Leonardo estava em busca de um lugar grande e abandonado onde pudesse trabalhar sem ser visto, e Bruno, após ponderar um pouco, lembrou de um local que poderia servir. —Tem um lugar, mas não sei se você vai ficar à vontade lá. Mas tem espaço— disse ele. —Ótimo! Contanto que eu não seja incomodado nem interrompido, ou visto por alguém—respondeu Leonardo. Bruno assentiu e logo os dois partiram. Ele levou Leonardo a uma loja de produtos químicos, onde Leonardo comprou tudo o que precisava. Após as compras, Bruno mudou de direção e pegou uma estrada de pedra que os levou a uma fazenda grande. Ao chegarem, Bruno entrou e Leonardo percebeu uma tristeza nos olhos dele. Era como se aquele lugar despertasse lembranças amargas. Bruno caminhou até uma grande cancela e abriu um cadeado com algumas chaves que tirou do bolso. Depois disso, voltou para o carro, respirando pesadamente. Eles dirigiram para a casa grande e deteriorada da fazenda. Ao chegarem, Bruno abriu a porta da casa empoeir
Após a conversa intensa e reveladora, um silêncio pesado pairou entre Bruno e Leonardo. Ambos sabiam que haviam cavado fundo nas feridas do passado, mas agora era hora de seguir em frente, pelo menos por enquanto. Leonardo, imerso em seus próprios pensamentos sombrios, voltou-se para a tarefa que tinha em mãos: fabricar as bombas caseiras. Era uma atividade que exigia concentração, mas também lhe permitia canalizar sua raiva e frustração. Enquanto as horas passavam, ele trabalhou meticulosamente, suas mãos ágeis moldando cada componente com precisão. A adrenalina pulsava em suas veias a cada passo do processo. O cheiro de pólvora e o som dos materiais se juntando pareciam quase uma sinfonia de revolta. Ele estava determinado a enviar uma mensagem clara, mesmo sem precisar de palavras. Finalmente, após muito esforço, Leonardo preparou duas caixas de presente. A primeira foi endereçada à delegacia, um local que ele associava com injustiça e dor. Dentro da caixa, colocou uma bomba inof
Um dos policiais, com a voz trêmula e os olhos arregalados, exclamou: — Alguém está nos ameaçando! Ele sabe que fomos nós quem matamos Osmar Fernandes. Mas por que ele está querendo se vingar de nós? — Quem diabos é L D? O que isso significa? — questionou outro, a inquietação crescendo. O delegado permaneceu em silêncio, o corpo tremendo não apenas pelo frio, mas pelo medo que começava a consumir sua bravura. A atmosfera estava carregada; o ar parecia denso como chumbo. — Por favor, delegado! Diga alguma coisa! O que vamos fazer? Precisamos usar todos os recursos para descobrir quem é esse desgraçado e iliminar isso de uma vez por todas! — implorou um dos policiais, a urgência evidente em sua voz. O delegado baixou a vista, derrotado. A expressão em seu rosto era de quem carregava o peso de um segredo obscuro. — Eu já vi esse símbolo antes... — murmurou, quase para si mesmo. — Não era o LD... mas queimava do mesmo jeito. Ele abriu uma gaveta e retirou uma fita de vídeo antiga,
Leonardo olhou para Bruno sem esboçar nenhum sorriso e falou: —Não estou indo longe demais. Eles é que foram longe quando decidiram tirar a vida de um pai de família honesto e trabalhador por ganância. —Se você acha que vou ter misericórdia deles, está enganado. Se você não tem estômago para isso, aconselho a pular do barco. Bruno balançou a cabeça em negativo e disse: —Não vou, porque sei a dor de um filho que perde o pai ou a mãe por doença natural. Imagine a dor de saber que seu pai foi assassinado. Leonardo olhou seriamente para Bruno e falou: —Rapaz, não quero que se envolva nisso. Você é jovem e tem um futuro pela frente. Bruno encarou Leonardo e disse: —Falando assim, parece até que você é velho. Mas acho que você tem de 19 a 20 anos, então pare de me tratar como criança. Leonardo olhou para Bruno com uma carranca e encarou-o com um olhar sombrio. Mas o rapaz não se intimidou. Bruno continuou: —Eu não sei quem você é de verdade, Leonardo. Só sei que em menos de cinco
— Encerramos o assunto aqui — disse Leonardo, com um tom firme. Ele ligou para Chase e Shane, falando em italiano, sua voz clara e autoritária: — Preciso dos serviços de hacker de vocês. Vou enviar por e-mail o que quero que descubram. Depois, discou mais um número e perguntou Beatrice chegou ao destino que queria? A resposta foi rápida: — Sim, senhor. O que quer que eu faça? Leonardo respondeu com uma calma controlada: — Nada. Eu já estou terminando de resolver aqui um assunto, e quando estiver voltando para casa, passo aí. Só me mantenha informado de cada passo dessa bandida. Enquanto Leonardo mexia em seu notebook, Bruno caminhava de um lado para o outro, inquieto. — Pare de afundar o chão da suíte — falou Leonardo, com um tom sério. Bruno olhou para ele, seus olhos refletindo a ansiedade: — Só estou nervoso, sem paciência. Leonardo empurrou o notebook para o lado e se levantou, encarando Bruno. — O que foi? O que ouviu te deixou assustado? Bruno respirou
Leonardo olha para o homem em sua frente e pensa em uma maneira de poupar a vida dele sem demonstrar fraqueza.A família Denaro tem um código de honra entre eles de jamais matar mulheres e crianças por um erro do marido ou pai.— Ok, vou poupar sua vida por enquanto — diz Leonardo, sua voz firme e sem espaço para discussões. — Mas você ficará me devendo. E não importa quanto tempo passe, sejam dias, meses ou anos, eu vou cobrar de você na hora certa.Leonardo observa Pedro Lucas, sua feição mostra um misto de alívio e medo nos olhos. Ele sabe que acabou de ter uma chance, mas também que essa decisão vem com um preço alto. A tensão no ar é quase sufocante, e a promessa de cobrança futura paira entre os dois como uma sombra ameaçadora.Pedro sente um nó na garganta. O agradecimento por ainda estar vivo é intenso, mas a dúvida o consome.— Senhor, o que devo fazer? O que quer em troca? — pergunta ele, tentando entender a profundidade do compromisso que está assumindo.Leonardo sorri de m
A cena era brutal e intensa. Leonardo, tomado pela raiva e pela dor que sentia por Mirella e pela perda do pai, não estava disposto a mostrar compaixão. Ele se tornou a personificação da vingança.Com um chute violento no estômago do homem, ele viu o corpo cair no chão, ofegante, lutando para recuperar o fôlego. A ferocidade de Leonardo só aumentava. Ele repetiu o golpe no rosto, fazendo com que o homem gemesse de dor. A satisfação momentânea de ver seu agressor sofrer era quase palpável, mas Leonardo sabia que isso não era suficiente.Ele se abaixou e segurou o homem pelo pescoço, olhando nos olhos dele com uma intensidade que poderia derreter aço.— Você acha justo tirar um pai amoroso da filha? — a voz de Leonardo estava carregada de emoção, enquanto ele ligava o celular e mostrava a imagem de Mirella em desespero, gritando pelo pai e chorando na hora do sepultamento.— Isso aqui é justo? — ele perguntou, sua voz alterada pela raiva crescente. O aperto em seu pescoço aumentou, e o
Leonardo entrou no carro com Bruno e partiram para a fazenda. Ao chegarem, retiraram suas máscaras e roupas, tocando fogo em tudo. Depois, tiraram a placa falsa do carro e limparam toda a tinta. — Precisamos deixar tudo como estava — disse Leonardo, concentrado enquanto limpava. — Pode deixar! — respondeu Bruno, determinado. — Não vamos deixar nenhum vestígio. Fizeram uma limpeza geral na fazenda, na casa e nos celeiros, para não deixar nada do que tinham feito naquele lugar. Quando terminaram, já era mais das 20 horas. Retornaram para o hotel, onde Leonardo foi descansar e Bruno voltou para sua casa. Ao chegar, Bruno abraçou seu velho pai, que pela idade vivia em uma cadeira de rodas. — Oi, pai! — disse Bruno, emocionado. — Senti sua falta. E deu um beijo no topo da cabeça da irmã. Em seguida, deitou-se e dormiu. No outro dia de manhã, Bruno foi de encontro a Leonardo. Assim que chegou, descobriu que ele já estava de malas prontas para voltar para a Itália. — Você vai mesmo e