Atlas Saindo da ala de enfermaria, onde observei secretamente a interação entre Valéria e sua irmã, minha confusão só aumenta. Não sei se as duas irmãs são falsas, manipuladoras e egoístas, ou se meu julgamento sobre Victoria está errado. Mas estou determinado a descobrir a verdade. Porém isto ficará para depois pois preciso encontrar Alfa Logan. Quando saio para procurá-lo, sinto um desespero profundo e cenas começam a surgir em minha mente. Não entendo o que está acontecendo, mas sei que isso está ligado ao meu vínculo com ele. Sinto sua angústia, pois sou o beta dele, o segundo no comando; nossa ligação é extremamente forte. As cenas diante de mim são terríveis: vejo trevas e escuridão sem fim. A vida não existe mais como conhecemos. Todos os seres - pessoas, lobos, vampiros, fadas e elfos, entre outros - agora são carcaças movidas pelas sombras. Os poucos sobreviventes lutam apenas para sobreviver, pois não há vida num cenário tão devastado, só o que resta e tentar sobreviver na
Veridiana Quando recupero a consciência, vejo Alfa Logam em pé, sua figura imponente contrastando com a dor que emana de seus olhos. Ele realiza uma prece à deusa, sua voz baixa e suplicante, pedindo salvação às almas perdidas. Em seguida, com um gesto que parece arrancar seu próprio coração, ele quebra os pescoços dos membros de sua matilha, pondo fim ao seu sofrimento.Enquanto isso, uma chuva fraca e fria começa a cair, como se a própria deusa estivesse chorando diante tamanha tristeza. As gotas de água caem lentamente, criando um clima de melancolia que envolve tudo. Os pássaros, que haviam fugido com o barulho da batalha, começam a voltar, e uma curruíra pousa na base da torre, iniciando seu canto baixo e triste. O som da curruíra é como um lamento choroso, uma despedida às almas que partiram. O canto ecoa pelo ambiente, misturando-se com a chuva e a dor que emana de Alfa Logam. É como se a própria natureza estivesse pranteando a perda dos guerreiros. Me levanto indo até o alfa.
LogamAo chegar à matilha, percebo uma grande aglomeração. As pessoas estão amontoadas perto da calçada, próximo ao hospital, murmurando e observando algo. O ar está carregado de tensão e preocupação. Me aproximo para ver o que está acontecendo e encontro meu beta, Atlas, em estado de choque, olhando para sua companheira ensanguentada no chão, mal respirando.A luz do amanhecer ilumina a cena, destacando a gravidade da situação. O cheiro de sangue e suor paira no ar. Vendo a situação crítica, me dirijo a ele, colocando minha mão em seu ombro e chamando-o suavemente.Logam: - Atlas, Atlas olhe para mim, você precisa reagir, não pode deixá-la morrer esvaindo em sangue no meio fio da calçada, cadê aquele homem que sempre confiei para tratar de situações difíceis? Cadê o beta que sempre resolve tudo não importa o quão difícil é a situação?Atlas: - Eu não confiava nela alfa, queria rejeitá-la, achava injusto a deusa me dar alguém tão falsa e egoísta como companheira mas não desejava ser c
Victória Eu caminhava pelos corredores do hospital, sentindo-me cada vez melhor após dias de recuperação. No entanto, não entendia por que o médico ainda não me dava alta. Sempre havia uma desculpa, mas eu sabia que estava pronta para ir embora. O ambiente hospitalar era estranho e me intrigava. Ouvi falar sobre um "alfa" e um "beta", chamados assim, suponho, por serem figuras importantes. Atlas, em particular, era chamado de "beta". Eles tinham suas próprias formas de designar líderes. Na nossa cidade, elegemos prefeitos e vereadores, mas nunca havia ouvido falar em "alfa" e "beta" antes.Estava ansiosa para ver minha mãe e reencontrar minha amiga. Por hora, restava-me apenas percorrer aqueles corredores, esperando pelo momento da minha liberação. Estava distraída olhando aqueles corredores de paredes brancas como a neve, pensando que estes mesmos corredores estão cheios de memórias de vidas que se cruzam a todo instante, quando através de um vidro imaculado vi a cena que despedaçou
AtlasAs horas se passavam e eu estava extremamente nervoso do lado de fora da sala de cirurgia, tá certo que eu estava pensando em rejeitá-la, mas se morrer não sei se meu lobo aguentaria. Venom ficou tentado a arrancar minha cabeça pela forma como tratei nossa companheira. Não aguentava mais aquela espera e falta de notícias quando o guerreiro Likon, que estava encarregado pela investigação, chegou até mim.Likon: - Beta Atlas, sinto muito pelo que está passando, mas tenho o resultado da investigação que me solicitou.Atlas: - Foi bem eficiente e rápido.Likon: - Foi rápido beta, não precisei nem me deslocar. Invadi os sistemas de câmeras de trânsito da cidade, explorando vulnerabilidades na segurança cibernética. Utilizei um sinal de satélite para acessar remotamente os sistemas e obter as informações e vídeos necessários. Tenho a ficha completa delas, inclusive com quem elas saem, onde elas vão, tudo que pediu. Atlas: - Ótimo! Agradeço seus serviços.Likon: - Disponha beta.Likon
Atlas Não sei quanto tempo fiquei desmaiado mas quando abruptamente em uma cama hospitalar, estava cercado por enfermeiros vigilantes me monitorando. Tentei levantar mas uma dor intensa no peito me impediu, os enfermeiros tentaram me segurar, mas me libertei, estou determinado a encontrar Victoria e nada nem ninguém me impediria.Corri pelos corredores, pedindo a deusa pela vida de Victoria. A angústia mr consumia, como um buraco negro que sugava minha alma e meus passos ecoavam pelo hospital silencioso. Só de imaginar Victoria deitada em uma cama sem vida meu corpo estremecia e meu coração errava a batida, sua morte seria meu fim pois não existe razão para viver sem ela. Ela não poderia morrer antes de me dar a chance de rastejar aos seus pés implorando perdão. Venom estava me amaldiçoando na mente, o tempo todo dizendo: “Eu disse pra não tratá-la dessa forma”, “eu estava certo, porque não me obedeceu? Agora vamos perder nossa companheira! Nunca vou te perdoar se ela morrer!” Eu sei
PérolaContar a Liam meus segredos foi extremamente difícil, pois depois da traição que sofri e tudo que Oberon me contou perdi a fé nas pessoas, a única que confio é Victoria porque sei que ela é inocente, foi usada contra sua vontade e Liam, meu companheiro, mas a forma que ele riu dizendo que estou louca mas ele me ama mesmo assim me deixou enfurecida! Decidi ir treinar antes que acabasse fazendo algum estrago naquele rosto lindo.Pérola: - Contar meus segredos foi difícil! E o que você fez? Você riu de mim Liam! Disse que sou louca! Você é um idiota! Aguarde e verá! Só espero que quando a hora chegar não fuja como um covarde e fique ao meu lado durante o processo de transformação, minha loba jamais mataria seu companheiro, so resta saber se ele não vai fugir quando ela precisar dele. Vou treinar, não venha atrás de mim!E assim viro as costas me encaminhando para a frente da pequena casa onde havia uma árvore frondosa que produzia sombra fresca, sobre um manto verdejante de gramas
Oberon Sentado na cadeira do Alfa enquanto batucava com a caneta na mesa Oberon Chalut refletia "Está perto finalmente o dia que ganharei o que é meu por direito já fiz muito para conseguir o que quero, falta apenas dar um fim naquela maldita e conseguir o poder que tanto desejo pois a posição do Alfa já me pertence..”Sua mente o leva no dia em que tudo aconteceu.FlashbackO dia tornou-se noite, a única claridade que se via eram dos raios que rasgavam os céus, fortes trovões podiam ser ouvidos, nuvens escuras e imponentes se faziam presentes, o assobio do vento era ouvido chicoteando no ar que estava gélido fazendo os dentes até mesmo dos mais fortes bater, mas além dos sons da tempestade também se ouvia galhos quebrando-se sobre poderosas patas em uma luta onde era matar ou morrer, desistir não era uma opção pois muito estava em jogo, porém a luta não era justa dezenas e mais dezenas contra um, não era qualquer um mas sim um dos maiores lobos também descendente da bruxa mais pode