To me esforçando, desculpe por demorar, mas prometo que não paro mais
A primeira pessoa que eu vi foi Helena, estava no balcão conversando com uma policial, quando ela me viu ela correu e me deu um abraço, ela parecia assustada. — Você avisou meus pais? — Ela perguntou preocupada.— Não, eu não sabia que estava aqui, o que aconteceu? — Ela olhou para algumas garotas sentadas no banco. — Liz sem querer acabou machucando um segurança, agora estamos aqui esperando nossos pais chegarem, só eles podem nos tirar, mas eu não queria preocupar minha mãe, passei o número errado, eu fiz mal? — Ela me olhou com seus olhos inchados, eu queria saber o que passou na cabeça de Liz para sair por ai com um bando de adolecente?— Eu vou cuidar de tudo, não fez nada de errado,vou pedir para ver sua irmã, já chamei meu advogado ele chegará em breve. — Ela respirou fundo parecia aliviada. — Onde está sua irmã?— Ali com o delegado, eles tão ali faz horas, não sei o porquê. — Ela olha na direção de uma sala, dava para ver apenas o topo da cabeça de Liz, ela estava se estic
Covarde-era isso que Marcos era, lógico que não queria seu nome e o da sua empresa-associado ao meu nome, a empresa de Marcos era uma construtora muito bem estabelecida, eu compreendia que não deviam ter escândalos envolvendo seu nome. Mas mesmo assim me dei o direito de odiá-lo por isso, porque eu queria que ele ficasse, porque apesar de tudo me sentia segura com ele ali. — Tudo bem, agradeço por ter vindo. — Ele me olhou por um instante. — Jorge pode me ligar, caso algo mude? — Cuidarei dela, não se preocupe. — Jorge fala abrindo um largo sorriso. — Liz irei conversar com seus pais. — Marcos fala arrumando o paletó. — Tente não fazer nada escandaloso até a chegada do advogado. Eu apenas revirei os olhos, estava faminta e cansada, não estava nenhum pouco afim das gracinhas de Marcos. E não demorou muito para o meu pai entrar, ele me encara com seu olhar de clara decepção, minha mãe se aproxima de maneira preocupada. — Como está? Alguém te deu algo para comer? Helena diss
Eu tinha me esquecido completamente do jantar, até porque nem ao menos sabia se Bianca continuaria com o noivado, não conversamos sobre, mas a ligação de Luan deixou claro que ela não esqueceu, e ele havia cedido à chantagem de minha mãe, e aparentemente toda a minha família estava há minha espera. — Como ousa se atrasar para seu noivado?! — Luan fala irritado. — Estou aqui no meio de três mulheres furiosas com você, espero que esteja a caminho, a comida está esfriando e traga rosas e se posso te dá um conselho, traga a floricultura toda. — Eu…Não iria falar que estava em outra cidade ajudando Liz, mas também não conseguiria chegar a tempo, eu com certeza terei que comprar uma floricultura toda, mas eu chegaria muito tarde, o melhor seria remarcar.— Eu não vou conseguir chegar, depois te explico, arrume uma desculpa, depois eu te explico. — Você ligue para sua noiva e inventar a desculpa, não vou participar disso Marcos, não irei magoá-la por você, e nossa mãe irá matá-lo. — Tá
Eu decidi que o incidente do shopping seria apenas isso o incidente do shopping, se eu pudesse esquecer eu esqueceria, o advogado prometeu que cuidaria de tudo, e sem acusação vai ser como se nem tivesse acontecido, e eu tinha uma entrevista na escola, eu queria apenas me concentrar nisso, queria colocar todo o meu foco nessa entrevista. Obviamente a cidade inteira estava comentando do que aconteceu, mas eu poderia fingir que nada aconteceu e torcer para a diretora não gostar de fofoca, é pedir demais que ela seja uma mulher pacata e sem acesso a tecnologia e que não tenha lido nenhum jornal nos últimos oito anos? Ela não é a mulher à minha frente era Loreta, a minha antiga professora, ela me adorava, mas também é completamente conservadora. Loreta é uma mulher alta de cabelos castanhos claros, ela usava um coque e usava cor escura, sua pele tinha um leve bronzeado, ela deu um sorriso quando entrei em sua sala, algo que me deu um certo alívio. — Como vai Elisabete? — Ela falou est
Meu celular tocou e por um momento achei que fossem meus contatos, sobre o caso do senhor juliano, ainda não tinha conversado com ele, queria ter certeza das coisas antes, mas seja lá o que Luiz fez, foi bem feito, eu poderia falar com Mathews, ele com toda a certeza conseguiria escavar mais fundo que eu, porém não quero meter ele em meus problemas. O telefone acendia e apagava o nome de Bianca se mostrava na dela, eu não queria ignorá-la, mas eu precisava acordar primeiro antes de ouvir qualquer reclamação que ela tivesse a fazer. Tomei meu banho, o meu café já estava pronto, Solange era muito eficiente, ela fazia tudo com perfeição e tenho certeza que se não tivesse mal a costumado com a comida de Leonor eu seria muito mais satisfeito com a comida de Solange, peguei meu jornal e me engasguei com o que estava escrito. Elisabete foi vista na noite de terça-feira, sendo levada para a delegacia.Nosso informante informante declara que ela, mas Marcos de Oliveira foram vistos na sala
Eu entrei no jornal, Osvaldo estava lá, com seu nariz em pé, ele administrava o jornal há anos, eu não admitirei que ele faça com Helena o que fez comigo, por meses após eu ir embora ele criou calúnias e mentiras, mas com Helena seria diferente, eu mesmo o pararia se necessário. — Como posso te ajudar? — Uma mocinha simpática pergunta. — Quero falar com seu chefe. — Eu olhei para a mesa do cretino que fingiu não me ver. —Eu lamento, o senhor Osvaldo não está recebendo visitas. — Ela falou dando um breve sorriso. — Eu o estou vendo daqui. — Ele não me escaparia. — Ele não está recebendo visita… Não deixei ela terminar a frase fui andando em direção a ele, que estava fingindo ler algo, eu parei de frente a sua mesa, seus olhos negros, ele era um homem de no minimo uns 70 anos, se pensa que a essa altura o bom senso já tenha chegado, mas no caso dele não. — Como ousa acusar minha irmã de roubo? — Falei mostrando o jornal. — Com que intuito difama uma adolecente? — Quer se sentar
Eu era uma piada, fui por anos por causa dela, e quando a ouvi falando isso e não pensei, a joguei dentro do primeiro beco que vi, queria que ela me dissesse olhando nos meus olhos. — Eu sou o que Liz? — Ela tentou se soltar, mas eu aprendi com meu corpo,a queria ali, a queria me encarando. — Uma piada, olha que está fazendo. — Ela olha para os lados. — Imagina o que vão falar. Então eu a soltei, eu era uma piada nas mãos de Liz, ela nunca pediu perdão, nunca se desculpou pelo que fez, ela não se importava, age como se não tivesse me humilhado na frente de todos, age como se tivesse razão. — Eu sou mesmo, olha onde estou, tentando ajuda-la quando você só me despreza, quando você nem ao menos me pediu perdão, não mereci sequer um pedido de desculpa não é Liz? — Eu ri, ela faz uma cara de confusa. — Nem mesmo “ me desculpa Marcos por ter te deixado lá com uma maldita aliança nas mãos, sendo chacota de toda a cidade”.— Do que está falando? — Ela fala como se realmente aquilo nunca t
Ele nunca havia recebido a carta, ele nunca leu ou soube, eu senti um enjôo, me sentei em um banco na praça, as pessoas me olhavam, devo estar horrível. Puxei o ar, queria chegar em casa. Eu sempre achei que Marcos me rejeitou, que ele nunca respondeu porque para ele eu estava morta, que nossa história tinha acabado, mas se ele nunca recebeu, se ele nunca recebeu meu pedido de desculpas, se ele nunca soube, o que isso significava, o que isso mudaria? Ele disse que não sabia, não era a resposta que eu queria, mas não posso culpá-lo, conseguir me levantar, precisava ver minha mãe, no mesmo dia que escrevi para Marcos eu escrevi uma carta para ela, não quis ligar, não queria ter que lidar com diversos questionamentos que eles fariam, mas esperei a ligação dele por dias, por meses porém nunca chegou. E mesmo sabendo que minha mãe tinha recebido a dela, eu precisava que ela me falasse se por acaso o carteiro deixou duas cartas ao invés de uma, se por acaso ela deixou de entregá-la. Quan