Despertei em um quarto estranho com um cheiro forte de desinfetante. A porta do quarto se abriu, e quando vi a preocupação estampada no rosto de Murilo, tudo voltou a minha mente como um flash. Murilo estacionou o carro a frente a minha casa e vi dois homens na frente da minha casa. Quando mirei os olhos para ver quem era, meu sangue ferveu. Lá estava meu amigo Lucca e meu “irmão”. Eu não conseguia acreditar que aquele mostro tinha conseguido me achar. Até tentei culpar Murilo, mas ele disse que não tinha nada a ver com a presença de Rael ali. Saí do carro e caminhei em direção a Rael e Lucca. Murilo chegou perto de mim, grudou nossas mãos e caminhamos juntos. Quando Lucca me viu, tentou se aproximar de mim com um papo de que “era bom me ver de novo”. Eu tratei logo de o interromper e o questionei do porque ele ter aparecido com a única pessoa que eu não queria contato. Eu estava ansiosa pela visita de Lucca, mas nunca esperei que ele iria trazer o Rael. Fiquei me questionando o porq
Cheguei em frente ao meu cunhado, e a vontade que eu tinha naquele momento era tortura-lo ali mesmo. Eu ainda não conseguia acreditar que ele teve coragem de chegar em uma mulher grávida e dar a notícia que sua mãe estava em coma. O que será que aquele idiota tinha no cérebro? Aline é uma mulher sensível e grávida ela se torna dez vezes mais. Portanto, essa notícia tem que ser dada com calma e com cuidado, não da forma que ele fez.— Lá fora, agora! — Rael começou a andar e Lucca ficou parado. — Estou falando com os dois!Aumentei o tom da voz e o idiota do Lucca que mesmo contra a vontade começou a andar. Tomei a frente dos dois e no momento que chegamos do lado de fora com uma distância boa do hospital eu me virei e com a minha mão predominante eu soquei a cara de Rael, que caiu com tudo no chão. O soco foi tão forte que o fez cuspir sangue. Lucca o ajudou a se levantar e Rael veio na minha direção.— Ficou louco, cara? — Ele disse com o rosto próximo ao meu. — O que eu fiz para mer
Murilo entrou no quarto em que eu estava, com cara de poucos amigos. Eu o encarei tentando decifrar o que se passava na mente dele, e foi quando eu olhei para Rael e Lucca que eu entendi. Os dois estavam com machucados no rosto. Rael estava pior. Por todo o seu rosto tinha escoriações. Já Lucca estava só um pouco vermelho na boca. Voltei meu olhar para o Murilo e ele piscou um olho na minha direção, não resisti e sorri. Parecia que ele estava se achando o machão por ter dado umas porradas naqueles dois.Eles se aproximaram da minha cama, Bernadete foi se levantado e se colocando a minha frente, como se ele fosse um segurança. Quanto mais perto eles chegavam, mais ela inchava o peito para tentar colocar medo neles. — Bê, pode se desarmar. Tenho certeza de que eles não irão me machucar. Pelo menos não agora né, Rael? — Bernadete senta ao meu lado de novo.— Acho bom mesmo eles não tentarem nada ou eu pego esse negócio de colocar soro e dou na cabeça deles. Dos três! Entendeu “ex-marido
Sempre fui amigo de Aline, mas após completar dezoito anos, eu comecei a vê-la com outros olhos. Aquela minha amiga, que até uns dias atrás era uma menina meiga e gentil se transformou em uma linda mulher, muito rapidamente. E foi no dia do seu aniversário que eu me apaixonei por ela. Também foi naquele dia que eu decidi que a tornaria minha mulher, entretanto, para minha total surpresa e fracasso, Aline se tornou esposa do futuro subchefe da nossa família.Eu não podia acreditar que toda a vida que planejei para viver ao lado de Aline foi desmoronando aos poucos com o seu casamento. Como eu não tinha o que fazer para impedir o casamento, e também não queria ficar ali e ver a mulher que eu desejava para mim, se tornar de outro. Eu falei para meus pais que precisava viajar, tirar um ano de celibato. E foi o que eu fiz.Viajei para muitos lugares, porém nenhum deles parecia ter graça para mim. Eu queria Aline ao meu lado, aproveitando cada vista. Queria criar memórias com ela. Quando eu
Quase não acreditei quando Aline me pediu para sair do seu quarto, e ainda por cima deixa aquele idiota com ela. Eu ciumento do jeito que sou, disse que daria apenas meia hora para ela resolver tudo com ele e nenhum minuto a mais. Ela ainda tentou discutir comigo, dizendo que eu não mandava nela e que ela não era minha mulher, mas é aí que ela se engana. Aline sempre será minha mulher e desde quando eu decidir ficar ao lado dela, ela se tornou a única na minha vida. Eu saí do quarto deixando-os sozinhos, com um sentimento de impotência tomando conta do meu ser. — Confia tanto assim nela? — Abriu a boca aquele que era meu melhor amigo. — Não tem medo do que ela poderia fazer com ele nesse tempo que você está aqui fora.Eu já estava me preparando para termina de quebra os dentes que sobraram da boca de Rael, quando a amiga da minha mulher tomou a vez e socou a cara dele. Foi um soco bem forte. E ele ordinário do jeito que é, tentou partir para cima de Bernadete, mas eu entrei na frente
Nunca imaginei que veria Murilo sem controle da forma que ele ficou, quando entrou no quarto que eu estava. O quarto se encheu de pessoas curiosas com o que estava acontecendo ali. Tentaram tirar ele de cima do Lucca, mas quanto mais tentavam mais ele batia. Eu gritava pedindo para ele parar, só que nem isso surgia efeito. Quando conseguiram tirar ele de cima de Lucca, o coitado já estava desacordado. Não digo coitado por estar com dó nem nada, mas por ele apanhar demais. Levantaram Murilo, e eu corri para o abraçar. Eu pedia em lágrimas para ele se acalmar.— Murilo, Por favor! Olha para mim! Murilo você está me deixando com medo. Nosso filho está inquieto. Por favor. — Eu o abracei forte.Ele me abraçou forte, como se quisesse fugir do abismo que o ódio o colocou. Eu me agarrei ainda mais nele, pois eu também estava precisando dele. Apesar de não gostar da forma que Murilo reagiu, ele apenas me defendeu, e isso significou muito para mim. Não conseguia acreditar que meu único amigo,
Estávamos quase pousando na nossa cidade, três dias após descobrir que minha sogra estava em coma. Meu irmão me ligou e me contou o que aconteceu com ela. Ele disse que tudo indica que foi o meu sogro que machucou ela, mas não há como confirmar, pelo menos até minha sogra acordar e nos dizer o que realmente aconteceu. Eu não contei para Aline essa parte, pois não queria ver ela mais nervosa do quer já estava. Eu sabia o tanto que aquela notícia mexeu com ela. Posso até parecer insensível, mas quem saiu ganhado com tudo isso fui eu. Minha mulher estava tão carente que me quis por perto o tempo todo. Quase não acreditei quando ela me pediu no hospital para deitar na cama com ela. Eu achei que ela estava querendo evitar que eu fosse atrás daquele babaca do seu amigo e acabasse com a vida dele. Eu até tentei dizer para ela não se obrigar a fazer algo que não queria. Então, para minha surpresa, ela disse que não me chamaria de novo. Como negar aquele pedido? Como eu podia deixar passar aq
Estava sentada na mesa, ao meu lado esquerdo estava Murilo e do outro Bernadete. Meus nervos estavam a flor da pele. Eu queria ter ido direito para o hospital para ver minha mãe, mas o Don me falou que meu pai estava lá com ela. Então ele achou melhor eu ir depois que mandasse seus homens o tirar do hospital. Eu concordei, pois com certeza não queria vê-lo. Eu sabia que mais cedo ou tarde iria acontecer nosso encontro, mas eu preferia que fosse bem mais para frente. Meu pai é a única pessoa que, se eu pudesse escolher, eu o excluiria da minha vida. Falta não faria, eu e meu filho estaremos bem melhor sem ele por perto.Antes de sentarmos na mesa, o pai de Murilo veio até mim e pediu desculpas por tudo que me aconteceu. Ele disse que se arrependia de ter forçando o casamento. Meu sogro falou que a única coisa boa que aconteceu com a união de Murilo comigo, era o bebê dentro em minha barriga. Ele também disse que conversou com meu pai e disse para ele manter distância de mim. Claro que