fazendo, e vou ao endereço dela. Chegando na frente da quitinete, não vejo a hora de anoitecer. Aguardo ansioso até às oito da noite. A porta da casa de Aline se abre e ela sai de dentro em um vestido todo branco e tinha tudo para dar um toque de pureza, mas por Deus isso é tentação demais, ela está simplesmente maravilhosa, ela caminha até seu carro e começa a dirigir, eu a acompanho e a vejo entrando em uma boate. Ela se encontra com umas amigas e vão ao bar, tomaram uns drinks e logo foram para pista dançar. Se eu estivesse com uma pistola aqui eu já teria matado muitos homens que estão babando olhando para ela, a vontade que eu tenho é de pegar ela pelos braços e jogá-la em meus ombros e sair desse lugar onde não tem um homem que não esteja interessado nela.

Vejo ela indo em direção ao bar e já pedindo mais uma bebida. Acho que ela já bebeu muito, caminho para a direção do bar e chego ao seu lado, pergunto se posso sentar e ela dar de ombros, pergunto se ela está comemorando algo e ela diz que sim, que esta comemorando sua liberdade. Mas eu sei que lá, no fundo, ela também está sofrendo com a nossa separação. Eu percebo pelo olhar dela que Aline não me reconheceu, como se ela tentasse me reconhecer mais o álcool não permite, ela pergunta meu nome e eu fico com medo de revelar e esse nosso momento acabar. O que me deixou mais abismado foi saber que ninguém nunca a beijou, percebendo minha total descrença de ela nunca ter beijado, ela me faz a pergunta que acaba com minha resistência de manter ela longe de mim.

— Porquê? Você quer ser o primeiro?

Se eu quero? Oh! Ternura minha, você não sabe o que já imaginei fazer com você, se pudesse te dar o mundo eu daria, e tu ainda pergunta se eu quero ser o primeiro a te beijar?

Ela chegou perto de mim e me encara. Olhei dentro dos seus olhos e logo em seguida olhei para seus lábios que estão muito convidativos. Ela tenta se afastar, mas eu não permito e a puxo para o primeiro beijo do meu segredo preferido, aquele que eu tentei me manter à distância. Tentei enterrar esse sentimento e nunca toquei nela, ela sempre foi para mim o diamante mais raro que já existiu no mundo, e agora que provei seu beijo não sabendo mais como conseguir levar a vida esse tempo todo fugindo dela e de todo o sentimento que eu guardei aqui no meu peito.

Eu a puxo para mais perto, e aperto sua cintura, peço espaço entre seus lábios e ela me oferece, nossas línguas dançam em uma sincronia maravilhosa, paro o beijo somente para respirar, e pergunto se ela quer sair para um lugar mais sossegado e ela concorda. Eu a levo para meu apartamento, estava contando os minutos para chegar logo e assim que chegamos eu não perco tempo e tomo logo seus lábios em um beijo faminto, ela geme em meus lábios, eu passo as mãos por todo o seu corpo.

— Você quer isso realmente? — Eu pergunto e ela confirma me beijando novamente.

Abri o zíper do seu vestido, tirei as mangas do seu ombro e, por fim, deixei ele cair aos seus pés. Olhei ela em sua lingerie e fiquei maravilhado com a visão, na minha frente, passei a mão pelo seu corpo e vi seus pelos arrepiados. Eu a puxei para mais perto e cheirei seu pescoço. Ela solta mais um gemido, e meu psicológico já foi jogado na lona com isso.. Eu tirei, então, sua lingerie e chupei cada parte do seu corpo deixando em cada pedaço dela uma lembrança minha, ao ver sua pele alva cheia de marcas que eu mesmo fiz, me fez ficar mais obsessivo por ela, quando eu vou penetra-la eu lembrei que ela ainda não teve relações com ninguém e resolvi fazer tudo com calma. Procurei deixá-la bem molhada e só então eu a penetro, vou devagar. Ela reclamou um pouco no início, e então perguntei se ela queria parar. Ela disse que não, então eu tentei ser o mais amoroso possível. Depois da dor, ela começou a demonstrar que o prazer está chegando, e ainda a beijando eu acelerei até os dois chegarem ao ápice do prazer.

Após o melhor sexo que o já tive em minha vida, eu a puxei para meus braços e logo em seguida ela dormiu. Percebi que ela apagou, de fato. Então, vou até o banheiro pegar uma toalha. Molhei ela na pia e vou até a minha ternura para limpá-la, notando naquele momento que não usei camisinha. Contudo, caso ela engravide, será mais um motivo para tê-la para sempre comigo. Continuei a passar a toalha, limpando-a e quando terminei, me deitei ao seu lado, e a puxei novamente para meu braço e assim eu também dormi ao lado da minha mulher que é o amor da minha vida.

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