— Nunca deixei de te amar.Marco sorriu e passou as mãos pela sua coluna, descendo até a bunda, acariciando todo o caminho até apoiá-las em cada lado do robe que ela vestia. Ele desfez o nó frouxo e o jogou no chão. Sabia que ela estava nua, notou no momento em que a viu na porta, mas queria sentir sua pele na dele.Marco já tinha visto Charlotte nua uma vez, na ocasião eles apenas trocaram de roupa no mesmo lugar antes de um jantar, mas não puderam aproveitar o momento. Na época, tímido, ele a olhou discretamente, não querendo parecer abusado. Agora a história era diferente. Ele a olhou com fogo nos olhos e da maneira mais descarada possível. O corpo dela havia mudado durante esses quatro anos. Seus seios estavam maiores, sua cintura mais fina, suas coxas mais firmes e sua bunda com certeza mais redonda. Ela estava muita mais gostosa do que ele se lembrava.Marco quis beijar cada parte daquele corpo. E fez exatamente isso ao encostá-la à parede mais próxima, prendendo seus braços par
Charlotte afagava o cabelo de Marco calmamente enquanto ele tentava controlar a respiração. Não imaginava que sua primeira vez com ele seria tão intensa. Imaginara muitas vezes que seria uma noite romântica, afinal Marco era romântico pelo que ela se lembrava. Este Marco de agora parecia ser qualquer coisa, menos amante do romance. Mas não tinha sido ruim, ao contrário, foi delicioso e por mais que ela tivesse sonhado com uma coisa diferente, não trocaria pelo que realmente aconteceu.Marco, com a cabeça apoiada entre os seios de Charlotte, pensava em como deveria agir agora que tinha transado com ela. A coisa toda tinha sido muito boa, mas uma frase dela não saía da sua mente. Eu tomo a pílula. Ele sabia que não tinha o direito de exigir nada dela, afinal eles não eram namorados, mas isso não o deixava menos furioso. Ele queria perguntar se ela tomava regularmente por algum motivo médico ou se era porque tinha uma vida sexual muito ativa, mas não sabia como fazer isso. Então apenas s
Marco abaixou a cabeça, ainda furioso, mas com um sentimento terrível de culpa que ele não queria que estivesse ali. Ela não era sua namorada, porra. Era solteira, como ressaltou, e tinha todo o direito de sair e transar com quem quisesse. O que tinha lhe dado para dizer tamanha besteira? Ele quis se desculpar, mas seu orgulho não o permitiu.— Não sou como você, que claramente usa quem quer e na hora que quer.Marco levantou a cabeça na mesma hora, olhando-a com a testa franzida.— O que disse?— Exatamente o que ouviu. É sério, Marco? Sua prima? Não tinha uma atriz, uma modelo ou até mesmo uma camareira do hotel para usar para tentar me fazer ciúmes? Tinha que usar justamente a sua prima? Me pergunto o que não faz com outras mulheres... — ela deixou a frase morrer no ar.Marco estava pronto para responder que não estava tentando fazer ciúmes a ela, que o que ele sentia por Nicole era verdadeiro e que quis beijá-la todas as vezes que fez isso, mas não teve coragem, pois sabia lá no f
Charlotte acordou sentindo-se extremamente cansada. As lembranças do passado não a deixaram dormir direito. Tudo voltou como um pesadelo. A morte do seu irmão, seu rompimento com Ken e a sua traição ao Marco.Ela não conseguia esquecer o rosto de raiva e decepção de Marco quando saiu do seu quarto na manhã em que ela não foi forte o bastante para encarar os pais e impor sua vontade. Ele tinha se tornado um homem amargo e ela nem ao menos podia culpá-lo. Fora uma idiota, achando que talvez ele tivesse esquecido tudo, ou que se conversassem ou tivessem uma noite de amor, tudo seria perdoado. Mas estava claro no comportamento dele da noite anterior que tudo o que ele queria era magoá-la.Olhando sem ânimo para o relógio da cabeceira da cama, ela pegou o celular e ligou para Craig, bocejando alto enquanto esperava que ele atendesse.— Bom dia, Charlotte meu amor.— Preciso da sua ajuda. — ela disse quase gemendo, ao notar que sua voz ainda saía fraca e que ela estava à beira das lágrimas
— E de mim? — Caroline perguntou, fazendo um beicinho que parecia incrivelmente inusitado para uma mulher da sua idade.Nicole largou o pai e abraçou a mãe. Os tios se aproximaram de Marco e lhe cumprimentaram.— Olá Marco, que bom vê-lo, jovem. — Denis o abraçou e tocou seu ombro.— Olá tio Denis, tia Caroline. — Marco beijou o rosto de sua tia.— Estivemos em Nova Iorque ontem. Passamos o dia com seus pais. — Caroline disse. Nicole fez um gesto para que eles fossem até um dos sofás da recepção.— Isso é ótimo. — Marco respondeu, parecendo curioso. — Por favor, digam que esse problema não é mais meu.Denis e Caroline franziram a testa, sem entender. Nicole explicou.— Tia Camila pediu ao Marc para vir falar com Roman e Luciana. Praticamente implorou, pelo que eu soube.— Ah. — Denis riu, balançando a cabeça. — Me desculpe Marco, mas seu pai é...— Um ogro? — ele completou.— Basicamente. Mas eu entendo, ele estava preocupado com a filha, mas já resolvemos tudo.— Como assim? — Nicole
Finalmente, o avião pousou. Charlotte estava completamente exausta depois de dezesseis horas de viagem. Então demorou um pouco para sair do avião com Craig, pois quis retocar a maquiagem antes de ser vista pelo público que, com certeza, a aguardava no aeroporto. Não demorou muito e logo, ela estava pronta para ir.— Bem-vinda às Filipinas, senhorita McKeena. Mabuhay! — Disse a comissária de bordo.— Salamat. Salamat. — Disse Charlotte. Craig ensinou-lhe algumas palavras no idioma do país que ela talvez fosse usar com frequência: obrigado, por favor, até logo... E algumas saudações básicas: bom dia, boa tarde e boa noite.O Concurso de Miss Universo seria realizado em Manila, e tanto Charlotte como as 126 candidatas deste ano chegaram duas semanas antes. Havia uma lista de itinerários que elas tinham que seguir antes do concurso e isso com certeza manteria a mente de Charlotte ocupada. Dessa forma, ela não precisaria pensar no seu último encontro com Marco, embora ainda se sentisse del
Charlotte respirou profundamente. A conversa que tivera com Ken dois dias antes durante um jantar ainda ia e vinha em sua mente. Ele não ficou chateado quando ela lhe contou sobre Marco, mas deixou claro que ainda tinha sentimentos por ela e esperaria.— Eu estou machucada, Ken. E não quero machucar você também.— Esse tal Marco deve ser um imbecil, não é? Quem faz uma coisa dessas com uma garota como você?— Ele não sabe do meu passado. Eu nunca lhe contei.— Mesmo assim. Não se trata uma mulher dessa forma. Me desculpe dizer, mas ele te tratou como se fosse uma prostituta. Eu gostaria de arrancar sangue dele para lhe dar uma lição.Charlotte riu um pouco. Ken era forte e atlético, mas claramente não era páreo para Marco. Os anos lhe fizeram muito bem e agora o garoto um pouco franzino que ela um dia conheceu, era um verdadeiro brutamontes. Se houvesse, por alguma razão do destino, uma briga entre eles, era claro que Ken seria nocauteado. Mas ela não teve coragem de dizer isso em voz
— Charlotte, há um monte de rosas para você lá fora. — informou Fiona. — O entregador perguntou onde deve colocá-las.— O que? De quem?— Do Sr... — Fiona examinou o bilhete — Marco Villa-Lobos.Charlotte ficou instantaneamente com raiva.— Diga ao entregador para levar tudo de volta. Eu não vou aceitar isso. — Charlotte sorriu com arrogância e um tantinho de humor — Ou melhor ainda, mande levar para o cemitério. Com certeza as pessoas lá precisam mais do que eu.— Que desperdício. As rosas são lindas e parecem bem caras.É claro que são caras, pensou Charlotte. Ele era Marco Dono Do Mundo Villa-Lobos, poderia comprar todas as malditas flores que quisesse, mas ela não aceitaria. Não daria a ele o gostinho.— Tudo bem, então. Vou dizer ao entregador que você não vai aceitar.Charlotte se apoiar em sua cadeira e encarou Fiona tempo suficiente para ela saber que deveria mandar as flores exatamente para o lugar onde ela havia dito. Sua assistente corou um pouco e confirmou com um aceno qu