POV Jordan
Três malditos dias, foi o tempo que precisei esperar para que os relatórios sobre Celine e o filhote chegassem.
"Paciente: Benjamin Jones
Data de Nascimento: 09/05/2022
Idade: 1 ano, cinco meses e 7 dias.
I. Antecedentes Médicos Benjamin Jones nasceu no dia nove de maio de dois mil e vinte e dois, em perfeitas condições de saúde de parto natural. No momento do nascimento, apresentou as seguintes características:
Peso: 3,2k
Altura: 48cm.
Apgar Score: 9/10
Características Físicas: Benjamin apresentava todas as características típicas de um recém-nascido saudável, com reflexos e respostas adequadas ao nascimento.
II. Primeira Entrada no Hospital: Benjamin deu entrada no hospital no dia 30 de março de 2023, com a idade de 10 meses. Nesse momento, a mãe do paciente relata preocupações com a saúde de Benjamin, devido a sintomas como:
Letargia
Palidez
Hematomas inexplicados
Febre intermitente
Perda de peso
III. Quadro de Saúde Atual (1 ano e meio) Atualmente, Benjamin Jones tem 1 ano e meio de idade e está sob cuidados médicos contínuos. Seu quadro de saúde é caracterizado por:
Diagnóstico de Leucemia: Após extensos exames e avaliações, Benjamin foi diagnosticado com leucemia em setembro de dois mil e vinte e três. Este é um diagnóstico de leucemia rara, que tem apresentado desafios no tratamento.
Tratamento em Andamento: Benjamin está atualmente em tratamento para leucemia, incluindo quimioterapia, transfusões sanguíneas e outros procedimentos médicos relacionados. O tratamento é acompanhado de perto por uma equipe médica multidisciplinar.
Resposta ao Tratamento: Até o momento, Benjamin não tem respondido ao tratamento, e sua condição ainda requer cuidados médicos contínuos para controlar a doença.
Consultas de Acompanhamento: Benjamin realiza consultas de acompanhamento regulares com sua equipe médica, a fim de monitorar o progresso da doença e realizar ajustes no tratamento, conforme necessário.
Desenvolvimento Geral: Apesar dos desafios de saúde, o desenvolvimento de Benjamin está dentro dos parâmetros normais para sua idade. Ele atingiu marcos de desenvolvimento típicos de crianças com 1 ano e meio.
É importante notar que o tratamento de Benjamin é uma prioridade e requer cuidados contínuos. A equipe médica está empenhada em fornecer o melhor atendimento possível para garantir a saúde e o bem-estar de Benjamin."
"Senhor, deseja mais alguma informação?" Hector chamou minha atenção. Eu não sabia por quanto tempo eu estava lendo aquelas folhas, principalmente a que dizia o que estava acontecendo com o filhote."
"Prepare meu avião, quero chegar em Seattle ainda hoje." falei me levantando e indo para o meu quarto arrumar minhas coisas. " Mande a equipe médica ficar pronta." Não olhei para trás para ver se meu beta tinha feito o que lhe ordenei.
Assim que sai de casa toda a alcateia paralisou. O boato de que eu tinha um filho já tinha corrido por todo o lugar, e minhas buscas pelo fofoqueiro teriam que aguardar.
"Você vai mesmo atrás desse filhote, meu alpha?" Angél se aproximou com cuidado de mim, mantendo uma distância respeitosa. A olhei de cima a baixo e me perguntei qual era o motivo para eu tê-la escolhido como minha noiva.
"Vou." respondi em alto e bom som para que todos ali escutassem. "Mantenham a vigília sobre nossa alcateia e obedeçam ao beta. Qualquer problema eu saberei e punirei severamente os infratores." todos concordaram com a cabeça.
"Posso ir com você meu alpha?" a olhei severamente.
"Isso não é um assunto seu." falei dando uma passo a direção ao carro que já me aguardava.
"Mas sou sua noiva." ela gemeu as minhas costas, me fazendo virar irritado.
"Por enquanto." a loba se assustou com meu tom e se encolheu, me fazendo sorrir com sua atitude. Voltei a andar para o carro jogando minha mochila para um dos meus subordinados, que a colocou dentro do carro.
Tentei não pensar muito durante todo o caminho. A distância entre Shelton e Seattle é de 3 horas, mas de jato, eu estaria lá em menos de uma hora.
Assim que pisei na calçada do hospital senti uma energia diferente me dominar, era como se um canto urgente estivesse me invocando em desespero. Meu lobo uivou furioso dentro do meu peito.
"Quero a equipe médica aqui agora!" falei para o meu assistente.
"Claro, alpha, agora mesmo." ele sussurrou e começou a falar no celular.
Entrei pela porta da frente e encarei a recepcionista que não parecia muito interessada em me atender.
"No que posso te ajudar?" falou sem me olhar.
"Vim ver meu filho." rosnei para ela e seus olhos se fixaram em mim no mesmo instante.
A mulher, que parecia descuidada, arrumou sua postura e me encarou com um sorriso. Eu sabia o poder que meu lobo tinha com essas humanas patéticas e tive vontade de esfolá-la por ser tão lenta com seu atendimento.
"Oh senhor, me desculpe. Qual o nome do seu filho?" perguntou sorrindo.
"Benjamin Jones." a mulher me olhou de uma forma diferente e se levantou. "Claro, claro. Agora mesmo." ela fez uma pulseira para mim e para o meu assistente que já estava atrás de mim. "Quer que eu o leve até o andar?" perguntou solicita e neguei com a cabeça.
"Eu sei onde é!" falei sentindo o cheiro do bebê ficar ainda mais forte em minhas narinas.
"Sabe?" concordei e me encaminhei até o elevador que estava com as portas abertas.
"Ton, contrate uma equipe de segurança. A desse hospital é ridícula. Não quero que ninguém entre no quarto do filhote sem ser mencionado e previamente autorizado." ele concordou com a cabeça e tirou o celular do bolso assim que pisamos no 4 andar.
A cada passo o cheiro ficava ainda mais evidente e eu sabia que nenhum exame de DNA seria necessário. Aquele filhote era meu. Parei de frente para um quarto de vidro onde Celine embalava o bebê em seus braços.
A criança estava acordada e brincava com seus cabelos loiros, encarando a mãe com olhos suplicantes. Seus cabelos eram ralos e tão claros quanto os dela, e ele parecia frágil demais.
A mulher sorria para ele, apenas para tentar lhe passar uma tranquilidade que não existia. Seu sorriso era forçado e as manchas embaixo dos olhos estavam mais escuras do que a três dias atrás.
Ton parou as minhas costas e me virei para encará-lo.
"Mandei que a equipe de segurança fique em toda a volta do hospital e três nesse andar."
"Ótimo." voltei a me virar para o vidro, mas agora Celine me encarava com os olhos cheios de esperança e de lágrimas.
Pov CelineBenjamin me encarava tão sereno naquele momento, que me senti poderosa. De alguma forma ele queria me dizer que tudo ficaria bem. Assim que ouvi a voz poderosa de Jordan, eu me virei e o vi conversando com um homem que eu nunca tinha visto antes.A partir daquele momento eu tive certeza que as coisas ficariam bem. "O papai chegou, meu amor." falei para o Ben enquanto tentava segurar as lágrimas vendo a pose dura de Jordan do outro lado do vidro."Senhora, quem é aquele homem?" uma enfermeira chamou minha atenção. Tinha certeza que ela tinha ouvido o que eu tinha dito para o bebê, mas precisava da confirmação."É o pai do Ben, vá. Faça-o ser esterilizado e o deixe entrar." a mulher concordou com a cabeça e saiu apressada conversando rápido com o homem que não tirava seus olhos de nós.Ele a seguiu e por alguns minutos agradeci mentalmente a qualquer divindade que estivesse disposta a me ajudar a salvar meu filho."A dor vai parar querido, agora tudo ficará bem." falei emba
Pov JordanSorri satisfeito quando seu sorriso desapareceu, dando espaço para o medo. Eu queria que ela entendesse quem eu era de uma vez por todas."Como fez isso?" sua mão segurou a minha e a levou para perto de seus olhos. Transformei minha mão inteira, na minha forma de Lycan e ela ficou assustada. "Como?Olhei convencido e voltei minha mão para a forma humana, sentindo o l
Pov CelineVer os médicos que Jordan trouxe, examinarem o meu bebê me deixava aflita. Percebia o cuidado que eles tinham, ainda assim, ficava receosa.Se eles eram como ele, eles sentiam tudo o que Jordan dizia sentir e eu observava cada reação dos três."Preciso dar uma palavrinha com a senhora." O médico do hospital me chamou de lado e ouvi um rosnado de Jor
Pov JordanO jeito que ela segurava o bebê era diferente. Seu toque era extremamente delicado e suas feições cansadas e tristes sumiam em segundos.Aquela mulher sabia o que precisava ser feito em cada situação e isso a deixava em completo estado de alerta, tentando prever o que aconteceria a cada segundo.
Pov CelineMe recostei no carro tentando assimilar tudo o que Jordan me dizia. Suas palavras eram cheias de agressões e frieza. Tudo parecia muito simples para ele e, ao mesmo tempo que isso me assustava, me dava uma segurança estranha."Aonde Benjamin for, eu vou. Não tem como me manter longe dele." cruzei meus braços e olhei pela janela, observando as pessoas correrem de um lado a outro.
Pov Celine"O que faz aqui?" falei seca, passando por ele e indo direto para minha mesa."O que ele faz aqui?" ele tentou assumir o controle da situação."Lionel, vá embora. Eu já tenho problem
Pov CelineFui até o banheiro tentando acalmar a revolta que estava em meu coração. Aquele homem, ou sei lá que ele era, estava me deixando instável. Me arrumei no espelho tentando passar o ar de profissional que sempre tive.Não precisavam ver o quanto estava sendo difícil manter tudo sobre controle, enquanto meu maior bem corria perigo.
Pov CelineEntrei no Porsche prata, estacionado na minha vaga privativa da empresa, reservado para ocasiões especiais ou reuniões fora do âmbito profissional. Contudo, dessa vez, não se tratava de um compromisso social, mas sim da vida do meu filho, e isso me impelia a dirigir mais rápido do que jamais havia feito.O hospital, que normalmente ficava a uma curta distância, agora parecia distante, como se estivesse a quilômetros de mim. O trânsito congestionado só tornava a situação