Rebeca
Tenho vontade de ligar para o Rahmi, mas fico pensando no que a mãe dele me falou.
Nem a Nathifa me ligou desde que sai de Istambul, acredito que a mãe dela deve ter proibido minha amiga de falar comigo, a prostituta, que raiva que eu sinto quando lembro disso. Quero esquecer, mas não consigo, principalmente da bofetada que aquela grossa e racista quase me deu. Iria dar na cara dela e não sei como conseguir me controlar.
Aquela mulher é muito má.
Pedi para Letícia que caso o Rahmi ligasse, dissesse que eu tinha saído.
Passei meus dias chorando muito e nessa um mês se foi...
Sentia falta dele demais, assim como da Nathifa.
Nem sei por que, ela nã
Rebeca O médico autorizou a minha entrada, coloquei a roupa adequada para entrar e fui correndo para o CTI, para o quarto em que ele estava.Correndo não, mas quase.Tive um choque de realidade e quase morri vendo meu turco todo entubado, nem parecia o mesmo homem. Ele continuava com o rosto lindo, mas estava magrinho e careca. Aquele cabelo que eu amava fazer carinho não estava mais ali.Cheguei perto dele, dei um beijo nele, me inclinei e cheguei perto do ouvido dele. Ouvi o barulho dos aparelhos e sussurrei em seu ouvido:— Amor, por favor, acorda. Não me deixa, por favor. Eu não posso viver sem você... Eu te amo demais para ficar em um mundo sem você, já basta esses meses todos. Não posso ficar um dia mais sem você, amor.
Rebeca Meu amor não parava de chorar, parecia até uma criança.Na verdade, todos nesse momento estavam tão emocionados que soltavam ao menos algumas lágrimas. Era impossível não se emocionar, depois de meses de luta em uma cama de hospital ele teria sua chance de se salvar.Ele está lindo mesmo do jeito que está agora, careca e muito magrinho. E todos estão agradecidos por Deus ter feito esse milagre na hora que ele mais precisava.Rahmi e eu sempre fomos descuidados, desde o primeiro dia que fiquei com ele nunca usamos camisinha. Na época, tínhamos tanto tesão um no outro que nem nos lembrávamos desse pequeno detalhe.Isso não deveria ter acontecido!
Rebeca Todos merecem uma segunda chance.A mãe de Rahmi fez o mal, mas se arrependeu e me pediu perdão, então eu perdoei, afinal ela é a mãe do homem que eu amo.Sei que ele está feliz com a mãe e agora isso é tudo para mim, ver meu turco feliz.Em um mês, meu gostoso estava voltando para casa, minha amigas tinham voltado para o Brasil e falava todo dia por chamada de vídeo com minha mãe que ficou encantada com o neto que ela ganhou.O grande problema era Rahmi ter uma droga de enfermeira para cuidar dele e ainda por cima era novinha e bonita. Confesso que estava morrendo de ciúme.Agora vê só, tem que ter uma enfermeira em casa para cuidar dele?Gen
Rebeca Os dias foram passando, meu turco estava ótimo e finalmente a enfermeira foi dispensada, graças a Deus.Os pais deles iriam fazer um belo jantar, para comemorar a vitória do filho e agradecer a nora. Juro que quando ouvi isso, juro, quase tive um treco. Vai demorar um pouquinho para me acostumar com dona Yildiz sem preconceitos.Fui então falar com Nathifa.— Vamos comprar uma roupa bem legal para esse jantar!— É claro, cunhada, vamos! Adoro fazer compras.Fui ver meu príncipe, dei mama para ele, depois o deixei com a babá e segui para o quarto de Rahmi.— Amor, vou dar uma saída par fazer compras.
Rebeca Quando o jantar acabou, ele saiu me puxando.— Hein, o que você está fazendo? Para onde você está me levando?Só que ele não falou nada, me enfiou dentro do carro, saiu voando e parou na garagem do hotel dele.Seguimos para o elevador exclusivo dele e assim que a porta fechou tomou a minha boca com fúria.Quando chegamos no apartamento dele, ele continuava a me beijar. Abriu a porta do quarto e rasgou meu vestido até embaixo.Eu quase mato o babaca!— Seu maluco desgraçado! Que porra! Agora você vai ficar rasgando toda roupa minha? Esse vestido estava comportado, tá? — Fiquei puta. — Quero ir embora, seu grosso, idiota! Pox
🇹🇷🇹🇷🇹🇷Rahmi Logo eu, que falei que não queria ser pai, estou completamente apaixonado por esse pedacinho de gente que está correndo na varanda de casa.Meu filho tem a cor da mãe e é a coisa mais linda do mundo. Meus pais amam esse neto e quem imaginaria isso, os preconceituosos apaixonados assim pelo neto. Eles estão aqui no Rio de Janeiro de mês em mês, pois não aguentam ficar longe do Pietro, esse meu filho é muito mimado.Nathifa vem, mas nem tanto, agora ela tem o negócio dela, uma loja de roupas onde ela mesmo desenha os modelos. Ela é uma grande estilista de moda e creio que é de família esse talento para os negócios.Hoje é o meu casamento e estou muito puto desde o momento que vi o
Rahmi Estou no Brasil a trabalho, cheguei no hotel às 8 horas da manhã, e enquanto me arrumo para minha primeira palestra, lembro-me dos velhos amigos. Roberto foi a primeira pessoa que surgiu na minha cabeça, e logo pensei em pedir sua ajuda para suportar esses dias, pois sei que ele adoraria me ver. Nos conhecemos na faculdade em Istambul, sendo um homem prodígio, Roberto ganhou uma bolsa para cursar Direito, enquanto eu, cursava Arquitetura. Nunca fui uma pessoa dedicada, mas com esforço consegui concluir a faculdade, no qual foi totalmente paga pelos meus pais. Assim que ele se formou em advocacia e se tornou um grande advogado, Roberto deixou Istambul e retornou para o Brasil, onde abriu o seu escritório na sua cidade natal, o Rio de Janeiro, lugar no qual eu estou. Procurei o seu número salvo no meu celular e comecei a chamada. Não demorou muito para que ele atendesse e iniciasse a nossa velha conversa. Três dias eram pouco, mas o suficiente para que ele me acompanhasse
Rahmi Quando cheguei em frente ao hotel, Roberto já estava em frente a um táxi esperando. Por estarmos indo beber, não era prudente que saíssemos com nossos carros. — Pronto para conhecer o melhor lugar do Rio de Janeiro? — Ele indagou assim que me aproximei. — Não sendo tão barulhento… — Não seja ranzinza, garanto que você vai se divertir. — Deu um sorriso debochado. ** A lapa estava cheia e tumultuada. No fundo eu sabia que aquilo ia acontecer. Foi inevitável não chamar atenção enquanto passávamos abrindo caminho pelas pessoas. Os bares transbordavam de pessoas, o pagode daria para ouvir a cerca de um quilômetro de distância por causa do som alto. Mulheres riam e acenavam, fazendo Roberto sorrir de volta. — Mas que porra! — Praguejei — Lugar muito tranquilo, não é Roberto? — Você lembra quando me zoou me levando para um lugar onde os homens dançavam de saias? — Indaga rindo triunfante. — Lembro, lembro sim.... Naquele dia ri muito da sua cara e foi muito engraçado. —