Pov Celine
Entrei no Porsche prata, estacionado na minha vaga privativa da empresa, reservado para ocasiões especiais ou reuniões fora do âmbito profissional. Contudo, dessa vez, não se tratava de um compromisso social, mas sim da vida do meu filho, e isso me impelia a dirigir mais rápido do que jamais havia feito.
O hospital, que normalmente ficava a uma curta distância, agora parecia distante, como se estivesse a quilômetros de mim. O trânsito congestionado só tornava a situação
JordanFiquei satisfeito com a forma que Celine entregou todas as decisões em minhas mãos. Eu sabia o que era melhor para o filhote e para ela.
CelineContive minha raiva diante de Jordan, mantendo a compostura enquanto Benjamin e o médico estavam ao nosso lado. Parecia que o homem tremia mais sob o comando de Jordan do que o próprio bebê. No entanto, não toleraria esse comportamento perto do meu filho.Sobrevoamos a cidade por alguns minutos até recebermos autorização para aterrissar no heliporto do hospital. O Hospital de Shelton, ao contrário do local onde estávamos, era modesto, com apenas um andar."Não saia até que eu autorize", ordenou Jordan, encarando-me e, em seguida, dirigindo-se ao médico.Os dois passaram por mim e pelo meu filho, sendo recebidos por um homem alto que eu lembrava vagamente de ter visto nas duas vezes anteriores. Ele era tão imponente quanto Jordan, mas algo nele não era tão ameaçador. Seus olhos avaliavam o helicóptero e a mim de forma firme, mas sem julgamentos.Jordan voltou para a porta, abrindo-a para que eu saísse do veículo."Fique perto de mim até que tudo esteja claro." Não compreendi sua
Celine Observei a chave em minhas mãos. Ela era dourada com adornos decorados na ponta. "De quem é essa casa?" falei mais para a mulher do que para ele. "É minha." ele falou sem preocupação alguma, ignorando a presença da tal Angél. "Posso ser útil em mais alguma coisa, meu senhor." a mulher falou com uma voz ressentida que pareceu passar despercebida a Jordan. "Por enquanto, não." falou e voltou a andar. A mulher continuou parada e fiz o mesmo, a medindo de cima a baixo. Em um reflexo vi suas mãos se fecharem em punho e o ar ficar pesado. "Obrigada!" falei tentando ser respeitosa. "Faço qualquer coisa por meu noivo." falou baixo com ódio. Agora todas as peças estavam se encaixando. Jordan não era mais solteiro e estava claro que sua futura esposa não tinha gostado de saber pelas mídias que ele era pai. Eu conseguia entender perfeitamente sua hostilidade, em seu lugar me sentiria enganada da mesma forma.
JordanIgnorei o comentário de Celine e avancei até a entrada da casa, girando a chave na fechadura. A porta se abriu, revelando um interior que há anos permanecia fechado."Pedi para deixarem tudo organizado para você. Tem comida nos armários, roupa limpa nas camas." Meus olhos percorreram o espaço, absorvendo a atmosfera que pairava naquele local que, para o antigo alfa, representava mais do que simples paredes. JordanEntrei pelos fundos do hospital, quando anoite começava a avançar no céu. Havia uma sala ali, com roupas para lobos despreparados. Não podíamos nos dar ao luxo de nos transformar na frente de todos, uma vez que humanos sempre passavam por nossas terras. Me troquei, colocando uma camisa xadrez e uma calça jeans, mais justa do que eu gostava.Ao sair da sala me deparei com dois enfermeiros cuidando da recepção do hospital. Na sala de espera, havi18. Reconhecimento
CelineOuvi quando a porta de um carro foi batida em frente à casa e corri para lá. Eu queria voltar para perto de Benjamin, porém Jordan havia me deixado isolada naquele lugar.
JordanA expressão em seu rosto era a mesma de quando a abordei pela primeira vez. Seus olhos pareciam sofridos, e o medo era palpável.
CelineQuanto desejo pode habitar em uma única pessoa?O pulsar frenético do meu coração persistia, ecoando o toque dele, e minha respiração mantinha um ritmo desigual. Era como se eu tivesse completado uma maratona, a adrenalina pulsando em minhas veias. Precisava recuperar o controle; isso beirava a insanidade.Não deveria, de maneira alguma, nutrir interesse por um homem capaz de se transformar em uma fera. Ou deveria?Sentei-me na cama, buscando domar o turbilhão de emoções que me envolvia. Inspirei profundamente, tentando dissipar o que sentia, mas meu coração recusava-se a se acalmar. Decidi que trocar de roupa me ajudaria a desfocar de tudo o que tinha acontecido e com cuidado vesti uma camisola emprestada pelas lobas que haviam arrumado a casa. Meus pertences, assim como os de Ben, ainda não tinham sido entregues.Me encaminhei até o banh