Aquele velho desgraçado ele me enganou, como eu o queria vivo para poder enfiar minhas unhas em sua garganta. Que tipo de ser humano, consegue usar uma pessoa, como se fosse um brinquedo. Doeu em mim, saber que ele não era o meu pai, e doeu, muito mais do que eu podia imaginar. Querendo ou não, ele foi a única imagem de pai que eu tive em toda minha vida, e não mentir, bem lá, no fundo do meu ser, eu realmente queria que ele fosse meu pai. Sebastian, me tratou muito bem no tempo que ficamos juntos, ele até mesmo me falou sobre eu ser a filha que ele sempre quis, então eu me pergunto o porque dele mentir, e dizer que ele namorou minha mãe, e que ele até mesmo chegou a ama-la. Naquele dia ali eu descobrir que ele era realmente o monstro que todos falavam. Eu estava confiante que conseguiria tirar pelo menos metade daquela sonsa, mas nada saiu como eu planejava, tudo estava indo tão bem no julgamento, até Douglas, um dos advogados do lado de Aline, chamar sua testemunha chave do seu cas
Liguei para Murilo, com a intenção de saber como foi no tribunal. Eu sabia que meu pai tinha feito o que estava disposta a fazer, e no momento que meu pai se destinava a fazer algo, ele não desistiria sem antes conseguir o que tinha planejado. Mas o que me deixou louco da vida, foi saber que minha irmãzinha que eu já tinha a castigado. Falei para Melissa que não queria ver ela fora de casa, enquanto ela não aprendesse a se comporta, mas pelo que pude perceber ela queria brincar realmente comigo. Após a ligação de Murilo, fui até a casa do meu pai. Ele estava sentando em sua poltrona de sempre, e com sua boa chácara de café. — Ela está no quarto. — Meu pai falou, sem nem ao menos virar para ver quem estava entrando. — Como você faz isso? — Perguntei tentando entender esse dom que ele tinha de conhecer os passos de cada pessoa que entrava na nossa casa. — Tenho uma audição abençoada por Deus. — E que audição em! — Comecei a subir os degraus em direçao ao quarto de Melissa, e entrei
Ao abrir a porta do meu apartamento, vi minha menina sentada no sofá com a expressão de preocupada. Fechei a porta atrás e mim, e ao ouvir o barulho da porta ela me olhou. Bernadete se levantou do sofá e começando a caminha em direçao um ao outro, nos abraçamos e ficamos por um tempo, abraçados, eu estava precisando sentir o cheiro dela para acalmar meus nervos.— Como foi com ela? — Bernadete de perguntou se referindo a minha irmã.— Ela gritou bastantes, chorou muito, implorou mais ainda. — Precisava tomar uma atitude tão, drásticas assim?— Infelizmente meu amor. — Me afastei dela, e caminhei até o sofá. — Eu dei muitas chances para Melissa, e ela não soube aproveitar nenhum delas, minha irmã pirraçou com as nossas caras até quando deu, agora ela tem que aguentar as consequências dos seus erros. — E é simples assim, você simplesmente vai mandar ela para longe e deixara ela lá longe da sua família, longe de todos.— Bernadete, você tem que entender que isso foi uma decisão unicame
Fomos chamados para um jantar na casa de Bernadete e Augusto, achei que seria para família toda, mas era um jantar apenas para meu marido e para mim. Ao chegarmos lá fomos recebidos com uma ótima notícia, de que Augusto e Bernadete já tinham marcado a data do casamento deles, e como já era de se esperar, eles queriam eu e Murilo, como padrinhos. Fiquei muito emocionada ao ver que minha amiga estava sorrindo novamente. Não é que ela deixou de sorrir, só que após o seu noivado, na antiga casa de Augusto, minha amiga ficou triste com tudo que Melissa falou sobre ela e Augusto. Bernadete mudou seu comportamento, ela me disse estar se culpando, pensando ter culpa pela forma que o casamento de Augusto terminou, e mesmo eu lhe dizendo diariamente, que ninguém teve culpa das loucuras de Sônia, e que ela mesma cavou sua própria cova. Falava a todos os segundos para ela, aproveitar cada segundo ao lado de Augusto. O amor dos dois, ainda era um bebe, e que eles teriam que se esforçarem para que
Estava no altar organizado pela minha cunhada esposa do meu irmão. Meu coração batia tão acelerado que eu jurava que a qualquer momento ele sairia pela minha boca, já tinha vivido esse momento antes, mas nada que vivi ao lado de Sônia chegava aos pés de toda experiencia que era viver ao lado de Bernadete. Minha menina tinha o poder de me levar do céu ao inferno em questão de segundos, ela mexia com meu psicológico sem nem mesmo movimento um músculo do seu corpo. No dia que eu a vi pela primeira vez, eu soube que ela seria o motivo da minha perdição, ela tinha o total controle da minha vida em sua mão. Antes de conhecer Bernadete eu achava horrível que homens se deixava a mercê das vontades de suas esposas, meus amigos comia quieto nas mãos de suas esposas, e sem falar no meu irmão que beijava o chão que minha cunhada Aline pisava, então eu os achava uns homens frouxos. Com o passar dos dias ao Lado de Bernadete, eu percebi que Sônia só não me fez de mim um capacho dela, por eu não a
Enquanto eu caminhava em direçao ao meu homem da minha vida, em minha mente passava um filme, de tudo que eu já tinha vivido até aquele momento. Lembrei de quando meus pais faleceram. No dia da morte deles, minha vida perdeu todo sentindo, não conseguia ver nada a minha frente. Meu primo Thiago veio me buscar para morar com ele no dia seguinte a morte dos meus pais, morei com ele dos quinze aos dezenove, mas no momento que eu percebi que ele precisava de uma casa só para ele, e mesmo Thiago me dizendo que eu não precisava sair de casa, que a vida particular dele não era mais importante do que eu, ainda assim eu sair. Ele merecia viver a vida dele, da forma certa, sem ter uma pessoa para se responsabilizar vinte quatro horas por dia, meu primo era muito novo quando me trouxe para sua casa, e ele merecia ter sua vida de solteiro de volta. Então eu não existia uma pessoa melhor para me levar até o altar, do que o homem que sacrificou anos de sua vida, para cuidar de mim. Eu estava segur
Presenciei dois casamentos de Augusto, mas ele parecia outro homem no seu casamento com Bernadete, ele tinha um brilho nos olhos, seu sorriso era verdadeiro, e eu queria viver aquele momento também. Queria saber qual era a sensação de ficar em um altar esperando Aline, ver ela entrando de vestido branco, ou podia ser qualquer cor que ela quisesse, eu queria viver aquele momento, mas pelo visto, ela tinha medo de viver o mesmo constrangimento que eu causei a ela, no dia do nosso quase casamento. Nunca iria parar de me achar o homem mais idiota do mundo, eu poderia ter vivido aquele momento há muito tempo, mas por uma escolha infeliz, eu a perdi. Passei praticamente um mês insistindo para ela aceitar se casar comigo na igreja, e sua resposta era sempre a mesmo, que já estávamos casados e não precisamos repetir a dose.Aline e eu não casamos, como todos os casais normais. Nós assinamos um papel do qual não sabíamos o que era, e um pouco mais tarde, descobrimos que aquele papel se tratava
Eu já tinha decidido me casar com Murilo, só não queria mostrar para ele que eu desistia das coisas fáceis, e também queria deixar ele sentindo uma gota do que eu passei, ao ser rejeitada. Eu decidir me casar com Murilo, no momento que vi Bernadete indo em direçao ao meu cunhado. Lembro que eu pensei: se no casamento da minha melhor amiga, eu fiquei tão emocionada, imaginava como eu ficaria, se fosse o meu casamento. E também queria ter Bernadete sendo minha madrinha, mas o principal motivo de mudar de ideia sobre o casamento, era que eu não podia me fingir de cega por muito tempo. Murilo se esforçava muito para realiza os meus desejos, ele conseguia me fazer feliz diariamente, ele abriu mão de muitas coisas que ele gostava de fazer, para passar mais tempo comigo e com o nosso filho. Esperei Bernadete voltar da sua lua de mel, e pedi ajudar para realizar algo que não fizesse Murilo suspeitar. Queria deixar passar alguns meses para ele não desconfiar, mas não podia demorar muito para