Leonardo, mesmo com a raiva pulsando em suas veias, escutou tudo atentamente. A tristeza o envolveu ao descobrir que Osmar falecera no hospital, após uma injeção letal administrada por um médico. A angústia de saber que, se tivesse chegado a tempo, poderia tê-lo salvado, pesava sobre seus ombros como uma carga insuportável. Aproveitando que ainda estava disfarçado e que ninguém o reconhecia, ele decidiu agir.Entrou na sala do diretor do hospital e fechou a porta atrás de si, criando um espaço seguro para confrontá-lo. Quando o diretor percebeu a presença ameaçadora de Leonardo, seu rosto palideceu. —Quem é você e por que está fazendo isso?—O diretor perguntou, a voz trêmula. Leonardo se aproximou, segurando-o pelo pescoço com força e jogando sobre a parede frio. —Estou aqui pelo Osmar Fernandes e sou o seu pior pesadelo. Agora me dê a lista de todos os envolvidos neste crime ou você vai ouvir falar de mim. O diretor do hospital tremia de medo. —Por favor, não faça isso! Eu não
Leonardo, agora livre do disfarce de médico, sentia a adrenalina pulsando em suas veias. Ele havia cumprido sua missão, mas a tensão ainda pairava no ar. Ao deixar o médico adormecido em uma área isolada, ele teve certeza de que ninguém o encontraria tão cedo. A sensação de controle sobre a situação era quase intoxicante. Ao retornar à recepção, o ambiente estava carregado de nervosismo. Bruno o aguardava, quase em pânico, a ansiedade estampada em seu rosto. Assim que Leonardo entrou no carro, Bruno não conseguiu conter a pergunta: —E aí, cara? Me diz se deu tudo certo. Leonardo encostou-se no assento e reclinou a cabeça para trás, um gesto que falava mais que mil palavras. —Que insinuação ridícula foi aquela?—Sua voz era fria e distante, como se ele estivesse em um lugar completamente diferente. Bruno tentou disfarçar sua preocupação. —Não sei do que você está falando— disse ele, forçando um sorriso nervoso. Mas Leonardo não estava disposto a entrar em jogos mentais. —Deixa p
Leonardo estava em busca de um lugar grande e abandonado onde pudesse trabalhar sem ser visto, e Bruno, após ponderar um pouco, lembrou de um local que poderia servir. —Tem um lugar, mas não sei se você vai ficar à vontade lá. Mas tem espaço— disse ele. —Ótimo! Contanto que eu não seja incomodado nem interrompido, ou visto por alguém—respondeu Leonardo. Bruno assentiu e logo os dois partiram. Ele levou Leonardo a uma loja de produtos químicos, onde Leonardo comprou tudo o que precisava. Após as compras, Bruno mudou de direção e pegou uma estrada de pedra que os levou a uma fazenda grande. Ao chegarem, Bruno entrou e Leonardo percebeu uma tristeza nos olhos dele. Era como se aquele lugar despertasse lembranças amargas. Bruno caminhou até uma grande cancela e abriu um cadeado com algumas chaves que tirou do bolso. Depois disso, voltou para o carro, respirando pesadamente. Eles dirigiram para a casa grande e deteriorada da fazenda. Ao chegarem, Bruno abriu a porta da casa empoeir
Após a conversa intensa e reveladora, um silêncio pesado pairou entre Bruno e Leonardo. Ambos sabiam que haviam cavado fundo nas feridas do passado, mas agora era hora de seguir em frente, pelo menos por enquanto. Leonardo, imerso em seus próprios pensamentos sombrios, voltou-se para a tarefa que tinha em mãos: fabricar as bombas caseiras. Era uma atividade que exigia concentração, mas também lhe permitia canalizar sua raiva e frustração. Enquanto as horas passavam, ele trabalhou meticulosamente, suas mãos ágeis moldando cada componente com precisão. A adrenalina pulsava em suas veias a cada passo do processo. O cheiro de pólvora e o som dos materiais se juntando pareciam quase uma sinfonia de revolta. Ele estava determinado a enviar uma mensagem clara, mesmo sem precisar de palavras. Finalmente, após muito esforço, Leonardo preparou duas caixas de presente. A primeira foi endereçada à delegacia, um local que ele associava com injustiça e dor. Dentro da caixa, colocou uma bomba inof
Um dos policiais, com a voz trêmula e os olhos arregalados, exclamou: — Alguém está nos ameaçando! Ele sabe que fomos nós quem matamos Osmar Fernandes. Mas por que ele está querendo se vingar de nós? — Quem diabos é L D? O que isso significa? — questionou outro, a inquietação crescendo. O delegado permaneceu em silêncio, o corpo tremendo não apenas pelo frio, mas pelo medo que começava a consumir sua bravura. A atmosfera estava carregada; o ar parecia denso como chumbo. — Por favor, delegado! Diga alguma coisa! O que vamos fazer? Precisamos usar todos os recursos para descobrir quem é esse desgraçado e iliminar isso de uma vez por todas! — implorou um dos policiais, a urgência evidente em sua voz. O delegado baixou a vista, derrotado. A expressão em seu rosto era de quem carregava o peso de um segredo obscuro. — Eu já vi esse símbolo antes... — murmurou, quase para si mesmo. — Não era o LD... mas queimava do mesmo jeito. Ele abriu uma gaveta e retirou uma fita de vídeo antiga,
Leonardo olhou para Bruno sem esboçar nenhum sorriso e falou: —Não estou indo longe demais. Eles é que foram longe quando decidiram tirar a vida de um pai de família honesto e trabalhador por ganância. —Se você acha que vou ter misericórdia deles, está enganado. Se você não tem estômago para isso, aconselho a pular do barco. Bruno balançou a cabeça em negativo e disse: —Não vou, porque sei a dor de um filho que perde o pai ou a mãe por doença natural. Imagine a dor de saber que seu pai foi assassinado. Leonardo olhou seriamente para Bruno e falou: —Rapaz, não quero que se envolva nisso. Você é jovem e tem um futuro pela frente. Bruno encarou Leonardo e disse: —Falando assim, parece até que você é velho. Mas acho que você tem de 19 a 20 anos, então pare de me tratar como criança. Leonardo olhou para Bruno com uma carranca e encarou-o com um olhar sombrio. Mas o rapaz não se intimidou. Bruno continuou: —Eu não sei quem você é de verdade, Leonardo. Só sei que em menos de cinco
— Encerramos o assunto aqui — disse Leonardo, com um tom firme. Ele ligou para Chase e Shane, falando em italiano, sua voz clara e autoritária: — Preciso dos serviços de hacker de vocês. Vou enviar por e-mail o que quero que descubram. Depois, discou mais um número e perguntou Beatrice chegou ao destino que queria? A resposta foi rápida: — Sim, senhor. O que quer que eu faça? Leonardo respondeu com uma calma controlada: — Nada. Eu já estou terminando de resolver aqui um assunto, e quando estiver voltando para casa, passo aí. Só me mantenha informado de cada passo dessa bandida. Enquanto Leonardo mexia em seu notebook, Bruno caminhava de um lado para o outro, inquieto. — Pare de afundar o chão da suíte — falou Leonardo, com um tom sério. Bruno olhou para ele, seus olhos refletindo a ansiedade: — Só estou nervoso, sem paciência. Leonardo empurrou o notebook para o lado e se levantou, encarando Bruno. — O que foi? O que ouviu te deixou assustado? Bruno respirou
Leonardo olha para o homem em sua frente e pensa em uma maneira de poupar a vida dele sem demonstrar fraqueza.A família Denaro tem um código de honra entre eles de jamais matar mulheres e crianças por um erro do marido ou pai.— Ok, vou poupar sua vida por enquanto — diz Leonardo, sua voz firme e sem espaço para discussões. — Mas você ficará me devendo. E não importa quanto tempo passe, sejam dias, meses ou anos, eu vou cobrar de você na hora certa.Leonardo observa Pedro Lucas, sua feição mostra um misto de alívio e medo nos olhos. Ele sabe que acabou de ter uma chance, mas também que essa decisão vem com um preço alto. A tensão no ar é quase sufocante, e a promessa de cobrança futura paira entre os dois como uma sombra ameaçadora.Pedro sente um nó na garganta. O agradecimento por ainda estar vivo é intenso, mas a dúvida o consome.— Senhor, o que devo fazer? O que quer em troca? — pergunta ele, tentando entender a profundidade do compromisso que está assumindo.Leonardo sorri de m