Saber que Bruna era minha irmã, fruto de mais uma covardia que meu pai fez contra minha mãe, doeu, mas do que eu imaginava que doeria. Por que de bilhões de pessoa que existia no mundo, tinha que ser ela. Acho que eu odiaria meu pai bem menos, se fosse outra pessoa. Ele era realmente um desgraçado, pois até mesmo após morto, ela conseguia acabar com um pouco da minha paz. Estava cansada de ouvir, todos perguntando se eu estava bem. Que pergunta mais merda que poderiam fazer a uma pessoa que tinha acabado de descobrir que as pessoas que mais me fizeram mal na vida, eram sangue do meu sangue. Eu me sentia suja por ter tanto ódio em meu coração, pois eu sabia estar me igualando a eles. Tive uma discussão com Murilo, onde falei o que estava entalado em minha garganta, mas acho que falei demais. Eu disse coisas que não estavam em meu coração, falei que o odiava por ter se envolvido com Bruna, e que eu tinha certeza que ela nunca nos deixaria viver em paz, a sombra dela sempre iria nos per
Entrei no primeiro bar que apareceu à minha frente, sentei em uma cadeira que ficava em frente ao balcão e Rael sentou ao meu lado. Ficamos em silêncio por um tempo, meu peito ainda doía pela discussão. Sinceramente, eu pensava, ou até mesmo queria acreditar que minha esposa tinha esquecido, os meus erros no passado, mas percebi que subestimei muito a dor que lhe causei, pensava que com meu carinho, e amor sem medidas ela passaria uma borracha em tudo e que viveríamos o nosso amor, sem interrupções, mas subestimei a minha capacidade de ser egoísta. Como eu pude esquecer do tamanho do mal que eu fiz a ela? Eu tinha que ter pensado nela, que ao descobrir que Bruna era sua irmã poderia mexer muito com ela. Afinal, querendo ou não, eu a deixei no altar por sua própria irmã. Pedi um whisky puro, queria ficar bêbado muito rápido, pois se mais rápido eu ficasse bebo, mas rápido eu voltaria para meu apartamento. Talvez se eu voltasse beber, eu conseguiria conversar melhor com minha esposa,
No momento que Aline se aproximou de mim, eu peguei nosso filho em meus braços. Não sabia ao certo, como eu tinha aguentado ficar tanto tempo longe dele. Fiquei ressentido com Aline, por afastar meu menino de mim, mas eu estava disposta a esquecer o que ela fez, pois, eu iria levar meu filho de volta para nossa casa, e ela não teria a oportunidade de me negar isso. — Arrume suas coisas, vamos voltar em meia hora. — Falei, no tom mais sério que eu conseguia. — Não pretendo voltar hoje. — Iriamos ver quem tinha controle sobre a situação. — Cresça Aline. — Além de você sumir da nossa casa em plena noite, você ainda leva meu filho. — Eu não estava com raiva, mas era o que eu queria demostrar para ela naquele momento.— Ele também é meu filho, e não preciso de permissão para sair com ele. — Estou saindo em meia hora, vou com ou sem você, porem nosso filho irá comigo. — Me sentei no sofá, briguei um pouco com meu filho, e ao ver que Aline não se mexia, olhei em meu relógio e disse. — Vi
Queria ter o poder de dizer não para Murilo, dizer não com a boca e com o corpo, porem quando minha boca nega o que ele pede, meu corpo por vontade própria cede aos seus encantos. Com algumas palavras, conseguiu me levar de volta para nossa casa, eu tinha planos de ficar mais alguns dias com a minha tia, mas a forma que Murilo falou comigo, me deixou alerta. Ele estava bravo por eu afastar nosso filho dele. Ian sentiu falta do seu pai, mas a verdade que eu também senti falta do meu marido, e esse é um dos motivos que não questionei a sua ordem, e sem contar que ele usou o nosso filho, nunca que eu ficaria longe do meu menino, e muito menos do meu marido. Eu já estava mais calma, minha raiva foi bem passageira, não conseguia ficar com raiva de Murilo por muito tempo. No caminho de volta para casa, eu mandei uma mensagem pedindo desculpa, por não ter atendido sua ligação. Na mensagem eu também disse amar muito, e que o que eu fiz não tinha perdão, mas tudo que aconteceu nos últimos dia
Faltavam poucas para o aniversário de Ian, aquele dia estava me deixando eufórica. Queria que tu fosses perfeito para meu pequeno. Eu sabia que ele ainda era muito pequeno e que não lembraria de nada que fosse acontecer, no seu primeiro aniversário, mesmo assim, eu ainda queria que fosse tudo perfeito. Iriamos registra tudo para que quando ele tiver em uma idade que pudesse compreender, nos mostraríamos para ele, o quanto aquele dia para ele foi feliz. Estava tentando esquecer dos meus problemas, esquecer que dali a alguns dias eu teria que ficar cara a cara com Bruna, minha irmã parte de pai. Rael e Murilo falaram para eu não me preocupar, pois, eles já tinham tudo sobre controle e que ela nunca conseguiria nada de nos. Então como tudo estava sobre controle eu me foquei apenas em preparar o melhor aniversário para meu menino. A festa de Ian irá ser realizada, na nossa nova casa. Isso mesmo Murilo comprou nossa casa, ela é perfeita. Lembro que um dia ele me perguntou como seria a cas
— Quero uma casa, nem tão grande e nem pequena, que seja confortável ao ponto de nos deixar a vontade, uma casa com a varanda para o lado do sol, para podermos ver o por do sol, juntos. Quero que no quarto tenha uma janela de vidro no teto para eu poder ver a lua, as estrelas e quando estiver chovendo, eu possa ver a chuva caindo no vidro. Esse foram os detalhes que Aline disse querer em nossa casa, fora a quantidade de quartos, uma cozinha enorme, uma sala de jantar, um quintal com piscina e entre outras coisas que encontramos em uma casa. A minha procura pela casa certa demorou mais do que eu pensava, mas eu encontrei e ela era tudo que precisamos, tinha quatro quartos, e uma deles era uma suíte muito grande. Perguntei aos empreiteiros o quanto demoraria para colocar cada detalhe na casa, ele me pediu dois meses, e o bom de tudo é que estaríamos antes do aniversário de Ian.No dia que o empreiteiro me informou que a casa estava no jeito que eu pedi, eu contratei algumas, diarista p
A festa de um ano do meu filho Ian, foi tudo lindo. Ainda me perguntava como duas pessoas conseguiam operar um milagre, pois acredito que foi isso que aconteceu naquele dia. Aline e Bernadete conseguiram deixar o dia do nosso Raiozinho perfeito, cada pessoa que esteve naquele local ficaram maravilhados com os detalhes das decorações. As crianças amaram tudo, fizeram a festa será mais alegre, e não posso mentir que não foi só as crianças que se divertiram, contratamos três pessoas para ficarem cuidando das crianças, e após as comemorações do aniversário, os adultos tiveram seu momento de diversão. Creio que nos divertimos mais do que as crianças, brincamos com todos os brinquedos que foram alugados, e praticamente voltamos a ser crianças naquela tarde. Brincamos tanto que ficamos suados, mas o diferencial das crianças é que cansamos bem rápido, mas conseguimos vencer o cansaço, e nos divertimos muito. Augusto e meu pai, pareciam dois garotos, brincando na gangorra, enquanto um subia o
Ficamos por uns três dias comprando tudo para ornamentações para o aniversário de Ian. Eu e Bernadete, escolhemos tudo a, dedo, e ficamos felizes com o resultado, pois ficou do jeito que imaginamos, a comemoração foi rápida, e após os parabéns, as crianças foram para uma área reservada para eles, então foi a vez de os adultos comemorar. Na verdade, os homens foram se divertir nos brinquedos que alugamos para as crianças se divertirem, claro que alugamos o dobro de casa, não iria tirar as crianças do seu momento de diversão e deixar os adultos se divertirem no lugar delas. Quem mais se soltou, brincando igual criança foi meu cunhado e sogro, eles riam muito, e até mesmo na gangorra eles brincaram.— Achei que viveria uma vida ao lado de Augusto e nunca o veria tão solto. — Bernadete falou, olhando para seu noivo. — Também pensei que nunca os veríamos em uns momentos tão meigos. — Amigas será termos que ter alugado esses brinquedos antes?— Meu bem, se eu soubesse que eles iriam levar